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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

Acho que há por aí alguém com muito sentido de humor...

... ou irónico ou esquizofrénico ou titeriteiro. Uma delas certamente. 

 

Então, dois dias a seguir ao dia mais depressivo do ano, celebramos o riso??? Acabei agora mesmo de descobrir isso e só me ocorre dizer: que volatilidade a do ser humano! 

 

E eu, que na segunda-feira andava nas nuvens, nada deprimida, hoje estou sem vontadinha nenhuma de me rir. Devo ser do contra ou não gosto que decidam por mim quando é que estou feliz e quando estou deprimida!  

 

 

ti.te.ri.tei.ro, masculino:

  1. manipulador de bonecos, que trabalha com fantoches ou marionetes
  2. (Figurado) aquele que manipula outras pessoas como se fossem fantoches

(Fonte: https://pt.wiktionary.org/wiki/titeriteiro)

 

 

A propósito dos planos de contingência acionados para os sem-abrigo...

Não há dúvida de que é uma medida importante, é de louvar. Já que a triste realidade de haver pessoas que não têm um teto para dormir existe, há que acionar todas as ações possíveis para que seja menos penoso para aquelas pessoas sobreviver ao frio intenso que se tem feito sentir.

 

Mas deixem-me dizer que é tão triste que haja necessidade disso! É tão angustiante para mim! E imagino-me numa situação dessas e penso: foda-se, será que quem dorme na rua, só agora é que sente frio? Então e na semana passada e nos últimos meses, tem estado calor à noite, é? E só faz frio em Lisboa e no Porto? Merda Raio de organização económica a da nossa sociedade, em que uns têm tudo e outros não têm nada...

 

Que triste realidade a dos "ninguéns" privados de direitos, discriminados, excluídos, de que fala Eduardo Galeano. Uma realidade presente aqui e em todos os cantos deste mundo tão injusto e cada vez mais desumanizado. Vale a pena ver, ler e ouvir, na voz do próprio autor. E parar para pensar um bocado nisto... mesmo já tendo passado a época do Natal em que somos sempre todos tão solidários e caridosos. 

 

 

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"As pulgas sonham em comprar um cão, e os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico de sorte chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não choveu ontem, nem hoje, nem amanhã, nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem e mesmo que a mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.

Os ninguéns: os filhos de ninguém, os dono de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam superstições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata."
 

Eduardo Galeano, in O Livro dos Abraços

 

 

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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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