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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

Segurem-me!... Ou será... ajudem-me?!...

 

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Segurem-me, que eu ando com uma vontade incontrolável de dizer umas verdades, colocar tudo em pratos limpos, pôr uns pontos nos "is", até armar um barraco ou rodar a baiana, se for preciso.

 

Mais um dia pela frente para lidar com uma "paz podre" que está instalada lá no estaminé. "Tens que ser forte! Não te deixes ir abaixo". Pois... Sou forte há demasiado tempo. E por isso é que ninguém à minha volta me vê como eu sou, com todas as minhas fragilidades, para lá da capa de força que ostento. Às vezes sinto que não tenho verdadeiros amigos. As pessoas apenas têm interesses, querem aquilo que eu lhes posso dar. E a algumas dou muito! Até lugares ao sol, vejam lá! Mas pelo menos respeitassem-me por isso e fossem leais. Acho que não seria pedir muito...

 

Definitivamente, vou ter que esclarecer alguns pontos, limar algumas arestas, mexer com a ordem instalada. Vou ter que reunir as pessoas, ser frontal e definir regras e procedimentos, mantendo a calma e a cabeça fria para fazer tudo de forma civilizada, com o mínimo de prejuízo para a paz social. Depois de uma discussão que aconteceu ontem (a pessoa ficou totalmente alterada só porque eu, que sou quem dirige o estaminé - vejam bem a audácia e desfaçatez da minha pessoa!, pedi educadamente - juro que foi educadamente - que não voltasse a decidir sobre assuntos importantes com outra pessoa como se eu não estivesse lá, quando eu estou lá), não há mesmo forma de dar a volta sem uma "dispensa" na minha equipa. Ou ela ou eu. Aliás, a pessoa se tivesse vergonha, depois do que me disse a mim que a escolhi para minha colaboradora, pediria para sair das funções que está a desempenhar. Pelo que afirmou, penso que não está satisfeita. E se não está bem, só tem que mudar-se. É claro que a pessoa acha que tem toda a razão do mundo e que não me deve um agradecimento sequer. São assim as pessoas... É assim a vida... 

 

Tenho que acabar com algumas rotinas instaladas e alguns vícios. Tenho que registar tudo o que pretendo mudar, que a minha cabeça já teve dias melhores. Tenho que começar a tirar notas do que me vou lembrando. Este fim-de-semana tem que servir para pôr a cabeça em ordem no que diz respeito a estas questões. É vital definir a linha de atuação daqui para a frente, até por uma questão da minha saúde mental. Já vi que ali não há amizades. Trabalho é trabalho e até sou eu que tenho a faca e o queijo na mão, por isso... temos pena! 

 

Não sei se já perceberam, mas vocês, seguidores, são muitas vezes os meus confidentes mais próximos. Fez-me bem, este desabafo. Obrigada a quem ler e conseguir sentir alguma empatia comigo neste assunto. Contei ao M e ele apoia-me, mas também anda assoberbado demais, tal como eu ou pior. Mal temos tempo para trocar meia dúzia de palavras. Podem crer que é mesmo assim cá em casa. Há fases em que o trabalho rouba demasiado espaço à vida familiar. Os nossos filhos, agora de férias escolares, andam mais ou menos em auto-gestão. Ao "deus-dará", basicamente. Felizmente acho que posso confiar neles. Acho... 

 

E é isto... Ando a fixar-me demasiado no EU, EU, EU!... Isto ainda descamba numa depressão, se é que não caminha já para lá... Ou talvez sejam carências... Ou é o facto de eu ser muito observadora e aperceber-me de todas as facadinhas que me vão dando. Gostava de ser mais "panhonha". Mas não sou e agora enchi! Preciso de férias... Mas ainda falta tanto... 

 

 

É oficial! O melhor do mundo sempre lá teve que comprar os gémeos...

 

 

Cristiano Ronaldo, no seguimento da derrota no jogo de ontem, Portugal-Chile, e consequente regresso a casa, assumiu publicamente, nas redes sociais, o nascimento dos gémeos. Eu não disse que isto ia acontecer? Onde é que já se viu o melhor do mundo não ter gémeos?! Deus me livre! 

 

Já sabem o que penso deste assunto e a minha teoria sobre o "negócio" dos gémeos, a moda dos gémeos, o capricho dos gémeos entre os "rich and famous". Recordem aqui, aqui e aqui (É pá! Apercebi-me que este terceiro post, especialmente, está um "must". A gaja até escreve umas coisas engraçadas!).

 

Não vou bater mais no ceguinho. I rest my case. Mas que, mais uma vez, posso dizer (como o outro) que nunca me engano e raramente tenho dúvidas,  lá isso posso! 

 

 

Pérolas para porcos!

 

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De repente vejo a minha bolha rebentar, o meu mundo desmoronar-se, e abate-se sobre mim uma apatia imensa, uma inércia, uma vontade de me isolar, no escuro, e todas as vozes ao meu redor me mexem com o sistema nervoso e tenho vontade de gritar "Calem-se! Vão-se embora! Saiam daqui! Deixem-me em paz!".

 

Já vos tinha dito que tenho um sistema... nervoso? Pois tenho. E não consigo livrar-me deste maldito sistema... nervoso. Tenho também aquilo que os ingleses chamam de "overthinking". Cismo demais! Quando enfio uma preocupação na minha cabeça, não há meio de ver-me livre dela. Raisparta! Bardamerda para isto!

 

Não! Não morreu ninguém, não perdi o emprego, não está nenhum ente querido doente, o meu marido não me enfeitou a testa. "Só" tive uma desilusão muito grande com pessoas próximas no trabalho, pessoas que eu pensava serem leais e verdadeiras para comigo. E isso para mim é coisa grave. É sério. É triste. Apanhou-me desprevenida. Ao ponto de ontem não ter conseguido "produzir" nada no emprego e ter passado o dia a empreender naquilo. Ao ponto de ter equacionado hoje não me levantar da cama, não me ralar com quem conta comigo. Afinal, com quem posso contar eu?

 

Mas mais uma vez vou enfrentar. Pérolas para porcos, é o que é!

 

 

Esta minha falta de timing é impressionante!

Mas ainda vou a tempo! 

Ora bem...

Assunto Salvador Sobral, de forma curta e grossa.

Foi inoportuno? Foi! Mas que é verdade que está na mó de cima e o povo o aplaude por tudo também é verdade! Tanto que até aplaudiu a piada da flatulência!

Conclusão: o rapaz tem razão no que diz. O problema é que não tem filtro, diz piadas inoportunas em contextos desadequados. Ou seja, sofre de falta de timing como eu...

 

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Uma perspetiva politicamente incorreta sobre a caridade? Talvez... Mas é a minha!

 

Espero conseguir fazer passar o sentido correto daquilo que quero transmitir hoje. 

 

Não gosto da caridade(zinha)! Do próprio conceito de caridade! A caridade é perversa! Já abordei este assunto aqui, a propósito do peditório do Banco Alimentar Contra a Fome, em dezembro último.

 

Há tempos ouvi a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, a falar num canal de televisão sobre o sucesso da última campanha que levaram a cabo. No entanto, dizia ela que se nota que os portugueses hoje em dia não têm tanto poder de compra porque os cabazes dantes continham um pacote de arroz e um pacote de leite e hoje em dia contêm um pacote de leite e um pacote de massa. A massa é mais barata, entenda-se.

 

Pois é... Perante este depoimento, eu só consigo fixar a minha atenção no facto de que são os que têm pouco poder de compra (os tais que fazem questão de ajudar quem precisa mas vêem-se obrigados a substituir o seu contributo de arroz por massa) que têm que ajudar quem tem ainda menos poder de compra. Isto é perverso ou não é? 

 

Vejamos, por exemplo, o que se passa agora com a grande onda de solidariedade para com as vítimas dos incêndios da semana passada. É bonita esta faceta solidária do povo, português, sem dúvida. Mas até artigos médicos os portugueses angariaram! Por favor! Faltou gaze e medicamentos para as queimaduras nos centros de saúde locais! É concebível que tenham que ser os portugueses a resolver isso e não ser o sistema a rapidamente fazer face à situação? Lamento, mas isso não me entra na cabeça.

 

O que é certo é que de facto vi, à minha volta, várias organizações espontâneas de pessoas a recolher esse tipo de coisas e esse facto, no meio da calamidade que se abateu sobre a zona de Pedrógão Grande e concelhos limítrofes, sublinho, apesar de tudo, é bonito de se ver. É bonito e, convenhamos, não há como não ver! É que os portugueses são solidários mas também são muito vaidosos da sua solidariedade. Nos últimos dias, nas redes sociais, é vê-los à porfia a ver quem faz mais, e depois sorridentes em fotos, tendo como pano de fundo as caixas de artigos acondicionados para transportar. Que vos posso dizer? Sou das que acha que a solidariedade é mais bonita se não for ostentada.

 

Cá entre nós, que ninguém sabe, nós cá em casa contribuímos com roupa. Dispensámos foi a espécie de "15 minutos de fama" à custa da miséria alheia. Até porque, se há coisa que não me apetece fazer, é sorrir vitoriosa para uma foto em meio a uma tragédia destas... 

 

(Fonte da imagem: http://gibanet.com/2011/12/18/caridade-ou-assistencialismo/) 

 

 

As rotinas do casamento, o afastamento do casal e a morte do desejo feminino.

 

Porque é que muitas mulheres perdem o interesse sexual durante o casamento?


É recorrente dizer-se que o sexo para os homens é mais uma necessidade física do que para as mulheres. Não concordo. Para nós também é uma necessidade física. O que se passa é que sexo para a mulher não se pode resumir à penetração! Há toda uma envolvência que não pode ser ignorada, sob pena de acontecer aquilo que está patente na pergunta com que iniciei este post.


Uma mulher saudável nunca perde o apetite sexual ao longo da vida, nem sequer na terceira idade (espero eu!). É evidente que há fases de maior e menor apetite sexual, nomeadamente a seguir ao nascimento dos filhos, mas ele nunca desaparece. O problema do desinteresse sexual nas mulheres tem a ver com o facto de o sexo para uma mulher não ser algo mecânico como é para os homens.

 

Quando um homem chega a casa e se deita no sofá a ver televisão enquanto espera que o jantar esteja pronto, janta, deixa o prato em cima da mesa, sai da cozinha sem um mimo ou um toque, assiste mais um pouco de televisão ou vai ao café com os amigos enquanto a mulher fica a arrumar a cozinha e ainda a temperar a carne para o almoço do dia seguinte ou a estender roupa ou a adormecer os filhos, é difícil que quando vão para cama mais tarde, haja clima para sexo do lado feminino.

 

Por isso é que, depois de um dia sem nenhum contacto, mimo ou até um pequeno apontamento (não somos muito exigentes!), é natural que ali ao lado na cama esteja uma mulher fria, sexualmente apática, que estava com esperança que ele a deixasse dormir descansada e não começasse a passar a mão nela no único momento de manifestação de interesse e ligação a ela do dia.

 

É que para a mulher os preliminares começam muito antes de deitar, com a partilha das tarefas domésticas, com um beijo ao acordar ou com um aperto contra a banca da cozinha enquanto ela prepara o jantar, ou com uma apalpadela inesperada enquanto ela se veste para sair ou com um "estás especialmente bonita hoje" ou com aquele olhar enternecido com que ela o surpreendeu naquele momento em que não tinha percebido que ele entrou no quarto das crianças e tinha ficado parado a vê-la a ler uma estória ao filho antes de adormecer. 


Não é o desejo da mulher que diminui ou desaparece ao longo do casamento. É o homem que deixa de conquistar a mulher todos os dias, que mata o desejo ao não fazê-la sentir-se amada e desejada. Nenhuma mulher se sente sexy com um avental e o cabelo desgrenhado a não ser que o seu homem a faça sentir sexy. O casamento é uma conquista diária. E isto é obviamente também verdadeiro no sentido inverso, da mulher em relação ao homem. Os homens também precisam de ser conquistados diariamente. Claro que sim! Mas a versão masculina da coisa deixo para um homem contar.  Quem aceita o repto?

 

(Imagem retirada da net)

 

 

Felicidade doméstica é...

 

 

... encontrar, de uma assentada só, os pares de duas peúgas, DUAS!, esquecidas há meses no cesto da roupa para passar a ferro à espera dos respetivos pares. Já estava quase a desistir de as encontrar e, de repente, numa máquina de roupa lavada, pimbas! Duas de uma vez!

 

Sou a mulher mais feliz do mundo! Continuo sem perceber o fenómeno do desaparecimento das meias no processo de lavagem, mas pronto... 

 

 

 

 

 

 

Exames e um adolescente feliz: uma antítese?

 

Hoje o meu filho faz exame de Português do 9º ano. Sabem aquela angústia, aquele nervosismo natural na época de exames, aquela pressão muitas vezes auto-infligida, comprimidos para a memória e ansiolíticos? Estão a ver o estudo pela noite dentro, as noites mal dormidas, as horas gastas a treinar todos os exames já realizados? 

 

Pois... Nada disso mora aqui! Pensam que ele acusa algum nervosismo? Nem pensar! O gajo "tá na boa"! Aliás, nos últimos dias tem tido bué de programas com os amigos, desde tardes passadas na piscina a jantares com os amigos e festas de aniversário. Não percebo nada disto. Diz-me "mãe, o que queres para mim é que eu só estude e seja infeliz?" Não, realmente não quero. A socialização e a integração no grupo são importantíssimas nesta fase do crescimento, na adolescência. Eu sei disso, mas só queria que ele estudasse um bocadinho mais...

 

Bem, o que é certo é que ele está relaxadíssimo e ontem até me provou que sabe os processos fonológicos todos de fio a pavio. Portanto, venha a paragoge ou a síncope ou a apócope, que ele sabe isso tudo. O problema é que pode não sair nada disso e ainda ontem ele não sabia o que era o hipérbato...

 

Mas também, convenhamos, o que interessa isso? Na minha modesta opinião, acho que deve mesmo haver uma discussão alargada à volta dos currículos portugueses. Ouço dizer que este Governo quer promover isso. Vamos ver... Por exemplo, na disciplina de Português deveria ser mais importante ser capaz de usar os recursos expressivos do que saber o nome deles. Ou seja, motivem-se mais os alunos para a leitura e ensine-se a ler e a escrever! Por causa destas e doutras é que há gente a sair das universidades que não sabe escrever sem erros ortográficos, quanto mais saber usar vocabulário diversificado e recursos expressivos ricos. Mas, pelos vistos, como as coisas estão, desde que saibam o que é um determinante ou um pronome, já têm um excelente domínio da língua de Camões!

 

Por falar em Camões, será que sai "Os Lusíadas"? Ou sairá Gil Vicente? Ai! Que nervos!

 

 

 

Em jeito de balanço...

 

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Eu sei que tenho andado um bocado desaparecida. Para além do post diário a que me obrigo, não me põem a vista em cima. Tenho tido a vida a mil, acreditem. O meu trabalho é mesmo assim. Há alturas em que não consigo mesmo conciliar. À noite, que é quando habitualmente escrevo qualquer baboseira com a qual vos presenteio no dia seguinte (grande amiga esta!) , tenho tido só tempo disso (para que não se esqueçam de mim) e de deitar para dormir. Estou estafada! E, convenhamos, o calor que se tem feito sentir também me tem deixado um bocado prostrada. No domingo ainda tive um tempito livre mas, com as notícias do incêndio de Pedrógão Grande, não consegui escrever nada de jeito e fiquei sem vontade de interagir com quem quer que fosse. Fiquei triste, deprimida e passei o dia com a lágrima fácil. 

 

Do trabalho e das ralações que tenho tido não vou falar. Mas enfim, pelo menos hoje dou-vos conta de algumas conquistas dos últimos dias. Anotem aí!

 

  • Em termos profissionais, estou de parabéns, depois de um processo trabalhoso. Foi renovada a confiança no meu trabalho, apesar de algumas jogadas sujas que pretenderam me prejudicar mas sairam furadas. Moral da estória: não é muito fácil fazer-me mal. Sou valiosa demais para que essas pessoas consigam fazer o seu caminho. Bem, e quer isso dizer que me vou manter na liderança da gestão do estaminé nos próximos anos. Espero é ter saúde e energia para cumprir com brio as minhas funções. 

 

  • Em termos familiares, apesar de ter sido um ano difícil como mãe (não tive a disponibilidade desejável para acompanhar os meus filhos no estudo e a resistência em estudar, principalmente dele, foi uma constante), os meus rebentos terminaram com bastante sucesso o ano letivo. Bem, ela é novamente Quadro de Excelência no 10º ano e ele ainda vai fazer os exames de 9º ano, mas penso que não haverá surpresas. Ah, e foi deputado nacional em representação do distrito no Parlamento dos Jovens e, pára tudo!, foi eleito Mister no Baile de Finalistas. É liiiiiiiiindo, o meu rapaz! 

 

E pronto, hoje é este o post possível. Sobre os aspetos tristes da minha existência não escrevo hoje. Outro dia. Hoje não.

 

 

 

No reino dos eucaliptos.

 

Não me lembro se já escrevi sobre isto, mas guardei as fotografias do cenário que encontrei no verão passado, no início de agosto, quando chegámos à nossa casa no minho para os dias de férias que habitualmente passamos lá. Partilho-as hoje. Aquela visão da natureza recentemente queimada e a consciência da nossa vulnerabilidade marcou-me. Lembro-me que, nos dias de férias restantes, dormia sobressaltada com medo que o inferno voltasse e nos surpreendesse a dormir. Apesar de ser um cenário recorrente por aquelas bandas (não há verão nenhum em que não aconteça um incêndio nos montes que circundam a minha terra natal), nunca um incêndio tinha estado tão perto da minha casa. 

 

Foi esta a visão que tiva das  janelas da minha casa (garanto-vos que não utilizei qualquer zoom):

 

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Já perceberam que a nossa casa fica mesmo encostada a um pinhal e o fogo esteve mesmo perto. Pinhal, é como quem diz... Já foi um pinhal. Agora é um eucaliptal, com muitos eucaliptos, os que podem ver nas duas primeiras imagens. Um pouco mais acima, na terceira foto, já nem eucaliptos há. O monte está despido, de tanto ter sido fustigado por incêndios ao longo dos anos.

 

Desta vez, há um ano, o incêndio chegou mesmo ao pé das poucas casas que ali existem. Aconteceu apenas meia dúzia de dias antes de nós chegarmos, sem nós nunca termos sabido de nada. Ouvi depois os relatos de vizinhas com as casas um pouco mais acima no monte que tiveram que proteger os seus bens com as próprias mãos, tal foi a rapidez com que o fogo avançou para cima do povoado.

 

Não é difícil perceber porquê, quando na nossa floresta o eucalipto ganha cada vez mais protagonismo em detrimento de árvores autóctones como o sobreiro, esse sim, capaz de travar a propagação de incêndios, até por causa da sua capa protetora de cortiça. A ganância desenfreada dos homens impele-os a plantar o melhor combustível e propagador de fogos que poderiam encontrar, por esse país fora. De forma desordenada, perto de casas, a ladear estradas, sem cumprir as leis, de qualquer forma, a sugar a água do nosso território. Maldita espécie!

 

Recentemente, aqui perto de onde vivo, plantaram uma grande extensão de terreno pantanoso com eucaliptos (na foto abaixo). Passo muitas vezes de carro por lá. É um atalho no percurso diário que faço. Odeio aqueles jovens eucaliptos a destoarem na paisagem devido à sua cor azulada. Sempre odiei. Crescem a um ritmo alucinante. Será que aquela plantação cumpre a lei? Vou tentar saber e garanto-vos que vou denunciar, caso perceba que não cumpre. Não podemos permitir que o chamamento do dinheiro fácil de outrem nos transforme em cúmplices de assassinos em potencial. 

 

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Censurado!

 

Esta imagem abaixo, ilustrativa deste post, foi censurada no Facebook. Dizem que não respeita as políticas de publicidade do facebook. O inferno será a minha morada eterna. Vou só ali chicotear-me pelo gravíssimo  atentado ao pudor que eu cometi... 

Americanos puritanos de merda! Criar guerras artificialmente e espetar com mísseis nos países inimigos já não é imoral... Só por causa das coisas, cá vai ela outra vez!

 

 

 

Uma sátira sobre esperança e fé

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Agora que o ano letivo está a acabar, partilho uma estória inspiradora sobre esperança e fé, com o desejo de que todos os vossos entes queridos em idade escolar tenham muito bons resultados. Se não for o caso, contem-lhes este exemplo de vida, que talvez sirva para reflexão e também de inspiração para o próximo ano letivo. Cá vai, então!

 

O Joãozinho era um menino muito distraído nas aulas e com dificuldades de aprendizagem. Por isso, como é óbvio, tinha más notas e a professora estava sempre a ralhar com ele. 

 

Um dia, a mãe dele, habituada a ouvir queixas da professora, foi mais uma vez à escola para saber como se estava a comportar. A Professora foi peremptória em dizer mais uma vez à mãe que o seu filho era um desastre, que tinha notas muito baixas e que ela nunca tinha visto um menino assim em toda a sua carreira.

 

A mãe desta vez ficou tão chocada com o teor do que lhe disse a professora que tirou o seu filho da escola e, inclusive, mudou com ele de terra. Foi da província para Lisboa. Já não suportava aquilo.

 

25 anos depois, essa mesma professora foi diagnosticada com uma grave doença no coração, quase incurável. Foi aconselhada por vários médicos a fazer uma cirurgia ao coração. No entanto, este tipo de operação só um médico em Lisboa era capaz de fazer. Apesar de não ter grandes esperanças, a professora decidiu tentar. Foi para Lisboa e num hospital lá foi operada com sucesso pelo tal médico.

 

Quando abriu os olhos depois da cirurgia, viu um belo e jovem médico à sua frente, a sorrir para ela. Ela queria agradecer-lhe, mas não conseguiu falar. De repente, a sua cara tornou-se azul, levantou a mão, tentou gritar sem conseguir e num ápice morreu.

 

O médico ficou chocado, a tentar entender o que tinha acontecido de errado. Nesse momento, olhou para o lado e viu que o João, que trabalhava no hospital a fazer limpezas, tinha desligado os equipamentos de suporte da tomada do quarto, para ligar o seu aspirador e limpar o corredor.

 

Pensavam que o Joãozinho se tinha tornado médico, não é? Tá bem, tá! Não estudem, e veem como é que é!

 

(Este texto é uma adaptação de um que encontrei em http://smartdireito.com.br/pequeno-conto-de-esperanca-e-fe-parte-2/

 Fonte da imagem: https://pt.pinterest.com/explore/piadas-do-jo%C3%A3ozinho-933214800729/)

 

 

Esta vida de motoristas dos filhos!...

Domingo foi dia de concerto. Ariana Grande já retomou a digressão, após os acontecimentos de Manchester, e lá fez o seu concerto prometido para Lisboa desde que falhou o Rock in Rio do ano passado.

Levámos os nossos filhos e os respetivos namorados. E lá foram eles, todos contentes e felizes. Quanto a nós os dois, os cotas, ficámos um bocado à fresca a observar as medidas de segurança. Não me pareceu haver grande reforço de segurança, a não ser ausência de circulação automóvel e alguns (poucos) agentes a pé e de mota. 

Aproveitámos o restante tempo de espera para um jantarinho a dois, na esplanada do Vasco da Gama, eu sempre com o olho no espaço circundante ao Meo Arena e o ouvido nos sons do concerto que se conseguiam ouvir. Confesso que demorei a conseguir desligar-me da consciência de que os miúdos estavam lá dentro num contexto tão conotado com o atentado do concerto de Manchester. Irracional, eu sei! Afinal, normalmente esses atentados acontecem onde e quando menos se espera. Mas o que é que hei de fazer? Mães... 

Ah! Os miúdos adoraram o concerto. E eu fiquei feliz que se tenham divertido.

 

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Mulher do norte é assim, carago!

 

Contaram-me o seguinte episódio como sendo tendo sido verídico e ocorrido numa Faculdade do Porto. Não sei se é ou não, mas que é anedótico, lá isso é! Se for verídico, a senhora merecia uma estátua. 

 

Uma professora universitária deu as últimas orientações aos alunos acerca do exame que ocorreria no dia seguinte.
Finalizou alertando que não haveria desculpas para a falta de nenhum aluno, com exceção de um grave ferimento, doença ou a morte de algum parente próximo.
Um engraçadinho que estava sentado no fundo da sala, perguntou: “De entre esses motivos justificados, podemos incluir o de extremo cansaço por atividade sexual?”

A turma explodiu em gargalhadas, e a professora aguardou pacientemente que o silêncio fosse reestabelecido. Assim que isso aconteceu, ela olhou para o palhaço e respondeu:
”Isso não é um motivo justificado.” - E continuou, serenamente – “Como o exame será de escolha múltipla, você pode vir para a sala e escrever com a outra mão... Ou se não se puder sentar, pode responder de pé.” 

 

(A imagem foi surripiada ao Sapo. Está em casa, portanto... )

 

 

As mulheres do Norte deviam mandar neste país!

 

Não sou eu que digo! É o MEC!

 

As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança.

Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens.

Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer.

        Miguel Esteves Cardoso

 

         (Fonte: http://minhoemfesta.pt/) 

 

 

 

A Mocha engraçadinha!

 

Quando estou quase, mas mesmo quase, completamente convencida que o Sapo nem sequer lê as minhas cenas, e quando menos espero, lá tenho direito a um destaque. Ainda bem que destaques não é a mesma coisa que sexo, senão andaria por aí a trepar pelas paredes... 

 

É agradável! Agradeço a lembrança e asseguro a todos os interessados que não me pus a jeito, não engraxei nem subornei o batráquio com promessas de mostrar as maminhas, nem dei pontapés na gramática para merecer tamanha honra.   

 

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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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