Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

Como é possível nos dias de hoje?

 

 

Costumo dar boleia para casa a uma colega que mora perto de mim. É uma pessoa com um estilo de vida já muito pouco usual nos dias que correm. Haveria muito a dizer sobre ela, mas vou fixar-me apenas em duas características. Entre outras particularidades:

 

  • Tem a carta de condução mas não conduz. Até aí tudo bem. Há muitas pessoas que não gostam de conduzir. O problema é que ela também não se quer orientar com os transportes e, por isso, anda sempre dependente de terceiros, de mim inclusive. Chega ao ponto de, quando espera que eu termine o meu trabalho, por vezes vir com muito jeitinho a modos que pressionar para que eu me despache. E confesso que às vezes eu, malandra, demoro mais um bocadinho só para ela perceber que já que precisa das pessoas, pelo menos tem que respeitar e se adaptar aos seus horários. Sou terrível! 

 

  • Não tem telemóvel. Quem é que não tem telemóvel hoje em dia? Ela! Já imaginaram viver sem telemóvel? Pois, ela vive, mas depois, às vezes, como acontece com o carro, também precisa do telemóvel de terceiros. Tudo muito natural: não tenho telemóvel porque posso viver sem ele, mas às vezes preciso e uso o teu. Certo? Ok... 

 

É um prato cheio esta minha colega. 

 

Agora peguem nestes seus dois aspetos e temos um episódio engraçado, com direito a replay na mesma semana. Sim, presenciei (e participei!) duas vezes esta semana, apenas com o feriado a intervalar, a mesma situação no mínimo caricata. E é esta constância que me leva a partilhá-la aqui.

 

Trazia-a eu de boleia, das duas vezes, quando a meio do caminho passa no sentido contrário o marido dela, que a ia buscar. É difícil comunicarem-se, se ela não tem telemóvel... Quase no mesmo sítio, impressionante! Ele não nos viu de nenhuma das vezes. Adivinham o que aconteceu? Ela não tem telemóvel, certo? Das duas uma: ou eu fazia inversão de marcha e voltava para trás com ela até ao ponto de partida ou EU telefonava ao marido dela a avisar que estávamos a meio do caminho. Qualquer das opções, trabalhos redobrados para mim, tudo porque a menina se recusa a aderir aos telemóveis. Não foi preciso pensar muito. Ela, habituada a depender de terceiros (e, diga-se de passagem, muito pouco envergonhada disso), saca de um cartão com o nº de telemóvel dele e passa-mo para as mãos para eu tratar do assunto. Foi o que eu fiz, das duas vezes, com o carro encostado, que eu não telefono a conduzir. Cof! Cof! Cof! 

 

É assim esta colega. Mas pronto, no fim ganhei beijinhos de agradecimento, aconselhei-a a comprar a porra de um telemóvel e, por insistência dela, deixei-a na berma da estrada à espera do marido. Sim, porque ela é uma pessoa que não gosta de abusar da boa vontade dos outros e não quis que eu ficasse a fazer-lhe companhia. Uma querida! 

 

 

3 comentários

  • Imagem de perfil

    Maria Mocha 07.10.2016

    Podes. Estás à vontade!
    Também acho isso. Tenho a impressão de que se tentasse inventar uma história para publicar um post maluco, não conseguiria ser tão bem sucedida como com a esta história da vida real.
  • Sem dúvida...... A tua colega não existe... Meu deus... Não quer tlm, mas está dependente dos outros....
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog tem comentários moderados.

    Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.

    Mais sobre mim

    foto do autor

    DIREITOS DE AUTOR (Decreto-Lei n.º 63/85 com as posteriores alterações)

    Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

    Calendário

    Outubro 2016

    D S T Q Q S S
    1
    2345678
    9101112131415
    16171819202122
    23242526272829
    3031

    Arquivo

    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2019
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2018
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2017
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2016
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D

    Subscrever por e-mail

    A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

    Mensagens

    Em destaque no SAPO Blogs
    pub