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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

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Conversas de circunstância (ou alarvidades discursivas e outras estórias)

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Tenho dificuldade em lidar com alguns traços de personalidade de certas pessoas que vão cruzando o meu caminho: a hipocrisia, a falta de pensamento sistémico, a incapacidade para se colocar no lugar do outro, o culto da aparência, a mentira, a falta de bom senso e a subestimação da inteligência alheia, por exemplo, mexem com o meu sistema. Às vezes vêm todas num único pack, ainda por cima.

 

Já aqui falei, por alto, sobre uma característica que tenho, modéstia à parte, que é a perspicácia e sensibilidade que me permitem dissecar o que é dito pelas outras pessoas e, quando é caso disso, desferir um golpe rápido em reação a muitas das alarvidades que oiço. Sou rápida no gatilho, o que faz com que quem me conhece me descreva como tendo a resposta na ponta da língua ou sendo frontal e direta na abordagem a muitos assuntos. Nada de rodeios. O que é, é! Acho que são as minhas duas costelas minhotas. Apesar de não se poder generalizar, no norte, por norma, é-se mais genuíno, terra-a-terra, o que por vezes também quer dizer que se é mais rude, bruto, mas também mais honesto e verdadeiro. No norte não se aceita tão facilmente aquele tipo de conversa de circunstância em que as pessoas douram a pílula dizendo o que pensam ser suposto dizer e o que pensam que deve ser ouvido. Aquelas conversas que me enervam sobremaneira, em que ninguém está a ser sincero, em que me parece óbvio que toda a gente envolvida percebe isso, mas age com hipocrisia, fingimento. E tudo só para parecer bem. Tirem-me desse filme! E lá está, às vezes marco a diferença dando um “abanão à conversa” e trazendo as pessoas de volta à realidade. É mais forte que eu… Mas normalmente faço isso com inteligência, algum humor e ironia à mistura. Quando se dizem as verdades com uma gargalhada no fim, do tipo “estava só a brincar”, elas são melhor aceites. Ou seja, desarma-se o interlocutor, que normalmente percebe o objetivo da coisa e encaixa. Psicologia barata, é o que é! (Já mencionei que também já me disseram que poderia ter sido psicóloga, que tinha jeito? Pois é…)

 

Bem, ser como sou não deve ser muito mau, porque já várias pessoas que me conhecem me disseram que gostariam de ser como eu, nesta característica de não ter papas na língua. Por acaso, este é talvez o único caso em que esqueço o politicamente correto. O facto de não gostar que subestimem a minha inteligência, obriga-me variadíssimas vezes a desmascarar hipocrisias, a repor a verdade em relação ao que é dito. Muitas vezes situações de hipocrisia perfeitamente gratuita! É mais forte que eu! Sinto que essa minha característica faz as pessoas temerem a minha perspicácia, em muitas circunstâncias, o que também não é mau...

 

Mas também acontece que às vezes não vale a pena o trabalho. Recentemente foi um desses casos.

 

Situação:

Um conhecido, que por acaso até admiro por ser voluntário numa associação de solidariedade social (tem felizmente a disponibilidade permitida por uma reforma precoce por invalidez aos 40 e tal anos, apesar de ser hoje uma pessoa perfeitamente capaz) fez uma afirmação daquelas que me deixa a ferver. Disse ele que já estava cansado da sua atividade na tal associação porque, palavras dele: “Já tenho 57 anos! É muita idade!”. What the fuck?!? Então e o resto de nós, que temos que trabalhar mais vinte anos do que ele? Eu até aceito que ele esteja cansado, que eu tenho 44 anos e às vezes estou de rastos. Mas lá está, acho que de acordo com o contexto pessoal, ele deveria ter um bocadinho mais de pudor em falar daquela forma. Que indignada que fiquei! Apesar disso, contive-me e escolhi não dar um par de coices dos meus, à moda do norte…

 

Hoje, neste final de dia, enquanto preparo o jantar, deu-me para isto! Coisas minhas, que não bato lá muito bem…

 

Realmente é verdade! Não sei quem foi, mas houve alguém que disse, a meu ver com toda a propriedade: “Nós não vemos a realidade como ela é! Nós vemos a realidade como nós somos!”. Acertadíssimo! E esta máxima, obviamente, também se aplica a mim.

 

 

Fim-de-semana combina com sofá... ou não?

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Estas meninas estiveram todo o fim-de-semana devidamente arrumadas... no meio da sala. Foi lá que a minha filha as deixou antes de sair para o passeio de 3 dias com as amigas e a sua família. Acabei de as ver lá. E como ela está quase a chegar, agora também não as vou arrumar. Desarrumou, arruma! 

 

Reflexão que se impõe :

Passou-se um fim-de-semana, ainda por cima prolongado, e eu nunca vi aquele espetáculo  montado na sala? Mas que raio de fins-de-semana são os meus, que nem entro na sala, não me sento no sofá, não usufruo desse espaço, não relaxo um bocadinho? Ah, já sei! Entre atividades desportivas do caçula (futebol), atividades sociais a acompanhar o M. (comemorações do 25 de abril), atividades domésticas (aproveitar para lavar toda a roupa da cama da primogénita, passar a ferro, fazer compras para a semana e preparar o farnel e a mala do caçula que sai daqui a bocado para o passeio dele dos próximos dias), passou-se o fim-de-semana e eu não descansei nada. E amanhã logo cedo no batente...

 

Que vida tão estúpida a que levamos, sempre a correr! Enfim, haja saúde e amor! Eu também nunca fui muito pessoa de sala. Sou mais de cozinha. Há doidos para tudo...

Quimioterapia podia ser evitada em quase metade dos doentes com cancro da mama!

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Infelizmente quase todas nós que temos ou tivemos cancro de mama somos obrigadas a passar pela violência da quimioterapia, um tratamento que permite viver mas que também nos envenena o corpo todo, mesmo as células boas, mata-nos no sentido em que nunca mais somos as mesmas. E além disso é tão difícil de suportar!...

Quem dera as consciências mudassem e se investissem noutras formas de tratamento que não fossem tão agressivas para o(a)s doentes.

De acordo com este artigo isso é possível e até recomendável.

Ter filhos adolescentes é tramado!

Tenho tantas dúvidas sobre as minhas competências maternais! A adolescência dos meus filhos põe-me à prova a toda a hora. A qualquer momento, o que parece ser um momento familiar perfeitamente descontraído, descamba numa briga, em tons alterados e acusações mútuas.

 

Eu sei que faz parte da adolescência contestar tudo o que vem dos pais, dar respostas tortas, contrariar, pôr à prova a autoridade, esconder, mentir. E também sei que a minha tendência para criar imagens de situações ideais e exigir depois a sua concretização, não ajuda nada. Idealizo tudo demais e depois só tenho é deceções atrás de deceções. Assim como não ajuda a minha ansiedade e falta de paciência para lidar com as situações. Não consigo contar até dez! Disparo logo. 

 

Que chatice! Amo tanto os meus filhos e, no entanto, às vezes, numa dessas crises familiares, pareceria a um observador externo que nos odiamos. Nos últimos tempos é raro o dia em que não surge um conflito do nada. Seja uma resposta mal dada, seja uma ordem repetida dez vezes e nunca cumprida, seja um teste para o qual não se quer estudar, qualquer coisa despoleta uma briga. Que raio! Os meus pais nunca tiveram que me lembrar da responsabilidade de estudar!

 

Enfim, às vezes sinto que os meus filhos me vêem como uma bruxa má. Nada parecido com o que idealizei para a minha experiência da maternidade... Ingénua, apesar de ter noção da grande responsabilidade que é, pensava que educar seria muito mais fácil do que tem na realidade sido, principalmente nestes últimos anos. Mas eu sinto que, mesmo assim, estou no caminho certo e, por muitos atritos que haja, devo insistir sempre no cumprimento de regras, horários, etc. Ser uma boa mãe, às vezes, é também ser uma mãe má. Não será assim?

 

O certo é que, apesar de tudo, tenho uns bons filhos. Têm os seus feitios difíceis, é verdade! Mas também ninguém sai às pedras da calçada, não é? No fundo, têm uma boa índole, são bons alunos, respeitam os outros e dão-se muito bem um com o outro, o que era algo importante para mim, que cresci com muitas brigas com a minha irmã (que adoro e hoje damo-nos muito bem!) porque os meus pais não souberam perceber e evitar os meus ciúmes excessivos de irmã mais velha.

 

Voltando aos meus filhos, acho que consegui incutir-lhes valores importantes, daqueles que eu gosto de dizer que são um legado familiar ancestral que tem que continuar a passar de geração em geração. Valores dos meus avós, tios, pais. Honestidade, humildade, verticalidade, correção, inteligência, educação sempre foram valores e qualidades que, na minha família, são uma bandeira. E não é só ter essas qualidades pessoais, é também ter vaidade nelas e acenar essa bandeira aos quatro ventos.  E isso para mim chega a ser uma obsessão, admito. A juntar a isto, um bocadinho de esperteza e inteligência emocional para lidar com as situações, assim como perspicácia, também seria bom. Aos meus filhos falta-lhes ainda um bocado disso, para além da responsabilidade. Mas enfim, só têm 13 e 15 anos!

 

Ainda não mencionei que estou com mais disponibilidade para refletir sobre estas coisas porque este fim-de-semana e a próxima semana, ora um, ora outro, vão viajar. Ela já foi, hoje de manhã bem cedo, com uma família amiga e outras amiguinhas e volta segunda-feira. Ele vai em visita de estudo para Espanha toda a próxima semana. Chega ela, sai ele. Durante 7 dias só terei um filho ao pé de mim de cada vez. Já me está a fazer confusão... Eles dão-me cabo da cabeça, mas não sei viver sem eles. Meus ricos filhos!

 

Na escola, apesar de nenhum deles gostar de estudar (quem é que gosta?), vai tudo bem. Ainda não sei é se algum conseguirá integrar o Quadro de Excelência e estou cheia de pena que isso não aconteça. Uma mãe fica orgulhosa, desculpem lá! Por falar em escola, o meu mais novo iniciou o ano menos bem a matemática e olhem só a nota que trouxe para casa ontem! Tem vindo sempre a subir!  Qual é a mãe que não gosta? 

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Bem, vou tentar aproveitar estes próximos dias, que se prevêem de início do tempo bom e que antecedem também o Dia da Mãe, para gerir melhor a relação mãe-filho(s) e "usufruir" melhor de cada um deles... sempre com muitas saudades do outro, claro. 

 

 

 

 

 

 

Dieta???

Dieta? Qual dieta? Esqueci-me que estava a fazer dieta! Assim vou longe...

 

A bem dizer, não é que me tenha esquecido. Ela foi é forçada, durante aqueles dias em que andei com os pés para a cova. Até emagreci dois quilitos e tudo! Mas agora que já me sinto bem, acho que consigo estragar tudo em menos de um fósforo. Se calhar já estraguei. Até estou com medo de me pesar... Ainda se a balança só me dissesse o peso, mas não! Tinha que levar o trabalho tão a sério e dizer-me o IMC e que tenho excesso de peso e tudo e tudo... É uma besta meticulosa!

 

Por acaso, a partir de certa idade começou a ser complicada esta questão das oscilações de peso. É fácil subir, quase impossível descer. Como é possível eu ter só emagrecido dois quilos, se eu passei vários dias em que quase não comia? Por outro lado, agora que já tenho apetite, sou capaz de recuperar (recuperar é uma má escolha de palavra, é para quem precisa de ganhar peso, mas enfim... ) o peso e até ganhar mais alguns quilos em cima, se não tiver cuidado. Vida injusta, esta!

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Se é difícil ser mulher, então mulher de 40 anos é ainda muito mais!  

 

Acho que até nesta questão dos quilos a mais, o que eu preciso é de tempo bom que obrigue a pouca roupa. Só uma terapia de choque que me obrigue a ver e a mostrar as "banhas" é que me pode motivar a fazer uma dieta como deve ser! Mas racional e saudável, claro! E, já agora, regressar às caminhadas com o M. também dava jeito... Caminhadas e outros exercícios, já agora! Temos andado muito... digamos, "apáticos" e resignados ao facto de já não termos 20 anos... Que saudades dos nossos 20 anos! E dos 30 também! Enfim, o fulgor já não é o mesmo, mas faz parte. A vida é mesmo assim.

 

Bem, o que parece ser certo é que a partir de Domingo já vamos ter sol e calor. Pode ser que seja desta...

Foram dias difíceis...

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Nos últimos 15 dias uma gripe ou virose ou lá o que foi aquilo deixou-me de rastos. Nunca tinha estado tão abatida como nestes últimos dias, a não ser durante o tempo em que fiz os tratamentos de quimioterapia. Tive febre durante uns dias, má disposição generalizada, falta de apetite (eu que nunca perco o apetite!), cansaço e um chamamento da cama como nunca tinha tido. Levei a minha vida normal, na medida do possível, mas sempre enjoada, cansada, sonolenta e sem ânimo. O pessoal cá em casa já se queixava de comer torradas e outros petiscos às refeições. Já andava a ficar preocupada com os sintomas. Pensei em tudo: outra vez o cancro (este fantasma volta sempre nestas alturas, sempre que há um sintoma suspeito!), gravidez, depressão ou esgotamento, eu sei lá! Tudo isso me passou pela cabeça. 

E foi esta condição que me afastou daqui. Mas estou de volta! Já tinha saudades. 

Defini este fim-de-semana passado como a data limite para ultrapassar esse estado de indisposição. Se não passasse, iria então ao médico. Passou. Já me sinto melhor, felizmente. E continuo sem saber o que tive.  

No meio disto tudo, fui à consulta de rotina, de senologia. Mostrei a mamografia que tinha feito em janeiro, e que eu já sabia estar bem. O médico fez-me mais uma vez análises hormonais. É que eu tenho uma condição estranha: com 44 anos (quase 45) não menstruo, mas não estou na menopausa. Mais uma vez as análises "disseram" isso mesmo.  Fenómenos... Um caso de estudo.

Agora que estou bem, só preciso de sol e tempo quente para compor o ramalhete! Acho que o tempo também tem alguma culpa de o nosso organismo se ressentir. Pelo menos o meu já acusa o excesso de inverno.  

Perigosamente correta... Essa sou eu!

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É mesmo isto que me define na perfeição, muito especialmente aqui, enquanto "blogger" (ou uma espécie de...), mas também na minha vida diária. Aliás, ter iniciado este blog em janeiro deste ano foi exatamente para encontrar uma forma de desbobinar o que me vai na alma. Senti essa necessidade. Mas estarei a fazê-lo? 

 

Sou uma pessoa que pensa demais em tudo e com tendência para me fixar nos aspetos negativos da vida. Não consigo dar a volta a isso. Escrever sobre o que me vai acontecendo seria uma terapia, a receita mágica para descarregar pensamentos e reflexões que tenho dificuldade de partilhar nas relações interpessoais. Sim, porque há aspetos da minha vida que nem ao M. gosto de contar. Mas que fique bem claro que temos uma ótima relação, e ao fim de 25 anos ainda nos amamos muito. Já não é um amor tão sôfrego, digamos, mas é um amor sólido. Só não gosto é de me "despir" em frente a ninguém, nem mesmo do amor da minha vida. Ele ainda nem sabe que criei este blog... Se calhar devia contar-lhe... Tenho andado para fazer isso, mas tem-me faltado a coragem...

 

Bem... sou assim, fechada acerca dos meus traumas, das minhas ralações e tristezas. Nada a fazer. Além disso, como sou muito observadora, perspicaz e me apercebo de tudo em meu redor (mesmo o que não é dito, os silêncios, os olhares, os gestos, as entrelinhas), tenho esta mania de achar que os outros também teriam obrigação de perceber em mim quando preciso de colo, de um abraço, de carinho. Por outro lado ainda, a minha capa de mulher forte, que efetivamente sou, cria em mim uma aura de quem nunca precisa desse carinho, dessa atenção. Mas preciso, como de pão para a boca. Sou muito carente por trás dessa capa de força e valentia de mulher guerreira.

 

Bem, mas a que respeito isto tudo hoje? É que dei por mim a pensar que o objetivo primeiro deste blog não está a ser cumprido. Tenho esta dificuldade em falar abertamente do que me vai na alma, pelo menos no que diz respeito a determinados assuntos mais íntimos. Ou seja, percebo que eu própria é que me auto-censuro. Mesmo aqui, em que não mostro a face. Até nos artigos de opinião que escrevo para um jornal, estou sempre a medir as palavras com receio das reações, do que os leitores possam pensar. Raios! Mas porque é que eu, com 40 anos a caminho dos 50, ainda me preocupo com o que os outros vão dizer? Esta insegurança dá cabo de mim.

 

E só para contrariar isso, "pespego" aqui hoje uma imagem com um valente palavrão à moda do meu norte! Que se f#*& (com todo o respeito por eventuais leitores apanhados desprevenidos...)! Eu até sou das que acredita que as pessoas que dizem um palavrão de vez em quando são mais confiáveis, honestas e sinceras! Tenho dito!

 

Pronto, já estou mais aliviada! 

 

 

 

 

 

 

Dieta - Dia 1

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A minha dieta vai de vento em popa! Yay!

Bem, hoje resumiu-se basicamente a irradicar o pão da alimentação. Não comi pão! Quem diria? Eu, que gosto tanto de pão... Apenas comi duas tostas integrais logo de manhã ao pequeno-almoço. Mas é tão difícil... Os hidratos de carbono ou o amido ou lá o que é, realmente, têm um poder muito forte sobre o nosso cérebro. É como se literalmente chamassem por nós, como uma droga. É um apelo difícil de resistir. Não me sai do pensamento comer um naco de pão com manteiga, ou queijo, ou fiambre, ou doce, ou... Alto! Não ha de ser mais forte que eu! Estou cheiinha de fome, mas resistirei com valentia! Acho eu...

 

O peso e eu…

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Sempre tive uma relação conturbada com a balança. Desde o início da adolescência que não me sinto bem com o meu corpo, embora com a idade isso tenha vindo a dissipar-se. Na verdade, houve certas alturas do meu crescimento e da minha vida em que realmente tive excesso de peso. Como agora, diga-se de passagem… Mas tenho noção de que nunca foi nada exageradamente preocupante. Só que para mim era, e é. E isso levou-me a fazer dietas drásticas e a perder peso de forma extrema na adolescência, ao ponto de a certa altura, com os meus 15 ou 16 anos, estar 6 meses sem período e ter que levar uma injeção para o provocar. O que hoje se chamaria de anorexia…

 

Anyway…

 

A minha tendência para engordar obrigou-me a ter sempre algum (cada vez menos, confesso) cuidado com o que comia. Infelizmente não sou daquelas que podem dizer que tiveram sorte com a genética, algo que aliás me soa sempre a falso. Bullshit! É o tanas é que elas não engordam comendo de tudo! Só se tiverem ténias! Lembra-me uma pessoa que conheço com excesso de peso e que à mesa parece estar sempre com nojo da comida, enjoada e nada lhe saber bem. Nada mais falso e ridículo, é o que é! Com todo aquele peso e sempre tão enjoada, só se a coitada engorda com o ar e o vento!

 

Eu cá gosto de comer e isso vê-se! Aprecio uma boa refeição, os pratos típicos portugueses e não só. Gosto basicamente de tudo, muito especialmente daquilo que engorda. Costumo repetir uma frase que ouço desde pequena, na minha família, onde sempre foram importantes os momentos partilhados à volta de uma mesa: “Quem não é para comer, não é para trabalhar!”. É isto!

 

Nos últimos tempos tenho me descuidado. A doença, o cancro da mama de há 5 anos, também não ajudou nada. Fez-me relativizar tudo, inclusive o meu excesso de peso. Bom para algumas coisas, mas definitivamente não para esta.

 

Neste momento peso 66 kg, que em 1,64m é já excesso de peso. A balança diz que sim, os espelhos dizem que sim e os meus olhos e a minha consciência também. Gostava de emagrecer aí uns 6 quilitos, voltar aos 60 kg, mas tem-me faltado força de vontade para fazer dieta. No entanto, quero mesmo perder peso, até porque com a idade também já noto que a distribuição da gordura no corpo é diferente. Vejo-me hoje com gordura localizada na zona abdominal e isso desnorteia-me completamente. Eu, mesmo gordinha, nunca tinha barriga! O que é isto? Não posso permitir este avanço dos pneus! Agora é que tem mesmo que ser!

 

No fundo, o que é que se passa aqui? Vou ser franca. Sinto que talvez escrevendo sobre esta resolução, ela se concretize mais facilmente… Com tantas testemunhas e tudo… Eu nunca fui de faltar a um compromisso assumido!

 

Bem, vou tentar. Depois conto a evolução da coisa…ou não.

 

(Nota: Não sei os créditos da imagem, por ter sido partilhada por alguém que não fez referência a isso. Mas achei tão engraçada! Que se lixe! Desta vez vai assim mesmo.)

Um filme: "Carnage - O Deus da Carnificina"

Vi este filme ontem à noite, no Canal Hollywood. Um filme de 2011 do realizador Roman Polanski, com Kate Winslet, Jodie Foster, John C. Reilly, Christoph Waltz, que eu nunca tinha visto.

Foi, por isso, uma estreia para mim e uma agradável surpresa. Um espetáculo! A revelação da natureza humana ao mais alto nível. Logo, de escavacar a rir! Um "must watch"! Recomendo vivamente.

Páscoa 2016

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A Páscoa foi no norte, como sempre. Desta vez coincidiu com o aniversário da adolescente cá de casa. Por essa razão, conforme previsto, lá levámos as amigas mais próximas dela connosco. Foram 3 dias divertidos para ela e de muito trabalho para mim. Significou cozinhar para carradas de adolescentes, limpar o lixo que faziam, andar por casa a pisar ovos enquanto elas dormiam, levá-los e trazê-los para todo o lado, em várias viagens, assim como fazer uma viagem de combóio de volta (o carro só tem 5 lugares e nós, nestes últimos dias, tivemos a nosso cargo 6 adolescentes e uma criança!). E ainda me custou um telemóvel partido! No final o balanço é que gastámos uma “nota preta”, mas valeu a pena. Foi uma bela prenda de anos para a minha filha. Além disso, pude conviver com ela e as amigas e perceber melhor algumas coisas, nomeadamente que elas têm uma relação de irmãs e ainda bem, porque são boas miúdas. Percebi também que as amigas têm melhor feitio do que a minha filha, mas isso é uma história para outra altura.

Apesar de tudo, ainda consegui fazer um bocado de jardinagem, numa manhã em que não choveu, e enquanto todos dormiam. Valeu-me uma dor nas costas que me acompanha até hoje. Essa e também a dor nas pernas, da caminhada que fizemos uma tarde com os 7, monte acima e monte abaixo. Uma “aventura”, como chamo desde que os meus filhos são pequenos. Sempre fomos à aventura. Foi um conceito criado por mim e que não é mais do que desbravar caminhos e montes com a criançada (filhos e sobrinhos). Acho que são daquelas memórias que ficam para toda a vida.

Hoje já fiz o bolinho semanal da praxe. É muito simples e partilho já, muito rapidamente.

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Batem-se 6 ovos inteiros com 200 g de açúcar até formar um creme fofo e esbranquiçado.

Junta-se depois, a envolver, 200 g de farinha com fermento.

Vai ao forno numa forma redonda sem buraco, untada e polvilhada com farinha, durante cerca de meia hora.

Retira-se e deixa-se arrefecer. Corta-se em 3 partes iguais, que depois serão sobrepostas novamente. Antes de cada sobreposição, rega-se cada parte com calda de açúcar (2 dl de água com 100 g de açúcar, que vai ao lume ferver durante 5 minutos) e recheia-se com doce. Usei doce de morango, mas pode ser outro qualquer. A cobertura que usei é de chocolate (1 tablete com 2 dl de natas, que vai ao lume para derreter o chocolate). Acho que ficaria ainda melhor com chantilly. Para a próxima é o que uso.

 

Hoje é 1 de abril! Aproveito para deixar os meus desejos para este mês (créditos na imagem), se possível com menos chuva… ou nenhuma! Quero sol e calor de uma vez por todas! Pode ser que abril contrarie o ditado e traga isso…

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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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