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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

De empate em empate ainda somos campeões!

Pois é! Vamos avançando neste europeu sem saber bem como... Que se lixe! Eu quero é que sejamos campeões! 

Um parêntesis, que é uma curiosidade: dei uma volta pelas redes sociais e, pasme-se, as conversas pós-jogo com a Polónia não versam sobre o Ronaldo. Nem as Ronaldettes hoje se desdobram em argumentos a favor do desempenho do seu ídolo. Não é normal... Ah, só se for porque reincidiu em mandar uma bola à barreira num livre (já não me lembro de ver um livre dele bem marcado!), conseguiu novamente não acertar com o pé na bola mesmo em frente à baliza,... Enfim, não está realmente a passar uma boa fase, e nem as Ronaldettes têm condições para contrariar esta evidência. Infelizmente! Oxalá até ao final do Euro eu possa engrossar o coro das Ronaldettes na defesa do nosso capitão. Por outro lado, os outros "rapazes" que também são importantes em todos os resultados da equipa, e que são muitas vezes esquecidos com essa obsessão com o Ronaldo, também merecem estar no centro do nosso orgulho lusitano. Boa equipa! Viva Portugal! 

Ronaldettes

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Em dia de jogo dos quartos de final entre a Polónia e Portugal (que eu aguardo ansiosamente!), não falemos de futebol. Falemos antes de um fenómeno que tenho observado e que não tem nada a ver com futebol (já aqui disse que tenho uma apetência especial para observar comportamentos humanos?).

Existem em Portugal uns seres especiais que muito apropriadamente vi alguém chamar pelo nome de "Ronaldettes". São cada vez mais e mais ferozes, estes que defendem o seu ídolo melhor do que se da própria mãe se tratasse. Ao ponto de até se destruirem amizades em nome dessa defesa (subjacente a este comportamento está uma assumção de que o nosso capitão é um coitado que precisa de defesa, mas enfim...). Este é um fenómeno que, digo eu, até  seria passível de um estudo sociológico.   

 

Mas o que é ser "Ronaldette"? Ser um(a) "Ronaldette" à séria é:

• ser aquele(a) que defende com unhas e dentes todos os desempenhos do Ronaldo, sejam bons ou maus e desvaloriza e desculpabiliza-o pelos maus;

• trazer para a discussão sobre a sua qualidade como jogador as suas qualidades enquanto ser humano, como seja o facto de ter crescido sozinho, longe da família, de ajudar os pobres, de ser lutador,... Bem, eu digo que se os argumentos que têm que entrar na equação para descrever o seu desempenho dentro das 4 linhas são esses, então é mau sinal...;

• atribuir a responsabilidade de todas as vitórias ao Ronaldo e em relação às derrotas dizer que a equipa não o ajudou (dizia no outro dia um colega: "é preciso uma "aldeia" inteira e não só o melhor do mundo". WTF! Então eu pergunto: esse mesmo argumento não deveria servir para dar louros a TODA a equipa quando ganha?);

• dizer, com manifesto orgulho lusitano, que ele é o melhor do mundo porque é português e ponto final, independentemente de tudo o resto. Neste ponto só digo: quem dera que o povo português se unisse noutros assuntos nacionais de seu interesse como faz com o Ronaldo e o futebol...;

• alimentar a rivalidade Ronaldo vs Messi até ao vómito e descrever o Messi como sendo uma nulidade, e que não é português e a sua situação fiscal, e agora também falhou um penalti, bem feita!, e por aí fora. Mas porque é que o povo tem que empurrar para baixo um para valorizar o outro (e isto não acontece só no futebol!)? Dizer que o Messi não tem qualidades? Como é possível? É só possível porque as pessoas só vêem aquilo que querem ver! Ponto!

As características da espécie não se esgotam aqui, mas já chega por agora.

 

Mas que não restem dúvidas! Eu cá quero que o Ronaldo seja efetivamente o melhor do mundo! Quem dera que ele contribua largamente para a nossa vitória mais logo! É o que todos queremos. Mas, para quem gosta verdadeiramente do desporto-rei, mais importante do que discutir e comparar pessoas, é ver jogar bem à bola, seja o Ronaldo, o Messi, o Quaresma, ou outro qualquer. Até porque essa pressão constante não penso que ajude nada ao desempenho dos jogadores. 

 

Em relação ao Euro, tenho seguido os jogos e sou daqueles que tem confiança que podemos seguir em frente. É certo que a sorte tem estado do nosso lado, também. Quem sabe, pode ser que, com a conjugação de vários fatores e com muita sorte, cheguemos à final. E quem sabe, ao contrário do que aconteceu com a Grécia em 2004, seremos finalmente campeões europeus?! Eu acredito! 

Futebol, o ópio do povo...

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Aprendi a gostar de futebol. Mas não foi amor à primeira vista...

 

O contacto com esta modalidade foi-me dado, logo em pequena, pela mão do meu pai. E também foi ele que me fez benfiquista. Agradeço-lhe muito isso, por acaso!  Como não teve filhos homens, eram as filhas que eram arrastadas para a "bola" ao domingo. Nessa altura, confesso que era um sofrimento gramar horas no estádio lá da terra, a ver a equipa local jogar, no meio de homens, sem perceber muito bem o jogo e as conversas. Não era mesmo coisa que me alegrasse por aí além.

 

Mais tarde, com o M. e, muito especialmente, a partir do momento em que o meu filho começou a jogar à bola, o futebol passou a fazer parte da minha/nossa vida. Uma parte bem importante da nossa vida, por acaso. Ao ponto de hoje em dia, quando a época acaba, chegar a ter saudades de ir à bola ao fim-de-semana. Felizmente, nesta altura do ano, vamos tendo futebol na televisão (ora o Euro, ora o Mundial), e a pessoa vai-se entretendo assim. 

 

Isto para dizer que não sou nenhuma expert na matéria (longe disso!), mas aprecio futebol à minha maneira e já vou percebendo alguma coisa, pouca. E sou obviamente uma "sócia concentradíssima" no sucesso da nossa seleção!

Uma coisa é certa: não sou daqueles(as) adeptos(as) que só vêem futebol quando joga Portugal e que, contas feitas, nem sequer gostam de futebol. Para esses adeptos cíclicos ou intermitentes de futebol, o futebol é só uma forma de se sentirem incluídos, fazerem parte do grupo, sentirem-se um daqueles onze milhões que são de tempos a tempos convocados a apoiar incondicionalmente a seleção. Por isso é que estes adeptos são tão exigentes, já que para muitos é com as vitórias da sua equipa que alcançam a realização que muitas vezes lhes escapa noutras áreas da vida. A sensação de fazer parte dos vencedores é gratificante... Se fizermos a analogia com a política, é ou não certo que o Zé Povinho tem tendência para votar num possível vencedor, e por isso é que ganham sempre os mesmos partidos? Teorias minhas...

Voltando ao desporto-rei, e particularmente à nossa seleção, vemos que de vitória em vitória (connosco foi mais de empate em empate, mas adiante, que a eficácia foi a mesma!) anda o povo feliz e vai-se esquecendo dos problemas da vida. Alienação total! 

 

Eu própria tenho andado maluca com isto e tenho tentado acompanhar o máximo que posso deste Euro. Sobretudo, tenho vibrado com os avanços da nossa equipa. Estou já ansiosa pelo jogo de amanhã com a Polónia e quero Portugal nas meias finais e depois na final. Quem sabe, até seja campeão! Gostava tanto de ver o Fernando Santos por França até essa altura, como ele disse que aconteceria. Fizeram-se logo piadas, mas eu cá gostei de ver tanta confiança nos jogadores demonstrada com essa afirmação. É assim mesmo! Portugal allez!  

 

A bela da sardinha, sol e mar.

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Este fim-de-semana fizemos o nosso primeiro dia de praia, os quatro, em família. Lá comemos a bela da sardinha assada acompanhada por uma fresca salada com pimentos e regada por uma fresquíssima sangria de vinho tinto (os adultos, claro!). Afinal, esta é a altura ideal para comer sardinhas, em época de Santos Populares. "No S. João, a sardinha pinga no pão", não é assim? Gosto tanto!

 

O que eu adoro sentar-me numa esplanada à beira-mar para almoçar, nos dias quentes de Verão! Basicamente é mesmo a parte que gosto mais nos dias de praia, no verão, mesmo em tempo de férias. Cansa-me um bocado estar na praia de papo para o ar e também não gosto das atividades de praia. Ora tenho calor, ora tenho frio, as pessoas amontoadas como sardinhas em lata e a areia fazem-me confusão, acho a água fria para mergulhar (salvo raras exceções!), não me sinto bem em roupa de praia (uso biquini e tudo, mas sinto-me sempre a mais gorda, a mais "desengonçada", a que tem mais celulite, eu sei lá...). Sempre fui um bocado complexada em relação ao meu corpo e neste campo nem a idade nem ter um amor correspondido e feliz de 26 anos, um marido que me faz sentir bonita, amada e desejada, dizia, nem isso tem ajudado muito. Bem, mas este é só mais um dos meus dramas... Tenho vários! 😕

 

Voltemos ao dia de praia. Estava bastante vento. Só o M. é que foi à água. Ele vai sempre, nem que a água esteja gelada. É doido por mergulhar no mar, adora praia e ondas. Os miúdos também. Eu cá gosto mais de águas quentinhas e calmas, se possível partilhadas com pouca gente. 

 

Enfim... Acabou por ser um bom dia de praia, uma excelente preparação da função cardíaca para o jogo de Portugal com a Croácia desse dia à noite. 😂 Felizmente o dia terminou com a nossa vitória, com muita sorte à mistura! Acabou mesmo por ser um dia em grande. 😊

Tive um DESTAQUE do Sapo Blogs! Uau!

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Estou tão surpreendida e orgulhosa! A equipa do Sapo Blogs destacou o meu último post "Raisparta" os homens! Que orgulho! Um DESTAQUE do sapo!  Ainda por cima num texto que não é mais do que a descrição do início da minha história de amor e uma forma desajeitada de falar sobre a insensibilidade masculina no que diz respeito a demonstrações de amor. Não estava à espera desta! Nem sequer sabia que existiam destaques de posts dos blogs alojados no sapo. Daaa!!! Sou mesmo um bocadinho NOOB, como dizem os meus filhos. 

 

Bem o que é certo é que foi reconhecida alguma qualidade ao meu escrito. Já publiquei um comentário a agradecer à equipa e tudo! Levantaram-me a moral. ORIGADA! Só gostava era de ser mais assídua e empenhada cá no blog e conseguir produzir mais textos que dignifiquem este espaço virtual. Mas a realidade é que não tenho conseguido. Entretanto vou fazendo o que posso e ao mesmo tempo vou expulsando os meus "demónios". Afinal, era esse o objetivo primeiro.

 

Uma confissão, em jeito de aparte:

Ainda não consegui contar aqui em casa que tenho esta muito-mini-atividade paralela onde desbobino as minhas "cenas". Estive quase a fazê-lo na sequência deste inesperado destaque, mas mais uma vez recuei. É como se sentisse que a partir do momento em que alguém próximo souber e puder ler os meus textos, eles deixarão de cumprir o fim para que sempre estiveram propostos: serem um escape à dura batalha do dia-a-dia, o meu canto, um segredo só meu. É estúpido, eu sei! E por outro lado, há pensamentos e reflexões que gostaria que filhos e marido lessem... Não sei... Ainda não tive coragem, sei lá! Quem sabe brevemente o farei... 

 

Boa semana! Beijos e abraços aos meus queridos leitores, desta blogger famosa! Ah ah ah ah 

 

“Raisparta” os homens!

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Após um longo interregno… eu cá outra vez! Eu cá outra vez, e pior que estragada! Já explico.

 

Hoje é dia de S. João. O do Porto não conheço. Conheço é o de Braga. É à cidade dos arcebispos e ao S. João de Braga que a minha história está ligada!

A minha relação de amor de uma vida, e que ainda dura, começou nessa cidade e precisamente neste dia. Foi no final da noite de 23 para 24 de junho de 1990 que o M. inesperadamente me encostou à parede (literalmente!) e me deu o primeiro beijo. Começou assim uma relação que já dura há 26 anos. A bem dizer, talvez até tivesse começado antes, em interesses e intenções, sem eu suspeitar. Para dizer a verdade eu achava-o engraçado, ao meu jeito, e uns tempos antes já tinha percebido algum interesse também da parte dele durante uma noite numa discoteca da moda naquela altura. Nessa noite, o M., uma pessoa completamente tímida,  desinibido à conta de algumas cervejas, protagonizou o que se pode chamar de uma verdadeira dança de acasalamento. É engraçado! Acho que nunca falei com ele sobre isto, mas é uma imagem que me ficou gravada na memória e que carrego no coração. Soube também mais tarde pelo próprio M. que havia interesse em mim não só da parte dele mas também de um outro rapaz conhecido de quem já nem me lembro do nome. Parece que chegaram mesmo a apostar conquistar a bela. A bela ERA eu, caso não tenha sido clara! ERA!

Uma história fofinha e tudo muito bonito, não fosse o facto de durante todo o dia de ontem eu ter esperado pacientemente uma palavra, uma referência à data, um mimo. NADA! Acabei por ter que ser eu a lembrar a data, já pela noite dentro, com a lamúria habitual de que ele não se lembra destas ocasiões e datas (para mim!) especiais. Ganhei uma expressão qualquer de desvalorização e uma festinha, nada mais.

Que fique claro que eu não tenho dúvidas de que eu sou e serei, salvo algum "imprevisto", a mulher da vida dele, até que a morte nos separe. Eu sinto isso e tenho razões para acreditar nisso. E também sei que temos que aceitar as pessoas como são e eu sei que ele não valoriza as lamechices da mesma forma que eu. Mas o que é que eu hei de fazer? Gostava de ouvi-lo dizer que me ama todos os dias, até me cansar, gostava de ser mais mimada, gostava de ter mais demonstrações de carinho no dia-a-dia, gostava que ele me tivesse dito ontem que eu fui o melhor que lhe aconteceu, naquela noite de S. João há 26 anos atrás. E gostava que o dia de S. João não fosse só o dia de S. João. Afinal, o casamenteiro connosco não foi o António...

 

“Raisparta” os homens que não percebem ou não querem perceber que é tão fácil amolecer uma mulher. Esta mulher, pelo menos…

 

PS: A quem interessar (não são muitos os seguidores deste blog, mas os que o são merecem-me todo o respeito!), quero retratar-me de ter estado tanto tempo sem dar notícias. Está tudo bem com a minha saúde e nada se passou objetivamente que me afastasse deste cantinho, a não ser a desmotivação em grande medida causada pelo imenso trabalho que tenho tido nesta altura do ano e que ainda vai continuar por mais um mês e meio até às merecidas férias. Hoje lá consegui tirar a tarde e cá estou eu a desancar no meu M. Ele ainda não sabe que eu desanco nele aqui… Chiu!

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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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