Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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Pois é! Vamos avançando neste europeu sem saber bem como... Que se lixe! Eu quero é que sejamos campeões!
Um parêntesis, que é uma curiosidade: dei uma volta pelas redes sociais e, pasme-se, as conversas pós-jogo com a Polónia não versam sobre o Ronaldo. Nem as Ronaldettes hoje se desdobram em argumentos a favor do desempenho do seu ídolo. Não é normal... Ah, só se for porque reincidiu em mandar uma bola à barreira num livre (já não me lembro de ver um livre dele bem marcado!), conseguiu novamente não acertar com o pé na bola mesmo em frente à baliza,... Enfim, não está realmente a passar uma boa fase, e nem as Ronaldettes têm condições para contrariar esta evidência. Infelizmente! Oxalá até ao final do Euro eu possa engrossar o coro das Ronaldettes na defesa do nosso capitão. Por outro lado, os outros "rapazes" que também são importantes em todos os resultados da equipa, e que são muitas vezes esquecidos com essa obsessão com o Ronaldo, também merecem estar no centro do nosso orgulho lusitano. Boa equipa! Viva Portugal!
Em dia de jogo dos quartos de final entre a Polónia e Portugal (que eu aguardo ansiosamente!), não falemos de futebol. Falemos antes de um fenómeno que tenho observado e que não tem nada a ver com futebol (já aqui disse que tenho uma apetência especial para observar comportamentos humanos?).
Existem em Portugal uns seres especiais que muito apropriadamente vi alguém chamar pelo nome de "Ronaldettes". São cada vez mais e mais ferozes, estes que defendem o seu ídolo melhor do que se da própria mãe se tratasse. Ao ponto de até se destruirem amizades em nome dessa defesa (subjacente a este comportamento está uma assumção de que o nosso capitão é um coitado que precisa de defesa, mas enfim...). Este é um fenómeno que, digo eu, até seria passível de um estudo sociológico.
Mas o que é ser "Ronaldette"? Ser um(a) "Ronaldette" à séria é:
• ser aquele(a) que defende com unhas e dentes todos os desempenhos do Ronaldo, sejam bons ou maus e desvaloriza e desculpabiliza-o pelos maus;
• trazer para a discussão sobre a sua qualidade como jogador as suas qualidades enquanto ser humano, como seja o facto de ter crescido sozinho, longe da família, de ajudar os pobres, de ser lutador,... Bem, eu digo que se os argumentos que têm que entrar na equação para descrever o seu desempenho dentro das 4 linhas são esses, então é mau sinal...;
• atribuir a responsabilidade de todas as vitórias ao Ronaldo e em relação às derrotas dizer que a equipa não o ajudou (dizia no outro dia um colega: "é preciso uma "aldeia" inteira e não só o melhor do mundo". WTF! Então eu pergunto: esse mesmo argumento não deveria servir para dar louros a TODA a equipa quando ganha?);
• dizer, com manifesto orgulho lusitano, que ele é o melhor do mundo porque é português e ponto final, independentemente de tudo o resto. Neste ponto só digo: quem dera que o povo português se unisse noutros assuntos nacionais de seu interesse como faz com o Ronaldo e o futebol...;
• alimentar a rivalidade Ronaldo vs Messi até ao vómito e descrever o Messi como sendo uma nulidade, e que não é português e a sua situação fiscal, e agora também falhou um penalti, bem feita!, e por aí fora. Mas porque é que o povo tem que empurrar para baixo um para valorizar o outro (e isto não acontece só no futebol!)? Dizer que o Messi não tem qualidades? Como é possível? É só possível porque as pessoas só vêem aquilo que querem ver! Ponto!
As características da espécie não se esgotam aqui, mas já chega por agora.
Mas que não restem dúvidas! Eu cá quero que o Ronaldo seja efetivamente o melhor do mundo! Quem dera que ele contribua largamente para a nossa vitória mais logo! É o que todos queremos. Mas, para quem gosta verdadeiramente do desporto-rei, mais importante do que discutir e comparar pessoas, é ver jogar bem à bola, seja o Ronaldo, o Messi, o Quaresma, ou outro qualquer. Até porque essa pressão constante não penso que ajude nada ao desempenho dos jogadores.
Em relação ao Euro, tenho seguido os jogos e sou daqueles que tem confiança que podemos seguir em frente. É certo que a sorte tem estado do nosso lado, também. Quem sabe, pode ser que, com a conjugação de vários fatores e com muita sorte, cheguemos à final. E quem sabe, ao contrário do que aconteceu com a Grécia em 2004, seremos finalmente campeões europeus?! Eu acredito!
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