Coisas de gajas (e de mães)...
Acho que já referi que tenho pena de não ter nascido rica. Bem, sou rica em muitos aspetos mas não seguramente em bens materiais. Tenho o necessário, felizmente. Mais até do que alguma vez pensei vir a ter.
Por isso, por não ser rica, sou daquelas que, como qualquer gaja que se preze, gosta de aproveitar todas as pechinchas, saldos, promoções, descontos, talões, eu sei lá. Gaja que é gaja não tem preconceitos em relação a isto! Faz-me um bem tremendo, ao nível psicológico, comprar uma peça por um preço inferior ao inicial. Sim, porque há artigos que eu adoro mas não sou capaz de comprar pelo preço inicial, muitas vezes simplesmente porque acho até imoral fazê-lo. E como eu tenho um gosto refinado e costumo embeiçar-me por coisas caras (lá está, deveria ter nascido rica!), muitas vezes acabo por comprar peças que tinha andado a namorar, com desconto, e sinto-me a mulher mais esperta à face da terra! E esta prática também ajuda a evitar o sentimento de culpa, porque muitas vezes não são artigos de primeira necessidade aqueles que ambicionamos, como a generalidade dos exemplares do sexo feminino admitirão. E as que não admitirem terem esta faceta "shopaholic" é porque muito provavelmente não gostam de si próprias e não suportam o seu reflexo nos espelhos dos provadores. Quem, por exemplo, não passou já por fases em que comprar roupa é um suplício porque sentimos que nada nos assenta bem? Eu já, muitas vezes! Agora, por regra nós gajas gostamos de compras e não acho que este seja um discurso machista. Homens e mulheres são diferentes, ponto. E ainda bem! Por acaso, parece-me que têm vindo a dissipar-se as diferenças neste âmbito, mas é mais no sentido de os homens cada vez serem mais vaidosos e parecidos connosco neste aspeto.
Ora, em época de saldos já avançada e com a nova coleção já a enfeitar muitas montras, é a altura ideal para fazer umas comprinhas baratinhas. E eu fiz! Fui descobrindo umas lojas maneirinhas nos últimos anos, nos passeios por lá e nas paragens para as refeições, nas viagens para o minho, onde encontro sempre peças lindíssimas. Até já tenho paragens obrigatórias! Nesta última estada no norte, descobri uma loja, em Braga, onde comprei as pulseiras da foto e até nem foi em saldo, porque me pareceu um preço aceitável. Posso dar o nome da loja ou o link do site para quem queira espreitar, embora, como se costuma dizer, não tenha comissão.
E assim chegamos às pulseiras. Ora aqui temos uma coisa de gaja-mãe à qual eu ainda não tinha aderido: adornar-me com símbolos das minhas crias e da minha condição de mãe. Agora já posso ostentar a minha maternidade no pulso! Ainda por cima com peças diferentes das habituais, que normalmente são pendentes em fios ou pulseiras. Giras, não são? Já me sentia uma espécie rara sem uma coisa destas, desde que parece que se convencionou que mãe que é mãe ostenta réplicas ornamentais dos seus rebentos... Pronto, assim já todos sabem que tenho muito orgulho em ser mãe de um casalinho. Poderia haver dúvidas em relação a isso, sei lá!...
Eu não avisei que ia falar de coisas de gajas (e de mães)?
PS: Só para provar que sou mesmo muuuiiiito esperta, o vestido que se adivinha na foto foi comprado também em saldos. Tinha um preço inicial de cerca de 100€ e eu comprei por 25€. Toma!