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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

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Por um fio...

Nunca tinha assistido a um ataque de pânico em ninguém... até ontem.

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E agora estão a pensar que eu acabei por escolher a opção 2 nesta situação que relatei, que dei um tareão verbal em alguém, que a pessoa até ficou com problemas psiquiátricos e teve uma crise de ansiedade perante a minha brutalidade, insensibilidade e falta de compaixão.

Não, desengane-se quem pensa mal de mim!  

A situação não teve a ver com aquilo e, além disso, aí eu escolhi a opção 1: reneguei a situação urinária com a qual acordei, fui para o trabalho, estacionei e corri para a casa de banho porque resisti com muita dificuldade, durante todo o percurso, a encostar o carro e fazer o serviço numa valeta, bebi durante o dia mais de 2 litros de água, a sensação de infeção foi amainando e eu, entre as idas constantes à casa de banho, fiz muito daquilo (de urgente!) que havia para fazer. É assim esta vossa amiga! Não aprende a preservar-se um bocadinho. 

 

Quanto ao ataque de pânico, foi horrível! 

 

Somos tão vulneráveis... O cérebro é mesmo um mundo desconhecido e incontrolável e a nossa saúde mental é mesmo muito ténue. Em muitos casos está por um fio e nós nem nos apercebemos. Fui pesquisar, embora já adivinhasse que era assim, e confirmei que as mulheres são entre duas a três vezes mais propensas a este distúrbio de ansiedade levada ao extremo.

 

O descontrolo mental completo da jovem não foi bonito de se ver: gritos, repetição de palavras impercetíveis e um discurso incoerente, tremores, falta de sensibilidade nos membros, olhar vidrado, suores,... Uma pessoa aparentemente sã, de repente, fica irreconhecível parecendo personagem de um qualquer filme rodado numa casa de saúde mental, vulgo casa dos doidos. Acabou por ter que ir para o hospital, ala de psiquiatria. Por portas travessas, fiquei a saber que havia ali também um problema de bulimia já instalado e que este era o seu segundo episódio de transtorno de pânico, como também é chamado na literatura da especialidade. 

 

Tudo isto eu vi. E, mesmo não tendo relação próxima com a jovem, não consegui evitar chorar por ter visto o que vi. Sou assim: choro com a mesma facilidade com que rio. Estava debilitada ou então instalou-se em mim a certeza de que eu própria tinha muitas vezes razões para estar naquele estado, não fosse eu esta força da natureza linda e maravilhosa que sou. 

 

Este foi um dia difícil, daqueles em que quando acordo já sinto dentro de mim que coisas más estão para vir. E vêm! Ontem foi um desses dias. Hoje espero uma melhoria significativa. Estou com motivação para adiantar mais trabalho e, quem sabe, desbloquear mais umas situações difíceis. Afinal, é sexta-feira! Eu tudo posso e de tudo sou capaz à sexta-feira! 

 

Uma nota final para pedir desculpa a quem espera ler sempre por aqui estórias bonitas polvilhadas de humor e descontração. Infelizmente, a vida das pessoas reais às vezes não permite esse registo quando os blogs pretendem ser genuínos como este. Traduzindo: sou uma bosta de blogger, é o que é! 

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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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