Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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Uau! Acho bem. Já era tempo de também se valorizar a arte de jogar com as palavras na música! Merecidíssimo, no género! Como cantor "stinks", mas convenhamos que também não é um mero escritor de letras de canções. É um poeta!
Parabéns! Estarão os tempos a mudar, Bob?
Deixo a letra da canção que foi, como disse a Joan Baez (outro ícone da música), "a melhor porta-voz de uma geração". Poema atualíssimo hoje também, após esta notícia.
The times they are a-changin'
Come gather 'round people Wherever you roam And admit that the waters Around you have grown And accept it that soon You'll be drenched to the bone. If your time to you Is worth savin' Then you better start swimmin' Or you'll sink like a stone For the times they are a-changin'.
Come writers and critics Who prophesize with your pen And keep your eyes wide The chance won't come again And don't speak too soon For the wheel's still in spin And there's no tellin' who That it's namin'. For the loser now Will be later to win For the times they are a-changin'.
Come senators, congressmen Please heed the call Don't stand in the doorway Don't block up the hall
For he that gets hurt Will be he who has stalled There's a battle outside And it is ragin'. It'll soon shake your windows And rattle your walls For the times they are a-changin'.
Come mothers and fathers Throughout the land And don't criticize What you can't understand Your sons and your daughters Are beyond your command Your old road is Rapidly agin(g)'. Please get out of the new one If you can't lend your hand For the times they are a-changin'.
The line it is drawn The curse it is cast The slow one now Will later be fast As the present now Will later be past The order is Rapidly fadin'. And the first one now Will later be last For the times they are a-changin'.
Desempenho há quase uma década as tarefas de direção de uma chafarica. Sou uma pessoa muito organizada e empenhada no meu trabalho. Gaba-te cesto! Não, sou mesmo.
Por isso, há anos que levo a cabo reuniões às quais presido, como foi o caso de ontem. As mesmas pessoas têm participado dessas reuniões, salvo raras oscilações.Preparo essas reuniões com brio e envio a todos, com antecedência, os documentos a ser analisados na reunião. Para todas essas reuniões faço ainda um guião onde coloco os pontos da ordem de trabalhos, tudo explicadinho e escarrapachado, as informações com todos os pormenores relatados e com cumprimento rigoroso das regras de pontuação e de ortografia. Não há nada pior do que uma ata cheia de erros e, por via das dúvidas, segue tudo escrito para o secretário. Desta forma, nem precisa, em muitos assuntos, tirar notas para a ata. O guião é um auxiliar importante, portanto. Este método facilita também o decorrer das reuniões, já que o pessoal fica com a informação organizada e, como dizia, quase fica feito o trabalho de quem secretaria a reunião.
Repito que há anos que é assim! Pois... Mas há pessoas muito mal agradecidas e, além disso, muito leeeentas! Não sei como conseguiram tirar um curso, sinceramente...
Situação, ontem:
Eu apresentava um determinado assunto por minhas palavras, assunto esse que tinha anteriormente, como sempre faço, escarrapachado no guião, uma vez que era uma mera informação que não carecia de deliberação.
Pessoa X (encarregue de fazer a ata, apontando para o texto que se referia ao que eu estava a apresentar): "Isto que aqui está no guião é para a ata?"
Esmoreci completamente. De repente senti-me como se tivesse andado anos a fio a trabalhar para alguém que nem sequer percebeu a ajuda que eu dava cada vez que lhe passava um guião para a mão com meio trabalho de redação da ata feito. Alguém com preguicite mental de tal ordem que nem se quer dar ao trabalho de ler um ou dois parágrafos de texto para ver se coincidia com o conteúdo que eu tinha apresentado oralmente. Será que tinha pelo menos ouvido alguma coisa do que eu dissera? Alguém que deveria era ter dito: "Espetáculo! Já aqui tens o texto sobre esse assunto! Obrigada!" Que coisa! Mas porque é que eu idealizo situações? Porque é que eu insisto em considerar a inteligência, gratidão e sentido de oportunidade alheios à medida dos meus? Para que é que eu crio expetativas com as pessoas? Felizmente não é geral, mas aquele é mesmo um caso crónico. Os restantes, felizmente, perceberam o quanto inoportuna era aquela pergunta.
Eu (o que é que se responde àquilo?): "Se é para a ata? Não. Dei-me ao trabalho de colocar isso aí só para enfeitar."
Pronto! Depois cresce em mim a sarcástica e bruta que cá mora!
Truz! truz! Está aí alguém? Nem quando as coisas são rotineiras, esquemas repetidos anos a fio??? Há pessoas que não gostam mesmo de usar a massa cinzenta. Deve ser para não gastar. É mais fácil assim. E depois, daqui a uns anos, eu é que tenho alzheimer ou qualquer coisa do género, e eles frescos que nem alfaces!
Segundo a Wikipédia, 12 de outubro é o 285º dia do ano no calendário gregoriano (286º em anos bissextos). Faltam 80 dias para acabar o ano. Ah, pois é!
(As coisas que a pessoa vai buscar quando não tem assunto... Acho que vou antes falar de mim...)
Ora, para mim, a expetativa é de que este será um dia daqueles de cão, em que terei que me desdobrar:
de manhã, na preparação de duas reuniões importantes que tenho à tarde;
à hora de almoço, no transporte/acompanhamento do filho à consulta de dentista para arrancar um dente de leite que não quer deixar a boca do rapaz. Isto só se o pai não puder, que a mim também não me dá jeito nenhum...;
à tarde, com as referidas reuniões, uma delas oficialmente presidida por mim e a outra oficiosamente. Ambas, igualmente importantes, daquelas em que a pessoa está constantemente a ser prescrutada e tem que fazer boa figura.
Portanto, com tudo isto, só deverei cá voltar logo à noite bem tarde. Sintam a minha falta, tá?
(Naaaa!!! Não foi só para isto que eu cá vim! Se tiveram pachorra para ler até aqui, cá vai agora um bocadito de cultura geral.)
Dois factos:
Se a Wikipédia não me falhar (quando se trata da Wikipédia, não podemos pôr as mãos no fogo!), comemora-se hoje a data da instituição, na Bélgica, de uma grande conquista: o ensino livre e gratuito. Foi a 12 de outubro de 1958.
Ironicamente, também na Bélgica, corria esse mesmo ano, e podiam ver-se zoológicos humanos, como o que está representado na foto abaixo. Sim, essa coisa nada dignificante da raça humana que acabaram de ler, existia na Europa, em meados do século XX, o século que mereceu o epíteto de "século do povo"... E não foi assim há tanto tempo...
Paradoxos infelizes do mundo moderno, ocidental e civilizado...
(Foto encontrada no pinterest... e que me deixa verdadeira e profundamente agoniada )
Cá estou eu, pronta para um dia de stress. Munida, pela primeira vez nesta estação, de botas, lenço, chapéu-de-chuva e boa disposição! Completamente rendida ao outono!
Rendi-me ao outono. Verdade! Qualquer dia ainda me vêem a fumar...
Apesar de continuar um sol radioso, já comecei a interiorizar esta estação. Demora um bocadito a aceitar que o verão se foi, mas chego lá. Nada a fazer...
Por esta altura costumo fazer umas broas muito saborosas e que começam a apetecer quando o tempo esfria. Chamam-se "Broas dos Santos". Ainda é cedo, eu sei. Mas partilho já a receita, para o caso de alguém por aí querer experimentar antes da data.
Então, cá vai! É muito simples. Espero que gostem.
Colocam-se ao lume, até levantar fervura, os seguintes ingredientes:
0,5 l de azeite
0,5 l de água
500 g de açúcar
50 g de canela
50 g de erva doce
1,5 chávenas de mel
Frutos secos a gosto: pinhões, pedaços de nozes e de amêndoas
Quando levanta fervura, acrescenta-se 1kg de farinha sem fermento e uma mão cheia de farinha de milho. Mexe-se até formar uma massa uniforme e moldável.
Moldam-se pequenas bolas (pouco maiores que uma noz) e colocam-se num tabuleiro forrado com papel vegetal anti-aderente. Coloca-se uma amêndoa ou meia noz por cima e pincela-se com gema de ovo. Vai ao forno até dourar. É preciso ter cuidado para não cozer demasiado. Têm tendência para ficar duras e queimadas por baixo, se passarem do ponto.
Retiram-se do forno e, depois de esfriarem um pouco, envolvem-se numa mistura de açúcar e canela.
Com as quantidades indicadas, fiz quatro tabuleiros. Temos bolinhos para um bom tempo cá em casa, e ainda para dar à sogra. São ótimos com chá.
Pergunta que se impõe: Assim, como é que uma pessoa pode ser magra?
Desde que tenho dois filhos adolescentes vaidosos em casa, um dos maiores exercícios físicos que fazemos é a corrida à casa de banho. Temos duas, o que em princípio seria mais que suficiente para uma família de quatro. Mas há momentos em que não é bem assim... Em hora de ponta, formam-se filas para apanhar a vez, qual área circundante de Centro de saúde em madrugada de dia de semana para conseguir consulta.
Ela é quem mais monopoliza o espaço. De manhã, para sair de casa é sempre uma luta suja para conseguir tirá-la de frente do espelho. É o cabelo que precisa de ser esticado (sqn, que ela tem o cabelo liso e sedoso como uma japonesa); são os exfoliantes e os cremes (começa cedo a preocupar-se com a hidratação da pele, o que até não é mau); são as lentes de contacto, porque se recusa a ir para a escola de óculos (o que eu acho uma estupidez, já que fica giríssima com óculos); é o tempo em demasia a escovar os dentes com a ilusão de que fiquem de um branco mais imaculado do que o branco das camisolas dos anúncios a detergente da roupa; agora até quer vestir-se na casa de banho (não sei se é por causa da luminosidade ou porque o espelho do quarto não lhe permite a perspetiva de imagem desejada) e veste peça e muda peça e volta a mudar. Grrrrr!!!
E por tudo isto, agora sou eu que saio de casa quase sem me olhar ao espelho. Qualquer dia chego ao emprego e tenho a surpresa de alguém me chamar a atenção para uma peça de roupa do avesso ou por ter remelas nos olhos.
Por isso, eu alinharia num movimento com a palavra de ordem: "Abaixo os espelhos da casa de banho!" A sã convivência cá em casa estaria muito facilitada se os espelhos não fizessem parte dos essenciais das casas de banho. Uma coisa do género da imagem, seria o ideal. Ainda por cima esta solução alimentaria o ego e a autoestima para aqueles dias em que acordamos com um mau cabelo. Que tal?
O remédio é brincar com isto, que alivia a expetativa de mais uma semana pela frente em que terei que lidar com o stress das manhãs antes de sair de casa e levar os miúdos à escola e eu própria seguir para o trabalho. Por incrível que pareça, este é um dos momentos mais críticos da minha rotina nos dias de semana.
Das minhas séries favoritas no género policial! Já gostava de qualquer um dos "CSI", mas esta suplanta todas as outras, a meu ver. Pode ser vista no AXN.
Adoro aqueles jogos psicológicos, as análises que os criminalistas do FBI, da Unidade de Análise de Comportamento, fazem dasmentes e dos perfis dos assassinos em série mais perigosos, psicopatas e sociopatas, tentando evitar o seu próximo ataque. O M. não gosta. Acha tudo aquilo mórbido e violento... Mas eu gosto, pronto!
Já mais do que uma pessoa me disse que eu teria jeito para a psicologia. Não sei se teria, mas acho que, de todas as variantes, seria a psicologia criminal a que mais me atrairia praticar. Embora saiba que a vida real não é propriamente como nos filmes e séries...
Pergunto-me o que é que este gosto por coisas macabras dirá sobre mim...
(Imagem que circula por aí, de modos que já não consigo atribuir os créditos...)
Em conversa com umas amigas sobre o conhecimento que tivemos de um casal que ia a tribunal devido a acusações de violência doméstica por parte do marido à mulher (felizmente cada vez mais casos vão a tribunal, o que me leva a pensar que as mulheres - são elas as maiores vítimas - vão-se recusando cada vez mais a viver com a violência doméstica em silêncio):
Amiga A: "Já viram esta situação? Que besta!"
Amiga B: "Pois é! Temos que valorizar os maridos que temos. Somos umas princesas."
(Parou!
Diz lá outra vez...
Processa, Maria, processa...
É facto que tenho um marido que me trata bem... Agora, princesa??? Tendo em conta que, em casa, eu sou pau para toda a obra, sinceramente não me parece que enquadre nesse tipo de personagem das estórias de encantar...)
Eu : "Bem,... eu sou mais a Gata Borralheira que não tem fada madrinha que a eleve ao estatuto de Cinderela." E, continuando com a linguagem das estórias de encantar: "Mas pelo menos ele não é um Sapo*. É um príncipe! Nem tudo é mau..."
Galhofa geral!
Os contos e as fábulas a imitarem a vida real... ou o inverso...
Costumo dar boleia para casa a uma colega que mora perto de mim. É uma pessoa com um estilo de vida já muito pouco usual nos dias que correm. Haveria muito a dizer sobre ela, mas vou fixar-me apenas em duas características. Entre outras particularidades:
Tem a carta de condução mas não conduz. Até aí tudo bem. Há muitas pessoas que não gostam de conduzir. O problema é que ela também não se quer orientar com os transportes e, por isso, anda sempre dependente de terceiros, de mim inclusive. Chega ao ponto de, quando espera que eu termine o meu trabalho, por vezes vir com muito jeitinho a modos que pressionar para que eu me despache. E confesso que às vezes eu, malandra, demoro mais um bocadinho só para ela perceber que já que precisa das pessoas, pelo menos tem que respeitar e se adaptar aos seus horários. Sou terrível!
Não tem telemóvel. Quem é que não tem telemóvel hoje em dia? Ela! Já imaginaram viver sem telemóvel? Pois, ela vive, mas depois, às vezes, como acontece com o carro, também precisa do telemóvel de terceiros. Tudo muito natural: não tenho telemóvel porque posso viver sem ele, mas às vezes preciso e uso o teu. Certo? Ok...
É um prato cheio esta minha colega.
Agora peguem nestes seus dois aspetos e temos um episódio engraçado, com direito a replay na mesma semana. Sim, presenciei (e participei!) duas vezes esta semana, apenas com o feriado a intervalar, a mesma situação no mínimo caricata. E é esta constância que me leva a partilhá-la aqui.
Trazia-a eu de boleia, das duas vezes, quando a meio do caminho passa no sentido contrário o marido dela, que a ia buscar. É difícil comunicarem-se, se ela não tem telemóvel... Quase no mesmo sítio, impressionante! Ele não nos viu de nenhuma das vezes. Adivinham o que aconteceu? Ela não tem telemóvel, certo? Das duas uma: ou eu fazia inversão de marcha e voltava para trás com ela até ao ponto de partida ou EU telefonava ao marido dela a avisar que estávamos a meio do caminho. Qualquer das opções, trabalhos redobrados para mim, tudo porque a menina se recusa a aderir aos telemóveis. Não foi preciso pensar muito. Ela, habituada a depender de terceiros (e, diga-se de passagem, muito pouco envergonhada disso), saca de um cartão com o nº de telemóvel dele e passa-mo para as mãos para eu tratar do assunto. Foi o que eu fiz, das duas vezes, com o carro encostado, que eu não telefono a conduzir. Cof! Cof! Cof!
É assim esta colega. Mas pronto, no fim ganhei beijinhos de agradecimento, aconselhei-a a comprar a porra de um telemóvel e, por insistência dela, deixei-a na berma da estrada à espera do marido. Sim, porque ela é uma pessoa que não gosta de abusar da boa vontade dos outros e não quis que eu ficasse a fazer-lhe companhia. Uma querida!
... que um dos capitais mais importantes de portugueses como António Guterres e Durão Barroso, é o facto de falarem fluentemente e de forma praticamente irrepreensível noutras línguas, principalmente em Inglês e mesmoFrancês?
Vai uma aposta que esse aspeto é fundamental para alavancar a sua eleição para altos cargos de entidades internacionais?
Tenho cá para mim que se eles comunicassem só em português ou numa língua estrangeira de forma ranhosa, nada feito. E estou a falar muito a sério!
Ah, pois é! O português é pequenino, mas sabe falar línguas!
No dia 21 de setembro, pedia-vos opiniões sobre o assunto moderação de comentários. Fui-me apercebendo que cada vez mais vizinhos espreitavam pelo óculo mágico da porta de sua casa antes de a abrir aos visitantes e, por isso, questionava-me se essa deveria ser também a minha opção. Como sempre, apareceram vizinhos simpáticos que se apressaram a dar a sua opinião e conselho sobre o assunto. Eu ouvi e (a)guardei, na esperança de um mundo cor-de-rosa e perfeito onde as pessoas se respeitassem e vultos negros e tristes não surgissem à minha porta.
Mas como em tudo, não há melhor maneira para aprender do que com a própria experiência. E assim, passados que são apenas 15 dias daquela (nessa altura) questão meramente filosófica ou académica, cá estou eu com os comentários moderados. É que, pelos vistos, a vida na blogosfera acompanha a vida real. E se na vida real há pessoas más, ressabiadas e loucas, também seria certo e seguro que haveriam de cruzar o meu caminho aqui.
Porquê, não sei. Não entro em conflitos desnecessários e, a meu ver, sou uma boa vizinha, daquelas sempre prontas para uma palavra amiga ou para partilhar coisas boas (tive a sorte de vir parar a uma vizinhança que me forneceu bons exemplos do que é ser um bom vizinho). Dizia que não sei a razão desta hostilidade, mas arrisco adivinhar que seja por infelicidade pessoal e autocomiseração. Acredito que pessoas felizes, resolvidas e de bem consigo próprias não tratam os outros mal de forma inesperada e gratuita. Por isso, a esta avantesma que me bateu à porta para papaguear lixo no meu alpendre, só me resta desejar muita luz e amor. E, sejamos pragmáticos, um bocadito de sexo também. Costuma ajudar... Por vezes, é só mesmo isso que está em falta!
Hoje, dia 5 de outubro, em Portugal, comemora-se a Implantação da República. Todos sabemos que é feriado por essa razão. Já não me lembro é se este foi daqueles que durante um tempo desceu de divisão e perdeu a titularidade... (Um parêntesis só para dizer que sempre tive dificuldade em compreender porque é que alguns países que entendiam que nós tínhamos feriados a mais e que somos uns calaceiros, têm mais feriados do que nós e trabalham menos horas do que nós... Mas quem sou eu para perceber esses meandros, não é?) Bem, adiante...
Hoje é mesmo feriado, e ainda bem. Cá estou eu felicíssima com um dia em que não tenho que ceder e obedecer à rotina, aos horários (mesmo assim, acordo sempre cedo, que eu tenho uma espécie de relógio embutido), às responsabilidades profissionais. Tão bom!
Partilhar a minha felicidade seria razão suficiente para passar por cá, mas não é só isso que motivou hoje este post.
É que hoje não é só dia da Implantação da República. Aliás, é por causa de se comemorar por cá esta data importante da história de Portugal, que outra comemoração importante internacional fica completamente ofuscada. Hoje é Dia Mundial do Professor, meus amigos! E, apesar de ser inegável a importância do "nosso" 5 de outubro (perdoe-me algum monárquico que por aqui passe ), a profissão de professor, alguém que dedica a vida à educação e formação de pessoas, dos nossos filhos, é uma das artes mais nobres e dignas da sociedade. Merece, por isso, o meu reconhecimento.
Há professores que nos marcam e que recordamos com todo o tipo de sensações, boas e más, verdade seja dita. Lembro-me muito bem do professor Leandro, da primária, que se enervava com os rapazes e até lhes chegava a roupa ao pelo (outros tempos...) quando eles não sabiam as matérias, mas que com as meninas era muito delicado; de ensinar a diferença entre o "n" e o "m" pelo número de perninhas (é curioso o que nos fica na lembrança...); de investir mais na Língua Portuguesa do que na Matemática (pelo menos é isso que eu guardo), razão que pode ter estado também na base da minha inclinação para as letras; dos elogios dele quando eu e outros (bem... principalmente eu!) apresentávamos textos sem erros ortográficos; e muitas outras imagens que ficaram e ainda as de outros professores que fizeram parte do meu percurso. Ficava aqui o resto do dia a falar dos meus professores, mas não posso. Tenho que ir ver o jogo do meu miúdo.
E vocês, houve algum professor que vos marcou? Querem contar?
Bom feriado a todos e também aos professores da República Portuguesa!
Chega esta rapariga a casa e não tem mãos a medir para responder aos comentários que vocês, queridos seguidores deste humilde blog, fizeram durante o dia. Sinto-me tão feliz com isso! O que querem, sou assim para o lamechas, o que é que hei de fazer?
É que para mim não é de somenos importância fazer sentir aos outros que os "ouvimos" e que somos solidários com eles. Obrigada por serem parecidos comigo neste conceito que têm de respeito ao próximo, porque muitos de vocês até têm blogs consolidados, e mesmo assim perdem tempo a alimentar o ego desta vossa vizinha. Só podem ser muito boas pessoas! Obrigada!
Obrigada por lerem os meus devaneios!
Obrigada por mostrarem que lêem os meus devaneios!
Obrigada por terem aceite seguirem uma naba como eu!
Obrigada! Obrigada! Obrigada!
Bom feriado a todos!
(Claro que podem contar comigo a interagir nos vossos blogs já a seguir. Para além de serem sempre momentos agradáveis, é também uma questão de respeito, convivência social saudável e reconhecimento. Mas primeiro vou orientar o jantar, ok? É que qualquer dia começa a haver reclamações cá em casa... )
Esta mãe, segundo os filhos, não sabe fazer bolos de chocolate. Desde que comeram bolos de chocolate divinais (dizem eles!) em casa de amigos, a mãe passou a ser a pior pasteleira de bolos de chocolate à face da terra. Uma autêntica nulidade no domínio da técnica de confecionar receitas com esse ingrediente tão universal e unanimemente apreciado.
São implacáveis nas críticas aos bolos de chocolate da mãe. Por isso, este fim-de-semana, quis surpreender o povo tão exigente cá de casa e fiz um bolo de chocolate diferente.
Uma receita nova? Não!
Um segredo? Sim! Este (lá terei que fazer publicidade gratuita...):
Pois é! Descobri como é que se faz um bolo de chocolate quase irrepreensível para os meus "fregueses" com o mínimo de esforço. Digo quase irrepreensível, porque subsistiram algumas críticas! Pessoal esquisito, este!...
Voltando à opção deste fim-de-semana: comprei um produto semi-completo numa daquelas lojas especializadas que existem em vários centros comerciais, ao qual se acrescenta água, óleo e ovos, aplica-se-lhe um recheio e uma cobertura "et Voilá"! Se é para criticarem o meu bolo de chocolate, pelo menos que tenha a vida facilitada a fazê-lo...
Confesso que fica, no entanto, uma pontinha de inquietação pelo facto de um bolo de certa forma artificial ter, mesmo assim, melhor aceitação cá em casa do que um caseiro feito na íntegra por mim. Serei assim tão má na arte de pastelaria com chocolate? Ou ainda não descobri as receitas certas?
Que se lixe! Consigo viver bem com isso. E também com o facto de que nunca serei destaque da equipa do Sapo Blogs na tag "CHOCOLATE"...
Quem vai ganhar com isso são as colegas lá do trabalho. Hoje há bolo de chocolate para o lanche! O melhor é distribuir as calorias, antes que o coma todo sozinha...
Lutas de mulheres a descabelarem-se num charco de merda lama, ainda que metaforicamente, é um prato cheio para aqueles que acreditam que as mulheres são seres desequilibrados.
Fiquei incrédula com uma reportagem que vi num canal noticioso da televisão portuguesa este fim-de-semana. Incrédula com o teor da notícia e com a jornalista que a apresentou.
A jornalista:
Uma jovem lindíssima que repetiu pelo menos duas vezes a palavra "sigílio", a referir-se ao sigilobancário. Poderia tratar-se de um lapso, não tivesse ela insistido no erro. Questiono-me se para se ser jornalista de televisão hoje em dia basta ter-se uma carinha laroca...
A notícia:
As confusões fiscais daquele senhor em quem o povo confiou um alto cargo da República Portuguesa. Pois... Parece que o ex-presidente Cavaco Silva, na sequência dos dados existentes na autoridade tributária (não sei de quem é a culpa, mas oxalá não morra solteira!), andou a pagar uma pequena parte do que deveria pagar de IMI pela sua casa de férias no Algarve. Pela diferença de valores apontada na reportagem, imagino que no fisco, na descrição da casa de férias do senhor, constaria tratar-se de uma barraca situada no "cú de judas" e não uma imponente vivenda em plena zona turística portuguesa por excelência...
Este desafio foi-me lançado pela Marta Elle. Obrigada, Marta!
É, no entanto, um desafio difícil. Muitos autores e obras que me marcaram ficarão de fora. Tantos! Gosto de José Saramago, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Jorge Amado, Umberto Eco e o seu O Nome da Rosa (este está entre os que não queria que acabasse), Aldous Huxley, Oscar Wilde (adorei O Retrato de Dorian Grey e já o li duas vezes), Simone de Beauvoir, Pablo Neruda, Mark Twain, Mario Vargas Llosa, Ernest Hemingway, até Enid Blyton e Agatha Christie (houve uma época na adolescência em que lia as coleções de livros delas compulsivamente), entre muitos outros.
Mas, enfim, tendo que escolher um livro por cada dia da semana, cá vai!
Domingo - Um livro que não queres que termine ou não querias que terminasse
Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquez
Quando me entusiasmo com a leitura de um livro, tenho sempre pena que acabe. Enquadram-se aqui, portanto, muitas obras de variadíssimos autores, portugueses e estrangeiros. Mas, como tenho que escolher um, tem que ser de Gabriel Garcia Marquez, o prémio Nobel da literatura de 1982, um dos escritores mais importantes do século XX. A mestria com que o Nobel descreve a vida e as peripécias das várias gerações da família Buendía na aldeia fictícia de Macondo é ímpar.
Segunda-Feira - Um livro que tens preguiça de começar
Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar? de António Lobo Antunes
Este é um dos escritores preferidos do M. Talvez tenhamos no nosso escritório, senão todas, quase todas as suas obras. Mas para mim, no entanto, este é um escritor que tenho preguiça de começar a ler pela dificuldade de o acompanhar. Esta obra é só um exemplo. Ainda só li as primeiras obras do escritor. Não me interpretem mal. Ele é indubitavelmente um excelente escritor, tem talento como poucos e é uma leitura que não é para qualquer um. Acho inclusive que merecia ser prémio Nobel. O problema é que é preciso muita concentração para ler e compreender a sua escrita um pouco errática. E momentos que me permitam isso são raros. Mas hei de aprofundar mais a sua obra, sem dúvida!
Terça-Feira - Um livro que leste por obrigação
Eurico, o presbítero de Alexandre Herculano.
Quando me falam das leituras obrigatórias, associo à escola, e o primeiro que me vem à cabeça é este. Confesso que não o li na íntegra. Não tinha, na época, maturidade para isso. Recorri a livros de resumos e estudei o autor e a obra e correu tudo bem. O tempo foi passando e acabei por nunca o ler. Uma grande falha, eu sei.
Quarta-Feira - Um livro que deixaste pela metade ou estás a ler no momento
Guerra e Paz de Tolstoi.
Um clássico! São dois volumes de uma grande obra-prima da literatura mundial. Literalmente grande! Dois calhamaços! Vou a meio do primeiro volume, mas já tenho a obra na mesa de cabeceira há mais de um ano. O problema tem sido que tenho lido muito pouco ultimamente. Com todos os afazeres diários, só posso ler à noite e muitas vezes o cansaço não tem permitido. Tenho, infelizmente, relegado a leitura para segundo plano. Por isso, tenho tido dificuldade em conseguir seguir a estória e as personagens. Existem vários núcleos, muitas personagens, a parte histórica e, como passa algum tempo entre leituras, esqueço-me das ligações e acabo por desmotivar.
Quinta-Feira - Um livro "de quinta", que não recomendas
A Casa da Rússiade John Le Carré
Não achei grande graça ao livro. Romances de espionagem não são definitivamente o meu tipo de literatura preferida. No entanto, desde a minha juventude que adoro livros de mistério e romances policiais e de suspense. Espionagem é que não, obrigada!
Sexta-Feira - Um livro que queres que chegue logo (lançamento ou compra)
Grande Sertão:Veredas de João Guimarães Rosa.
Será a minha próxima compra. Estou ansiosa por ler algum livro de João Guimarães Rosa e talvez este seja o seu maior ex libris. Não li nenhum, mas recentemente uma pessoa aguçou-me o apetite sobre o autor e a sua obra, entre outros aspetos, com esta frase da sua autoria:
“O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam.”
Sábado - Um livro que quiseste recomeçar assim que terminou
A Leste do Paraíso de John Steinbeck.
Li este livro na adolescência e marcou-me bastante. Trata-se de uma obra clássica da literatura norte americana, do grande escritor e também autor de As Vinhas da Ira, que me envolveu do princípio ao fim. Lembro-me que, por desconhecimento de que tinha dois volumes, alguém me ofereceu de presente só o volume 1 e eu não descansei enquanto não comprei o segundo volume. Livros sempre foram o meu presente preferido.
E pronto. Tenho que passar o desafio a alguém, não é? Então, desafio agora o Sr. Solitário e o Heterodoméstico. Se já foram desafiados, ou não quiserem aceitar o desafio, estejam à vontade, que aqui só fazemos o que nos dá na real gana.
DIREITOS DE AUTOR (Decreto-Lei n.º 63/85 com as posteriores alterações)
Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados.
Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.