Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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Bono Vox foi o primeiro homem a ser eleito Mulher do Ano pela revista norte americana Glamour. Pelos vistos, tem a ver com o papel dele na luta pelos direitos das mulheres. Percebo a ideia, mas o que eu acho mesmo é que anda por aí tudo à porfia a ver quem inova e surpreende mais nisto da atribuição de prémios.
Primeiro o Bob Dylan, agora o Bono Vox. Pergunto: o que virá a seguir que me possa surpreender? Só se for o prémio carreira para a Cicciolina...
Jesus - Maria - José, que, ontem, a tão temida conversa mãe-filho aconteceu. E, pasmem-se, eu saí dela viva! E aliviada!
O meu filho caçula de 14 anos chamou-me ao seu quarto, à noite, e pediu-me para fechar a porta atrás de mim. Sempre teve esta tendência para, quando se trata de assuntos importantes e/ou sigilosos, escolher-me a mim para, dentro de quatro paredes, ser a sua confidente.
Eu já a imaginar o que estaria para vir.
Abriu as hostilidades queixando-se de que eu nunca falava com ele sobre alguns assuntos.
Mas sobre o quê, por exemplo?
Começou, a medo, por falar da depilação.
Depilação? Mau Maria! Eu já a pensar que ele queria rapar os pêlos das pernas e delinear as sobrancelhas e todas essas merdas que os metrossexuais fazem. Gelei! Cá para mim, homem que é homem, não pode ter o corpo mais suave do que o de um bebé.
Não era isso, felizmente. Só fiquei a saber que já tira um ou outro pêlo entre as sobrancelhas para não lhe chamarem monocelha. Meu rico filho! É tão lindo! Qual monocelha, qual quê?
A introdução da depilação serviu só de rastilho para "o assunto". Queria que eu falasse com ele sobre sexo, pois claro.
E conversámos. Por iniciativa dele, conversámos. Tivémos a conversa que eu sempre planeei que fosse o M a fazer. Mas foi comigo que o meu filho quis ter esta conversa e eu fiquei tão feliz com a confiança que ele depositou em mim! Tão feliz!
Conversámos com uma naturalidade que eu não imaginei que fosse capaz de ter. Não interessa entrar em pormenores sobre o teor da nossa conversa, só dizer que foi natural e sem vergonha e tabus, entre uma mãe e o filho de 14 anos. Envolveu inclusive a curiosidade dele em relação à minha história com o pai, manifestações físicas da puberdade, entre outras dúvidas que tinha.
E depois desta conversa sinto como se tivesse atingido um novo patamar na nossa relação de mãe e filho, todo um novo nível de intimidade e confiança. E sinto um orgulho tão grande! O meu menino está a crescer, a despertar para essa faceta importante da vida que é o sexo, mas neste como noutros assuntos, ainda é a mim que recorre para o guiar no caminho.
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