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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

Esta vida glamorosa...

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Ontem tirei o dia para organizar a casa. Vejam bem que tristeza! Faltar ao trabalho para... trabalhar! Tchhh!...

 

Conciliar a vida de mulher profissional, dona de casa e mãe não é fácil e se quero passar algum tempo relaxado em família ao fim-de-semana, tenho que fazer assim de vez em quando, principalmente quando a casa já começa a ficar desorganizada ao ponto de me começar a dar ânsias (sim, sou muito atreita às ânsias... ). E não, o M não faz quase nenhuma tarefa doméstica. Tem outras atribuições e ainda menos tempo que eu. E não tem jeitinho nenhum! Quando vem para ajudar acaba sempre por atrapalhar mais do que outra coisa. E verdade seja dita que eu também sou um bocadinho dominadora, mesmo nas tarefas domésticas (esqueci-me de referir também esse transtorno  aqui, por acaso ). 

 

Portanto, se cairam na minha esparrela cometendo o erro de abrir este post, ainda estão a tempo de virar costas porque o que tenho para contar hoje a propósito do meu dia de ontem é nada mais nada menos que uma sequência interessantíssima de tarefas domésticas cumpridas:

fazer máquinas de roupa à doida que o tempo estava bom e ajudou a secar,

passar a ferro,

mudar a roupa das camas,

separar calçado que já não serve ao caçula para colocar no contentor para roupa usada,

limpar,

fazer a sopa para os próximos dias nos quais devo ter horários estendidos e assim pelo menos sopinha já haverá,

e por aí adiante. Um fartote de gozo. Uma vida de glamour, é o que eu vos digo! 

 

Certo é que cheguei ao fim do dia estafada. Ao ponto de não ter ânimo para produzir qualquer coisa melhor que esta espécie de post. Desculpem... Vocês merecem melhor, de facto.

E também por conta do meu cansaço, acabámos por não ir caminhar outra vez, o M e eu. Logo ontem! Não sei se vos disse que íamos começar a época ontem?! Que chatice... Ontem é que era! Tchhh!  

 

Você é linda!

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Sou Maria. Mocha serei só no sentido do que representa o bicho: a ligação aos livros, à leitura, a valorização do conhecimento, que sempre tive.

 

Assim, como já hão de ter percebido, "Maria Mocha" é uma espécie de alter-ego ou heterónimo da minha pessoa. "Heterónimos da minha pessoa..." Ora cá está um belo trocadilho com os heterónimos do Pessoa! És o máximo, Maria! 

 

Mas vamos ao que interessa.

 

Tenho uma conta no Facebook. Assumo lá a minha identidade, com direito, desde início, a informação sobre o estado civil e identificação do M, não fosse aparecer-me pela frente um daqueles mal emparelhados desemparelhados que andam pelas redes sociais à cata de mulheres disponíveis.

 

Pensava eu que estaria protegida dessas investidas. Mas não. Mesmo assim, tenho tido algumas tentativas de emparelhamento, sempre através de mensagens privadas. Inicialmente não via nelas malícia, mas depois comecei a perceber que a coisa não era inocente e que eu não podia ser simpática e trocar mensagens porque poderia e estaria eventualmente a passar uma mensagem errada. É que há homens que numa simples resposta de "Sim, estou bem. E você?", já imaginam as portas abertas para a diversão (usemos um eufemismo...).

 

Já recebi piropos como:

"Bem giraça!";

"Muito gira.";

"Olá. Queres ganhar algum dinheiro com Moda, desfile e sessão fotográfica para uma agência?" seguida de emojis a enviar coraçõezinhos e beijinhos (se resistiram às outras, sintam-se à vontade para rir com esta, que com os meus 45 anos e 5 quilos para além da conta, é mesmo para rir!);

Agora recentemente, a última pérola: "Você é linda!" (leiam pausadamente, com sensualidade e, já agora, com os olhos semicerrados levantem uma das sobrancelhas, e façam beicinho no fim. Foi assim que imaginei. Forte, não é? Eu sei! );

 

É claro que tive que corrigir o português de alguns destes piropos, que se não o fizesse até me davam "ânsias" de escrever por aqui sem acentos e coisa e tal. Escusado será dizer que não respondi a nenhuma destas aproximações. 

 

Já tive também outras abordagens mais elaboradas de homens mais maduros, um deles conhecido do próprio M (qualquer dia talvez fale sobre isso), mas estes exemplos que aqui trago hoje vieram surpreendentemente de rapazes novos, pelo menos mais novos que eu uns bons dez a quinze anos.  

 

Pergunto:  que é que se passa com esta juventude? Das três, uma:

 

Ou estes rapazes gostam mesmo de mulheres mais maduras e eu estarei mais bem conservada do que penso, para uma quarentona,

 

Ou está muito boa gente a precisar de ir ao oftalmologista e a crise não tem permitido,

 

Ou anda por aí uma nova moda entre os gigolos de tentarem fazer clientela através do Facebook. 

 

Aposto na terceira! 

 

E agora mais um conflito.

Passaria pela cabeça de algum de nós, há uns anos atrás, não cumprir com um compromisso que tivéssemos firmado com o nosso pai/mãe como contrapartida para termos o que queríamos? Obter o benefício e não fazer a nossa parte e simplesmente justificarmos que nos esquecemos? Eu não faria isso certamente, acagaçada que o meu pai me chegasse a roupa ao pelo. 

 

Para mim, isto acontecer não é uma coisa qualquer. Significa não sermos confiáveis, honestos. Para mim é pior do que se um filho me mandasse à merda, porque na realidade é isso que faz quando não obedece a uma ordem minha, ainda por cima negociada. Se calhar sou só fundamentalista no papel de mãe... Levo tudo muito a sério, diz o M e eu sei que é verdade. Mas, caramba, estamos a formar as pessoas mais importantes das nossas vidas, a nossa melhor obra-prima. Qual é o escultor que não quer esculpir a obra perfeita? 

 

E agora? Agora, mais um conflito! É a história recente da minha vida. Conflitos atrás de conflitos. Educar devia ser algo pacífico, mas não é. Só é pacífico quando na verdade se desiste de verdadeiramente educar, quando se escolhe não ver que os adolescentes são pródigos em agir como bestas inconsequentes, egoístas e egocêntricas. Educar dá trabalho e é uma maçada.

 

Bem, mas como eu gosto de sofrer (deve ser isso, porque educar implica sempre uma certa dose de masoquismo), nos próximos dias teremos uma filha com o site das séries que gosta de ver bloqueado no pc e a loiça por sua conta, que era o trabalho de dois minutos que ela tinha que fazer para ver a tal série (teria sido tão fácil cumprir...), ontem à noite enquanto esperava pela hora da festa a que iria porque, note-se, não quis ir connosco e com o irmão ao convívio de que vos falei ontem

 

Sei que ser adolescente não é fácil, mas ser mãe de adolescente também não é e hoje a esta mãe só lhe apetece chamar-lhes bestas. Hoje esta mãe não consegue, nem quer, dourar a pílula da maternidade, lamento. 

 

"Quentes e boas, quentinhas"

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 (Foto encontrada na net)

 

"Quentes e boas,

quentinhas!"

 

Hoje é Dia de S. Martinho, pois é! 

A notícia triste logo de manhã da morte do Cohen, até me distraiu desta data. Mas vou assinalar esta data, ai isso é que vou! Tenho um convívio de amigos marcado para logo ao final do dia. Castanhas assadas que eu adoro! Dispenso a água-pé. Pode ser um bom vinho licoroso! Um abafadinho que eu gosto tanto. Tão bom! 

 

Tenham um bom dia de S. Martinho, com castanhas assadas quentinhas e  tudo a que têm direito!

 

Ser apolítico...

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Dedico humildemente este cartoon:

 

Aos que não tomam partido; 

Aos que têm memória curta e não tiram lições dos erros do passado;

Aos que criticam quem tem uma qualquer opinião política formada e consistente quando eles próprios não a têm;

Aos que escolhem não ser cidadãos politicamente conscientes e informados porque é mais fácil não pensar;

Aos que abdicam da grande conquista da democracia fazendo parte dos que engrossam os números da abstenção;

Aos que têm um discurso anti-política como se os políticos fossem todos iguais e como se políticos não fôssemos no fundo todos nós;

Aos maçados com o assunto eleição do Trump como se fosse de somenos importância para o mundo a eleição do Presidente dos EUA e como se, por muito que não queiramos, o mundo não ficasse todo ele constipado de cada vez que os EUA espirram;

 ...

 

Enquanto se promover discursos do "ser apolítico", o mundo dos Trumps, Putins, Tiriricas e afins agradece...

 

Eletricidade: será desta que aderimos cá em casa ao mercado livre?

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(Imagem retirada daqui)

 

Ontem cheguei a casa do trabalho e estava um vendedor da EDP Comercial à nossa porta. Sim, espantem-se: ainda não aderimos ao mercado livre na eletricidade. Mais alguém? 

 

Apesar de parecer ser inevitável a mudança, temos vindo a adiar debruçarmo-nos sobre esse assunto. Não consigo mergulhar de cabeça em decisões que não sejam bem ponderadas. O problema é que o senhor tinha vontade de fazer o seu negócio, como é natural, e nós não decidimos nada. Não sou mesmo capaz de tomar decisões negociais em cima do joelho, apesar de nos terem sido acenados alguns benefícios e descontos, nomeadamente se optássemos também por mudar a fatura do gás natural. Ora isto ainda me veio confundir mais. Mudar também o gás? 

 

Resultado: não nos conseguimos decidir e nem tínhamos dados concretos para o fazer e, por isso, pedimos para pensar no assunto. Pela cara desiludida do senhor, devemos ter sido os primeiros clientes EDP a fazê-lo. 

 

Nunca percebi muito bem a premência ou obrigatoriedade desta mudança e detesto ter que me debruçar sobre estes assuntos. Sou muito cética e acho sempre que, no meio das promessas, posso estar a ser enganada. 

 

O que é facto é que ficámos com o contacto do senhor para dizermos qualquer coisa em relação a isto. Hoje vou tentar compreender melhor este mundo, mas não devo ter muito tempo para isso. Há por aí algum "expert" nestes assuntos ou alguma experiência boa ou má na mudança? Antecipadamente grata! 

Música para os meus ouvidos #1 ("Proud Mary")

É hoje que os americanos se decidem. Que perigo os americanos a tomarem decisões! 

 

Apesar de tudo, espero que seja eleita hoje uma (espécie de) Proud Mary. Vi no fim-de-semana um documentário sobre a vida dos dois candidatos e mais convencida fiquei de que o Trump não interessa nem à América nem ao mundo. E também constatei que a Hillary, uma mulher inteligente, proeminente advogada, mais bem sucedida na profissão do que o marido (ambos tiraram advocacia), abdicou da sua carreira, para o apoiar a ele na sua carreira política. Basicamente, anulou-se como tantas mulheres fazem em prol do sucesso dos maridos. Chegou até ao ponto de não ser muito "proud" quando o apoiou em todas as suas infidelidades (não, a Monica Lewinsky não foi a única...). Enfim, apesar de tudo, que ganhe ela. 

 

Ontem falei aqui nesta música dos Creedence Clearwater Revival. Hoje deixo-vos com ela. É uma daquelas músicas que teve inúmeros  covers, mas eu, nesses casos, gosto de recordar os originais. Bem, menos as do Bob Dylan, que essas costumam ficar melhor cantadas por outros, até pelo Zé Cabra, que o Robert Allen Zimmerman (quem sabia que este é o nome dele? Ah, pois é! As coisas que eu sei...), dizia eu que ele tem jeito para fazer letras e musicá-las, mas como cantor até fere os tímpanos. Estou a exagerar e isso agora também não interessa nada, que ele até é Nobel e respeitinho pelo Nobel é muito bonito... 

 

Deliciem-se! 

 

 

 
Proud Mary 
Creedence Clearwater Revival
 
 
Left a good job in the city
Workin' for the man ev'ry night and day
And I never lost one minute of sleepin'
Worryin' 'bout the way things might have been
 
Big wheel keep on turnin'
Proud Mary keep on burnin'
Rollin', rollin', rollin' on the river
 
Cleaned a lot of plates in Memphis
Pumped a lot of pane down in New Orleans
But I never saw the good side of the city
'Til I hitched a ride on a river boat queen
 
Big wheel keep on turnin'
Proud Mary keep on burnin'
Rollin', rollin', rollin' on the river
Rollin', rollin', rollin' on the river
 
If you come down to the river
Bet you gonna find some people who live
You don't have to worry 'cause you have [if you got] no money
People on the river are happy to give
 
Big wheel keep on turnin'
Proud Mary keep on burnin'
Rollin', rollin', rollin' on the river
Rollin', rollin', rollin' on the river
 
Rollin', rollin', rollin' on the river
Rollin', rollin', rollin' on the river
Rollin', rollin', rollin' on the river
 
Compositor: Willie Nelson

Das eleições americanas, do lugar das mulheres na escala social e mais uma salganhada de coisas

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 (Créditos na imagem)

 

Não vou escrever sobre Republicanos e Democratas, que não lhes reconheço assim tantas marcas diferenciadoras. Vou contar-vos é sobre uma teoria que tenho sobre as eleições americanas serem um bom barómetro do lugar das mulheres na escala social, nos EUA e quiçá no mundo. Senão, vejamos:

 

De acordo com as sondagens, parece que está tudo encaminhado para a eleição da Hillary Clinton. Mesmo assim, dos males, o menor... 

 

Desde que se soube que ela era a candidata do partido democrático que eu sei que tinha boas hipóteses de ganhar. Aliás, acredito nisso desde que o Barack Obama foi eleito pela primeira vez Presidente dos Estados Unidos da América. Desde essa altura que digo ao M: "o próximo Presidente dos EUA será uma mulher!" Conseguem perceber porquê?

 

Sigam o meu raciocínio, que eu sou uma grande socióloga e analista política. 

 

Todos conhecemos alguma coisa sobre o passado dos EUA e a sua história de racismo, quanto mais não seja por termos visto westerns, os velhinhos filmes de cowboys e índios, ou a série Norte e Sul (isto, quem já por cá andava em 1985), que abordava a Guerra Civil Americana (1861-1865) entre o Norte industrial e o Sul agrícola e escravagista, ou ainda o clássico do cinema E tudo o vento levou, ou até por nos lembrarmos de ver referências àquelas avantesmas do Ku-Klux-Klan vestidas de branco em forma de funil que achavam que eram de uma raça superior e andavam de noite a vandalizar casas e a matar niggers

 

Ainda estão aí? Eh, rapaziada paciente! 

 

Ora, se num país com esta história sanguinária de cariz racial, acabou por ser eleito um presidente negro, está ou não aberto o caminho para poder também ser eleita uma mulher? Por isso é que eu digo que a mulher é a última na escala social, atrás dos homens brancos em primeiro lugar e dos homens negros a seguir. Faz sentido ou não? Se num país onde ainda existe tanto racismo e xenofobia (é ouvir os discursos do Trump, muito aplaudidos pelos setores mais conservadores da sociedade americana!) pôde ser eleito um negro (ainda por cima de origem muçulmana), tudo leva a crer que agora os eleitores pensem "let's get crazy, man!" e despachar a mulher também, até porque lhe devem isso (repararam no boné da Hillary no cartoon?). Será uma espécie de prémio de consolação para o "sexo fraco". Das duas uma: ou é isso ou o Trump é mesmo um candidato reles que não é para ser levado a sério e então a Hillary simplesmente "gets lucky" por ter um adversário como ele. 

 

E pronto, com a eleição da mulher fica o assunto resolvido por uns bons anos e ainda se alimenta mais a convicção de que os EUA são a tão citada "land of opportunity" onde até se respeitam as "proud Mary" celebradas na intemporal canção dos Creedence Clearwater Revival.

 

E assim se vão legitimando, na terra do tio Sam, com Hillary ou com Donald, mais ataques e guerras contra países inimigos da América que, esses sim, pelo menos alguns deles, não respeitam as mulheres... e têm petróleo! (Nota-se muito que não morro de amores pelos americanos?)

 

As eleições são já amanhã, dia 8. Se eu não acertar na previsão, é bem feita, que prognósticos devem ser feitos só no fim, como dizia o outro! Por isso, se não acertar, fica combinado que me mortificarei com um cilício, autoflagelando-me à chicotada qual membro convicto da Opus Dei, essa digna organização também ela muito respeitadora do género feminino!  

 

 

 

Quando ir ao dentista faz mal à carteira mas bem à vista ...

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 (Imagem da net)

 

Recentemente levei os meus filhos ao dentista. Consultas de rotina. A dele foi com uso do cheque-dentista a que teve direito. Afinal, temos que aproveitar as condições oferecidas pelo Serviço Nacional de Saúde.

 

Lindo de morrer, o sô doutor. Um Adónis moreno, alto e simpático, na casa dos quarenta anos. Ainda por cima, as mães podem entrar para o consultório e babar-se a olhar para ele assistir à consulta. Mas isso não tem nada a ver com a minha escolha deste dentista. Ele é mesmo um dentista bom bom dentista. Ai, vocês percebem! Uma mãe de família é séria mas não é cega e gosta de descansar a vista, pronto. 

 

Falemos da dentição das crias. Quanto a isso, tudo bem. Dentinhos sãos. Nem uma cárie. Tiveram uma mãezinha sempre muito diligente nas questões da saúde oral, na sensibilização para uma alimentação cuidada e para a lavagem dos dentinhos, principalmente na fase em que eles eram avessos à água, hostis a esfregar-se e a escovar-se, que até parecia que tinham medo de gastar os dentes, a pele, o corpo. 

 

Quanto à parte pior, a fatura:

Filho: cheque-dentista. Consulta grátis, portanto.

Filha: radiografia e limpeza dentária: 110 €.

 

Está a pessoa deliciada, à volta de meia horita, a contemplar aquele monumento da arquitetura humana e depois, não bastasse ter de sair do transe, ainda lhe espetam um balde de água fria pela cabeça abaixo. O que é que me ocorreu, quando consegui sair do choque inicial? Basicamente senti que a conta da consulta contemplou as vistas a que a mãe teve direito, sobre a versão melhorada do Dr. Miguel Stanley. Vá lá não ter tido o ímpeto de partilhar isto com a senhora que estava a receber o pagamento. Às vezes sai-me... E sim, existe uma versão muito melhorada do Miguel Stanley e essa versão é nem mais nem menos que o dentista dos meus filhos! Roam-se de inveja, gajas!

 

Bem, o que é certo é que saí de lá mais leve da carteira, mas regaladinha das vistas! 

 

 

Planos de fim-de-semana de uma vida glamorosa.

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Deram-me esta abóbora enorme.  Morar no campo tem as suas vantagens. Há sempre um vizinho ou alguém conhecido que tem algum produto da terra para oferecer. E a malta agradece, claro. Desde que não me ofereçam uma galinha viva, tá-se bem

 

Mas e agora o que é que eu faço com isto? Alguém por aí percebe de abóboras?  

A sério, acho que tenho aqui uma boa ocupação para o fim-de-semana: caldeirar um belo doce de abóbora para, quem sabe?, oferecer, em boiões, no Natal aos amigos. Se ficar bom, claro, que doce de abóbora é coisa que nunca fiz. Vamos ver como corre... Como é que se faz um doce de abóbora irrepreensível, minha gente? 

Esta abóbora dá para fazer doce, certo? 

 

 

Bono "Mulher do Ano".

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 (Foto googlada)

 

Bono Vox foi o primeiro homem a ser eleito Mulher do Ano pela revista norte americana Glamour. Pelos vistos, tem a ver com o papel dele na luta pelos direitos das mulheres. Percebo a ideia, mas o que eu acho mesmo é que anda por aí tudo à porfia a ver quem inova e surpreende mais nisto da atribuição de prémios.

 

Primeiro o Bob Dylan, agora o Bono Vox. Pergunto: o que virá a seguir que me possa surpreender? Só se for o prémio carreira para a Cicciolina... 

 

Afinal, falar com os filhos sobre sexo não é um bicho de sete cabeças!

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Jesus - Maria - José, que, ontem, a tão temida conversa mãe-filho aconteceu. E, pasmem-se, eu saí dela viva! E aliviada!

 

O meu filho caçula de 14 anos chamou-me ao seu quarto, à noite, e pediu-me para fechar a porta atrás de mim. Sempre teve esta tendência para, quando se trata de assuntos importantes e/ou sigilosos, escolher-me a mim para, dentro de quatro paredes, ser a sua confidente.

Eu já a imaginar o que estaria para vir. 

Abriu as hostilidades queixando-se de que eu nunca falava com ele sobre alguns assuntos.

Mas sobre o quê, por exemplo?

Começou, a medo, por falar da depilação.

Depilação? Mau Maria! Eu já a pensar que ele queria rapar os pêlos das pernas e delinear as sobrancelhas e todas essas merdas que os metrossexuais fazem. Gelei! Cá para mim, homem que é homem, não pode ter o corpo mais suave do que o de um bebé.

Não era isso, felizmente. Só fiquei a saber que já tira um ou outro pêlo entre as sobrancelhas para não lhe chamarem monocelha. Meu rico filho! É tão lindo! Qual monocelha, qual quê?

A introdução da depilação serviu só de rastilho para "o assunto". Queria que eu falasse com ele sobre sexo, pois claro. 

E conversámos. Por iniciativa dele, conversámos. Tivémos a conversa que eu sempre planeei que fosse o M a fazer. Mas foi comigo que o meu filho quis ter esta conversa e eu fiquei tão feliz com a confiança  que ele depositou em mim! Tão feliz!

Conversámos com uma naturalidade que eu não imaginei que fosse capaz de ter. Não interessa entrar em pormenores sobre o teor da nossa conversa, só dizer que foi natural e sem vergonha e tabus, entre uma mãe e o filho de 14 anos. Envolveu inclusive a curiosidade dele em relação à minha história com o pai, manifestações físicas da puberdade, entre outras dúvidas que tinha. 

E depois desta conversa sinto como se tivesse atingido um novo patamar na nossa relação de mãe e filho, todo um novo nível de intimidade e confiança. E sinto um orgulho tão grande! O meu menino está a crescer, a despertar para essa faceta importante da vida que é o sexo, mas neste como noutros assuntos, ainda é a mim que recorre para o guiar no caminho. 

 

Solidariedade fraterna ou sexo forte?

Conseguem adivinhar o que seja isto?

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Facílimo!, dirão.

É uma pasta de arquivo de fichas e outros documentos escolares, organizadamente separados por disciplinas para o aluno estudar. E acrescentarão que deve pertencer a um aluno muito organizado, metódico com o seu estudo. 

 

Certo... até certo ponto. 

 

É que esta pasta de arquivo foi organizada por uma aluna que é tudo isso, mas não o fez para si própria, mas para outro aluno, no caso, o irmão caçula. 

 

No final do ano letivo passado, como fazemos todos os anos, fez-se a "limpeza" das secretárias, arrumando todo o material escolar do ano letivo que acabou e preparando-se espaço para o novo que haveria de chegar.

Entre esses trabalhos, a minha rica filha primogénita organizou esta pasta de arquivo com os seus belos apontamentos e testes realizados no ano passado, tudo direitinho, para o irmão este ano poder recorrer a tudo aquilo, numa espécie de passagem do testemunho, qual corrida de obstáculos por equipas com divisão pouco equitativa do esforço individual dos atletas.

E sabem uma coisa? Nos últimos testes, ele, calaceiro, em vez de fazer os seus próprios apontamentos para Físico-Química e Ciências Naturais, estudou pelos da irmã. Foram urgências, que o gajo é mandrião para ler e escrever resumos. Teve que ser. É claro que também fez exercícios à conta dele e isso tudo, mas encontrou ali nos apontamentos da irmã uma ajuda preciosa. Não posso deixar é que se transforme em rotina, senão ele não desenvolve as suas próprias competências.

 

No fundo, não foi nada de mais! Ou não fosse ela mulher e ele homem... Os gajos começam cedo a depender das gajas!

Sexo fraco uma ova!

 

 

Surpreendida, mas agradada!

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Foi o meu terceiro destaque. Fiquei contente, claro! Quem não gosta? 

 

Não é, a meu ver, um  dos meus melhores posts, mas parece que, por alguma razão, chamou a atenção da Equipa do Sapo. Algum mérito deve ter, nem que seja ter sido feito ao fim-de-semana, quando há por aqui menos produção e, assim, deram com o meu cantinho...  

 

De qualquer maneira, obrigada, Equipa! É bom que promovam toda a variedade de blogs que existem alojados no Sapo, e não sempre os mesmos. Gosto de ver que visitam os pequeninos como eu. Há por aí tanta qualidade! Valorizarem as nossas produções, apesar de não ser condição sine qua non para existirmos por aqui, é uma motivação importante para continuarmos a encher as páginas desta grande comunidade. Bem hajam! 

 

"Trick or treat": a sequela.

Ontem à noite, foi mesmo noite de "Trick or Treat", doce ou travessura.

Os miúdos foram brincar ao Halloween com os amigos.

Eu e o M aproveitámos para ir assistir a um recital de música clássica: canto lírico por uma soprano de voz cristalina acompanhada pelos melodiosos acordes de uma harpa. Um autêntico treat! 

 

Não estivémos em casa, por isso obviamente não atendemos os eventuais miúdos que vieram à procura de doces. Quando chegámos a casa, tínhamos, na campaínha, este trick.

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Inofensivas estas bruxas, tadinhas... 

 

 

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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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