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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

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Feriado com sabor a rotina...

... pelo menos na parte do cumprimento de horários! 

 

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Acordo todos os dias de trabalho às 7 horas da manhã.

 

Hoje, feriado, poderia ficar a dormir, mas não fiquei! O filho tinha que ter jogo de futebol. Tem habitualmente ao domingo, mas hoje também há. E, por isso, cá estou eu, a pé como em todos os outros dias da semana.

 

Só ao sábado é que posso, se quiser, dormir mais um bocadinho. Mas querem saber o mais engraçado? O organismo deve ter-se habituado à rotina de acordar cedo, que nem ao sábado usufruo de muito mais tempo na minha rica caminha. Está visto que sou madrugadora por natureza. Acredito naquela frase daquela grande pensadora  (verdade seja dita, a toque de álcool e afins), Janis Joplin: "When you sleep you lose the party" (foi ela, não foi?). Há tanto para viver e nós, seres humanos, passamos demasiadas horas a dormir. Definitivamente, perdemos muito da festa, deixamos de desconstruir muitos paradigmas. 

 

Por outro lado, há dias em que gostaria de ser daquelas pessoas que fazem autênticas curas de sono, quando podem. Acho que já precisava de uma... 

 

Bom feriado! 

 

 

 

Que carga de trabalhos!

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O que eu fui arranjar de me pôr a escrever sobre sexo! E o que o Sapo havia de fazer! Destacar o meu post de segunda-feira a dizer SEXO em letras garrafais? Ai Jesus! Assim, quem aqui vier, vem ao engano, ó equipa! Até arrisco dizer que se trata um pouco de publicidade enganosa! Vejam lá se não levam mazé com uma data de processos em cima...  

 

Olhem só para isto que vocês fizeram! Nunca vi cá tanta gente ao mesmo tempo! Quase me entupiram o estaminé. Até atingi os 3 dígitos de subscritores, vejam bem! E como é que vou lidar com a responsabilidade, agora? 

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E agora estou cheia de pena desse pessoal todo, que pensava que vinha ler literatura erótica ou pornográfica. Meus ricos visitantes, que ficaram desconsoladinhos... 

 

 

Bem, de qualquer maneira, muito agradecida!

 

(Mas digo-vos que ainda estou para entender os critérios do Sapo na escolha dos destaques. É que me parece que escolhem sempre os meus posts mais estapafúrdios... )

 

Step by step!

Contou-me o M que, naquelas entrevistas aos adeptos antes do jogo do Benfica com o Nápoles, dizia um:

"Os ingleses é que têm uma boa expressão para isto: "step by step".

 

 

Realmente! Porque é que nós não temos uma língua rica como a inglesa? Quem é que se ia lembrar de... como é que hei de traduzir?... "passo a passo"? Porque é que nós vamos pelo óbvio tipo "grão a grão"?

 

  

 

Esta nem o Jorge Jesus!

 

 

A propósito do peditório do Banco Alimentar...

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 (Foto chocante encontrada na net. Não deveria ser possível ver imagens destas neste bonito planeta azul que é de todos nós...)

 

Dezembro é o mês dos peditórios do Banco Alimentar por excelência.

Desenganem-se se pensam que eu vou falar da importância da "caridadezinha" para com os pobrezinhos. Não vou porque não acho nada humano existir essa necessidade no mundo em que vivemos. Ao aceitarmos o conceito, parece-me estarmos a aceitar que é normal haver miséria, e a legitimá-la. Para mim, a caridade não deveria sequer ser necessária, assim como a pobreza não deveria existir.

Chamem-me lírica.

Chamem-me utópica.

Chamem-me louca.

Mas eu ainda acredito num mundo onde haja uma melhor e mais justa distribuição da riqueza. E atenção, que eu falo de barriga cheia. O meu dilema hoje em dia está longe de ser contar os tostões para pôr comida na mesa aos meus filhos. Mas não me canso de lhes lembrar que há famílias que não têm sequer o que comer. Eu própria cresci com muito pouco e a ver os meus pais trabalharem desalmadamente para conseguirem dar um futuro mais risonho às filhas. E disso eu nunca me esquecerei. 

 

Mas voltemos ao Banco Alimentar. Não interpretem mal as minhas palavras. Eu até contribuo para a campanha. Para esta e para outras. Porque infelizmente a justiça social ainda é uma miragem. No entanto, sou seletiva onde e em que condições o faço.

 

No fim-de-semana fui às compras. Precisava de abastecer a despensa com alguma mercearia.

 

(Arrisquei mais uma vez uma galinha. Nunca me corre bem cozinhar galinha. Fica sempre a puxar para o rijo, por muito que a cozinhe. Lá está! Preocupações de quem tem o que comer...)

 

Bem, fui às compras a uma loja aqui ao pé de casa, onde vou muitas vezes. Comércio tradicional. Estavam lá miúdos do Banco Alimentar. Como faço sempre, não hesitei em colaborar com alguns víveres, porque assim ajudo quem não tem o que comer e quem se tenta aguentar no negócio do comércio local, que bem precisa.

 

No entanto, se os mesmos meninos me abordarem numa grande superfície, não colaboro e ainda lhes explico as minhas razões (sou uma mulher de convicções que gosta de endoutrinar, o que é que hei de fazer?). Acho imoral estarmos a dar lucro a grandes grupos que, se quisessem, poderiam oferecer todos os alimentos angariados pela solidariedade de pobretões remediados como eu. Têm capacidade financeira para isso, e ainda gozam de benefícios fiscais ao fazê-lo. Ou então fizessem reverter todo ou parte do dinheiro ganho com a nossa solidariedade para outras ONG de cariz social e humanitário. Alguns até poderão já fazê-lo e se já o fazem (o que eu desconheço), têm o meu reconhecimento.

 

Seria tão bonito que essas grandes superfícies, elas próprias se chegassem à frente este Natal e recheassem o Banco Alimentar. É que como está, eles só estão a lucrar, mais uma vez, os espertalhões, com a miséria alheia. E ainda passam por entidades com preocupação social, grandes beneméritos, parceiros do Banco Alimentar. Tão bonito! E nós, ao comprarmos nesses grandes grupos, só estamos  a compactuar com o estado das coisas.

 

Por isso, fica o repto (que ninguém vai ler, mas pelo menos desbobinei o que penso).

 

E ao Banco Alimentar contra a Fome/Isabel Jonet, digo o seguinte: este ano estejam presentes no comércio local, nas mercearias, nos mercados deste país. Esses também precisam de ser ajudados. 

 

Uma nota final:

 

Não nos podemos esquecer que o Banco Alimentar tem como principal objetivo evitar o desperdício de alimentos, fazendo-os chegar a quem tem fome. Será que ainda o cumprem, ainda é a sua ação prioritária? É que se me perguntarem, parece-me que estão sempre à espera que, sazonalmente, sejamos nós a contribuir. Pelo menos, não ouço dizer mais nada de outras campanhas que levem a cabo. Enfim, posso estar a ser injusta...

Não haverá alimentos nas grandes superfícies que são deitados fora por ultrapassagem da data de validade? Daqueles em que até colocam uma etiqueta de promoção de fim de validade para venderem o máximo que puderem, estão a ver? Porque é que não os dão a quem precisa, antes de se estragar? Até porque as famílias carenciadas não comem só no Natal...

Será que os excedentes de produção da indústria agro-alimentar, agrícolas e da grande distribuição são todos aproveitados? Fica a questão à qual sinceramente não sei responder. 

 

 

Será um problema de identidade de género?

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 (Fonte na imagem)

 

Lembram-se da possibilidade da rubrica Sexo à segunda que aflorámos? Cá estamos então.

 

Falemos de sexo hoje. De futuro, logo se vê. Mas não se ponham a esfregar as mãos, que não vai ser nada de explícito ou hardcore. Só alguns pensamentos avulsos e, se possível, alguns contributos desse lado. É que, como comentava alguém na última segunda-feira, de sexo também eu não percebo nada.  Não faz mal. Se esta rubrica servir para nos rirmos um bocado, já está o dia do nosso descontentamento ganho. Rir sobre o assunto à segunda-feira é o melhor que podemos fazer... a seguir ao próprio.  

 

Não se iludam com o título, porque também não vou falar sobre transgéneros. Também não percebo nada disso.  Vejo que percebo de muito pouca coisa...    

 

Hoje continuo com o tema da semana passada, sexualidade feminina, contando-vos uma observação que uma amiga me fez um dia e que me desconcertou um bocado ao ponto de nunca mais me ter esquecido disso. Uma afirmação aparentemente sem importância, mas carregada de preconceito. Já não sei sobre o que versava a nossa conversa, mas seria certamente sobre relacionamentos amorosos. A certa altura ela rematou com qualquer coisa como isto:

 

"É normal os homens terem mais apetite sexual do que as mulheres. Eles precisam mais de sexo do que as mulheres".

Fiquei completamente sem jeito, sem saber o que responder. Não disse nada. Acho que anuí com a cabeça porque me pareceu que do outro lado não havia abertura para uma opinião diferente daquela. Nem lhe passava pela cabeça que pudesse haver alguma mulher a discordar daquilo.

 

Se calhar ela tinha razão. Talvez seja assim no geral. Mas confesso-vos que eu, por momentos, duvidei da minha identidade de género.  Apeteceu-me dizer: "Então eu sou homem e não sabia..." Mas fiquei com vergonha, confesso. Ela parecia tão convencida do que estava a dizer... E lá está! Se eu a contrariasse, deu-me a sensação de que ela faria logo ali um juízo de valor sobre mim e lá teria eu que levar com uma etiqueta na testa a dizer "devassa", completamente desprovida de pudores ou questões morais em relação ao sexo.

 

Aquilo fez-me pensar. Seria eu um bicho raro, que disputo taco a taco a líbido com o meu marido? O sexo sempre foi uma componente importante do nosso relacionamento. Sempre! Até durante a gravidez e na doença. O sexo é importante em qualquer relação amorosa e, cá para mim, é uma necessidade básica do ser humano, sejam homens ou mulheres. Ou não?

 

Posto isto, como se explica aquela observação? Algumas mulheres (espero que cada vez menos) assumem-se assexuadas com manifesta ausência de líbido porque parece bem aos olhos da sociedade? Por pudor? Nesta sociedade em que vivemos continua a não ser suposto as mulheres gostarem ou admitirem gostar de sexo, tal como os homens?

 

O que me dizem a isto? Também têm esta perceção? Ou sou eu que estou rodeada de pudicas?

 

 

Um poema para mim.

Recebi recentemente um e-mail muito simpático do auto-intitulado poeta, que gostou deste meu humilde espaço e gentilmente me dedicou um poema. O Poeta está alojado em http://sugereme.blogspot.pt/.  Vão lá visitar o espaço. 

 

Ora então, o meu poema:

 

«Com simplicidade»

 

Maria mocha,

Que escreves bonito,

E em nada é cocha,

De estilo sucinto,

Escreve o quer,

O que bem lhe apetece,

Quem gosta lê,

Diz o que lhe parece,

Assunto não falta,

De qualidade,

Tem a moral em alta,

Com simplicidade,

Gostei do seu espaço,

Muito distinto,

Sem embaraço,

Mas digo o que sinto.

 

O Poeta

 

E esta, hein?  

Obrigada, poeta. 

 

 

As malas das mulheres...

Meninas? Alguém? 

 

As malas das mulheres. Este sim, é um assunto de importância vital para a humanidade! 

 

As malas das mulheres albergam tudo e mais alguma coisa, mas quando é preciso alguma delas é o cabo dos trabalhos para encontrar. Por isso é que eu, de há uns tempos a esta parte, comecei a levar a sério a tarefa de organizar o conteúdo das minhas malas.

 

"E como é que fizeste isso, sua guru da feminilidade?", perguntam vocês.  

 

Fácil. Passei a separar todos os objetos por temas, digamos. E para isso comprei bolsinhas para tudo. Agora nada anda ao "Deus dará" dentro da minha mala. Existe uma bolsa de artigos de higiene/beleza, medicamentos, documentos, chaves, pens, bolsas para tudo. 

 

E pronto! Hoje vim aqui dar uma dica preciosíssima. Coisa nunca vista, certo?  

 

 

Bom dia! Bom fim-de-semana! 

 

Ócio (pouco) criativo.

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Ontem esteve a pessoa em casa a gozar do merecido feriado. Como tal, a pessoa tinha aqui a oportunidade única de produzir material a rodos para o estaminé. Assim, poderia até guardar algumas dessas produções em standby, para dias mais preenchidos profissional e socialmente e, por isso, menos propícios à produção escrita.

 

Pois... O problema é que é mesmo nestas alturas que a pessoa anda um dia inteiro a engonhar e não faz nadinha nadinha. Para piorar, é nestes dias que tem menos inspiração também. O conceito de ócio criativo não parece funcionar com a pessoa. Pelo contrário: os tempos de ócio raramente são produtivos. Só resta mesmo o ócio. É que não sai nada... a não ser guardar esse facto como assunto para no dia seguinte queixar-se da falta de inspiração. E cá estou eu!

 

Mas uma coisa eu fiz! E quero contar-vos.

Tcharan....

Houve um desenvolvimento em relação ao projeto pessoal cá deste agregado familiar. Marcámos e fomos ontem visitar outra solução que, achamos nós, acabará por ficar mais em conta do que a do lote de terreno. Trata-se de uma vivenda, perto, já usada mas nova, o que também evita as chatices com projetos de construção e empreiteiros e prazos e essas ralações todas. É que é tudo muito bonito, mas é quando temos 20 ou 30 anos. Hoje em dia já não tenho paciência para andar a escolher materiais e soluções. Já feita e acabada está bom para mim, para nós. Ainda que necessite de umas obras de manutenção, essencialmente pintura...

 

Não vou desenvolver mais para não agoirar o negócio...  Estamos em processo de análise e possível negociação, mas adianto-vos que vi o M entusiasmado com a casa, ele que está sempre de pé atrás em relação a grandes mudanças. Parece-me que isso já é um bom presságio. Wish me luck! 

 

Pinheiros de Natal e piaçabas

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 (Franz Krüger/Wikipedia)

 

1 de dezembro, data que comemora a restauração da independência, mas também o dia que abre oficialmente a época natalícia em muitos lares. E acima de tudo é tão bom ser feriado! Mesmo para quem não aproveitará para fazer ponte, como é o meu caso, este dia cai que nem ginjas nesta altura do "campeonato", tantos meses decorridos sobre as férias de verão. 

 

Este ano, o espírito natalício tarda em tomar conta de mim. Eu, que incuti essa febre nos miúdos cá em casa, de ano para ano pareço cada vez mais afastada dessa alegria dos preparativos para o Natal. E agora tenho um problema em mãos. É que hoje é aquele dia que marca o limite aceitável para vestir a casa de Natal... e não me apetece nadinha fazer isso.

 

Uma das recordações mais caras que tenho da infância era a tradição familiar da ida ao monte (ao pinhal) num destes feriados de dezembro, pai mãe filhas, apanhar musgo e pinhas e cortar o pinheiro mais bonito que conseguíssemos encontrar. Hoje vejo que o ato de cortar pinheirinhos não é uma ação assim tão romanceável e ambientalista, e agora seria impensável.  E ainda bem que hoje em dia não é prática, mas naquela época, na minha terra natal, todos o faziam. 

 

Tenho alguma nostalgia em relação à época em que o pinheiro de natal era natural. Tenho saudades do cheiro que deixava dentro de casa, cheiro a resina, a pinhal, a natureza. Este ano gostava de comprar um em vaso para poder enfeitar e conservar alguns anos, enquanto aguentasse. E depois, quem sabe, plantaria em qualquer lugar. O problema é que não sei onde é que posso encontrar à venda. Alguém sabe? Existe em alguma daquelas lojas grandes de bricolage e jardim? Penso que nos hortos deverão encontrar-se mas não tenho nenhum aqui perto. Lá vou eu gramar mais um ano com uma piaçaba cheia de fitas, luzes e bolinhas.

 

NOTA FINAL:

Uma curiosidade, só para não dizerem que não aprendem nada aqui: foi uma empresa de piaçabas que criou a primeira árvore de natal artificial, em 1930.  Faz sentido!    

 

 

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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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