Estados de alma...
Cá está o que é! Nestes primeiros dias de 2017 eu não tenho apreciado a música. Apreciar a música é definitivamente tão mais agradável!... Infelizmente, eu tenho antes entendido a letra. E é uma letra de um fado do desgraçadinho, adianto-vos já.
Por isso, para hoje, honestidade.
Os meus posts não têm refletido o meu estado de alma. O que prova que aqui somos quem queremos parecer e, muitas vezes, não somos quem realmente somos. Porque aqui eu posso ser quem eu quiser ou quem vocês quiserem que eu seja.
Ultimamente tenho recorrido a posts em rascunho e a agendamentos para transmitir uma normalidade que não sinto. E tenho feito questão de percorrer a blogosfera e visitar os vossos espaços e interagir com todos os que consegui. Foram dias normais, mas só aparentemente. Fiz um grande esforço para manter a personagem. Consegui mantê-la 3 dias. Lá se vai qualquer hipotética aspiração a uma carreira na representação.
Hoje deveria também publicar um qualquer rascunho que aqui tenho. Se possível, um com algum humor e boa disposição. Chegava aqui agora e era só escolher. Mas hoje não faço isso. Decidi que o vou guardar para um dia em que esse post faça melhor pendant com a minha disposição. Hoje não vou fingir.
E assim, têm-me cá hoje a falar de nada. E de tudo. Não dizendo nada, dou-vos tudo. Toda eu. A verdadeira eu, hoje. Temporariamente triste. Depressiva. Desanimada. De mal com a vida e com o mundo. E com eles a retribuirem-me na mesma moeda. É justo.
Mais do mesmo:
Filhos adolescentes no auge da parvalheira com reações inesperadas à minha autoridade;
Conflitos familiares que daí advêm;
Sentimento de impotência em várias frentes;
Vontade de desistir de projetos, alguns projetos de uma vida;
Inércia e falta de motivação no emprego;
Se querem algo mais prosaico, digo-vos que até as canalizações da cozinha têm vindo a conspirar contra mim, as putas!
E deixo a parte do refrão desta música para outra altura...
Não sei se é ainda ressaca do fim das mini-férias. É como se esta semana estivesse a ter só segundas-feiras. Não sei... Acho que estou urgentemente a precisar de motivação para enfrentar os próximos meses deste inverno do meu descontentamento. Ter perdido umas gramas de peso ainda não é o suficiente para me dar ânimo, mas já é um começo.
Hoje talvez me seja difícil ser tão assídua por aqui. Mas como pessoa que não se rende a estados depressivos, lá vou eu colocar a minha cara nº 2 e pôr-me a caminho do trabalho, que eu não tenho feitio para "frescuras", como dizem os nossos irmãos. Demasiadas vezes penso que tenho sido forte tempo demais... E isso, mais cedo ou mais tarde, paga-se caro...