Notas mentais da consulta médica desta semana.
(Autoria: Ivan Cabral)
Na terça-feira, enquanto decorria a primeira cerimónia fúnebre com honras de Estado em democracia (É assim, não é?), eu fui usufruir do Serviço Nacional de Saúde, conquista dessa mesma democracia. Fui à médica de família solicitar prescrição para a mamografia que deverá ser feita brevemente e também pedir ajuda na questão da rinite que, vocês não sabem porque eu não vos tenho querido maçar com isso, mas só eu sei o que sofro com esta condição que ganhei depois de "velha". Um horror quase diário, estes meus ataques de rinite!
Bem, e o que retirei desta consulta?, perguntam vocês, interessadíssimos. Muita coisa! Muitas sensações e emoções. Senão, vejam:
- A médica, muito atenciosa e aparentemente competente, é cubana, mas já fluente em português. Pois é! Inexplicável e incompreensivelmente, a nossa pouco ou nada consolidada democracia ainda não conseguiu dotar o SNS de médicos portugueses. E tantos estudantes todos os anos afastados dos cursos de medicina... Afinal, parece que a "ditadura" cubana tem algumas coisas a ensinar-nos...
- O esfigmomanómetro (Claro que não sabia o nome do instrumento, mas fui procurar ali ao vizinho Google. E acho que amanhã já não sei outra vez. Raisparta estes termos que inventam em medicina!), o esfigmomanómetro, dizia, não conseguiu funcionar para me medir a tensão, porque além de manual, analógico e obsoleto, estava avariado. Teve a médica que ir à procura de um mais moderno e digital que, esse sim, nos disse no seu automatismo eletrónico que eu tenho a tensão baixa. Qualquer coisa como 57/110, e isto já com dois cafés no bucho. E quanto à frequência cardíaca? Consegui o número "místico" de 69 batimentos por minuto... claro... um número que me arranca sempre um sorriso de orelha a orelha.
- A médica pesou-me e o raio do peso anda a ver se atinge também aquele número natural mágico, mas isso é que não hei de permitir!
- A médica prescreveu-me não só a mamografia, como uma série de análises, nomeadamente às alergias, para ver se conseguimos controlar melhor a rinite e a asma. Também me receitou medicamentos com novos princípios ativos para experimentar se têm melhor efeito sobre a rinite do que os que já tomo. Estou otimista, apesar de ter sido confrontada com a tendência para que piore com o advento da menopausa. Merda p'ra isto! Uma mulher nunca pára de sofrer, gaita!
- A médica fez-me uma coisa que nunca, em dias da minha vida, algum médico me tinha feito. Mediu-me o perímetro abdominal (um pouco abaixo da cintura). Ainda não percebi muito bem a pertinência deste dado. O que é certo é que, tendo em conta as referências das medidas perfeitas do corpo feminino (os míticos 86 - 60 - 86), digo-vos que não estou assim tão mal. 92 cm. É verdade que estava deitada e a barriga encolhe naturalmente... e que a médica talvez tenha medido mais próximo da cintura...
E pronto. Não vos maço mais por hoje.
(Este post, não percebo bem como, esteve publicado ontem mas eu devo ter colocado inadvertidamente em rascunho e, como ontem andei mais ausente daqui, só à noite é que me apercebi. Não há problema. Sai hoje outra vez. Não sei é se se perderam alguns comentários entretanto. Peço desculpa se isso aconteceu. Nabices...)