Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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Li no FB que o Trump declarou à CNN que “…todo o investimento realizado durante décadas pelos americanos na base aérea e espaço envolvente e o não cumprimento das regras básicas de manutenção da ilha por parte de Portugal dá aos EUA o direito à posse do território por usucapião.”
Isto é verdade? Quantos são hoje? Já é carnaval? Dia 1 de abril?
Gente?
E não sendo verdade (o mais certo!), como é possível haver quem se divirta a inventar este tipo de notícias? Acho que ainda é mais lastimável inventarem isto do que o burgesso o dizer, porque dele já começamos a estar habituados a todo o tipo de alarvidades.
Ontem fiz bacalhau à brás para o jantar. Mas como não tinha bacalhau desfiado em casa (que é mais prático), fui comprá-lo no fim do dia de trabalho.
E lá fui eu, com as manias de escolher também pela qualidade e não só pelo preço, vasculhar todos os produtos que havia à venda. Havia um mais barato, de marca branca, mas tinha em letras garrafais na embalagem "PALOCO". Sei que o paloco é um sucedâneo do bacalhau, mas não é bacalhau. O pessoal em casa podia dar pela diferença e era um problema se não gostassem. Eu não sou nada esquisita e de certezinha que me saberia igualmente bem, mas o pai e os filhos já não é tanto assim.
Por isso, apesar de me dizerem ser excelente a relação qualidade-preço desse tal de paloco, decidi antes comprar bacalhau. Decidi-me por este da imagem acima, que apregoava ser de cura tradicional portuguesa e ainda por cima cá em baixo dizia que não continha fosfatos (que eu imagino que deve ser uma coisa mesmo muito muito má...). E foi assim que eu acreditei que me queriam vender o melhor bacalhau do mercado.
Já em casa, começo a preparar o jantar. Quando "arrebanho" a embalagem do bacalhau para colocar este no tacho, vejo isto:
Conseguiram ler as letrinhas minúsculas? Perceberam o drama? No canto superior esquerdo, dizem-me que afinal comprei PALOCO!
PALOCO???
Façam-me um favor. Olhem lá outra vez para a parte dianteira da embalagem. Sou eu que sou muito burra ou vocês também pensariam que estavam a comprar bacalhau? Realmente, não está lá escrito BACALHAU, mas também não está PALOCO em letras garrafais como encontrei nas marcas brancas. Se isto não é publicidade enganosa, vou ali e já venho. E atenção que nem quero dizer que a "xico-espertice" (neste caso também se pode chamar de marketing, não é?) seja só desta marca. Calhou ser esta, mas admito que as outras também possam fazer o mesmo. Acham isto admissível? É, né? Está lá escrito atrás que o ingrediente é paloco, portanto é admissível... Só acho que deveriam haver regras mais rígidas nestas coisas, como seja a obrigatoriedade de identificar em letras bem legíveis o produto.
Finalmente entendi na pele o que é comprar "gato por lebre". Ou antes, paloco por bacalhau... Mas digo-vos uma coisa. Cá em casa ninguém deu pela diferença! Essa é que é essa! (A não ser eu, que sabia da troca... Prefiro bacalhau.)
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