Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

Dia dos namorados é quando o Homem quiser!

Não ligo ao Dia dos Namorados. A sério! E não digo isto por dizer ou para pagar com a mesma moeda ao M, que também não liga e não é nada romântico. Esta é uma das facetas da nossa relação em que fui eu me aproximei do feitio dele. As relações também são feitas de cedências e eu cedi nestas "mariquices" que quase todas as mulheres gostam. Ou seja: eu já valorizei estas datas, quando ainda não percebia que existem outras manifestações de amor muito mais importantes do que oferecer e receber flores, peluches, jóias ou chocolates neste dia (conforme o perfil e a idade dos namorados). Neste dia, há um ano, escrevi um post neste sentido, este: O meu namorado não me deu flores. Na altura acho que ninguém o leu. Podem recuperá-lo agora, que até está engraçadinho, modéstia à parte. Quanto a mim, verifico que me mantenho coerente com as minhas convicções. 

 

Bem, apesar de tudo, hoje é obrigatório fazer um post sobre o dia dos namorados, certo? Então, é isto que eu tenho para dizer. Ah! Restaurantes e programas organizados por outrem neste dia nem pensar! Recuso-me a ser figurante de um filme. É isso que me lembram todos os casais sentados hoje nas mesas dos restaurantes a abarrotar. Sou mesmo muito pouco gaja neste aspeto...

 

Maaaaas, não pensem que eu ando por aí a matar o dia a quem me rodeia, como se fosse um adulto insensível que revela a uma criança que o Pai Natal não existe. Não! E para perceberem o que eu quero dizer, fiquem sabendo que fiz questão de comprar umas embalagens muito giras de chocolates numa loja conhecida da nossa praça. Conseguem imaginar para quê? Hã? Eu digo. Para os meus filhos oferecerem aos seu/sua namoradinho/a. Pois é! Na idade deles também eu valorizava estas "mariquices" e não quero destruir os sonhos dos adolescentes cá de casa. 

 

16711488_517436901760367_5699998396076146362_n.jpg

 

Sou muito boa pessoa, mulher e mãe, eu sei. Será que o M se vai lembrar disso e dar-me uma prenda neste dia dos namorados? Será que é este ano que ele me dá flores?  

 

Nota: Quando no título deste post refiro "Homem", entenda-se também a mulher, conforme se adivinha pela opção de colocar a palavra com maiúscula, querendo a mesma referir-se ao ser humano em geral, à Humanidade (olha, esta é feminina!...). Isto só para o caso de haver por aí malta sensível a este pormenor, ao qual eu não dou a mínima relevância. É só opção linguística, a qual não me diminui absolutamente nada na minha condição de mulher. Estão a ver? Daqui a nada, tenho aqui mais dez parágrafos a falar nisto e entretanto já me esqueci do dia dos namorados. Não há nada a fazer... 

 

(Fonte da imagem: própria)

 

 

Post com elevado grau de cientificidade.

1661430_657259377667916_486232907_n.jpg

 

Para que não venha a ser acusada de trazer cá este assunto só na perspetiva da mulher, hoje dou uma dica aos representantes do sexo masculino que visitam aqui o estaminé. Trata-se de uma abordagem científica que muito útil vos pode ser, rapaziada!  

 

É tão simplesmente isto: se todos os argumentos falharem, informem as vossas companheiras que o sémen contém zinco e cálcio, dois elementos químicos que têm um papel importante na prevenção do apodrecimento dos dentes. Não há mulher nenhuma que não queira uma dentição irrepreensível!  

 

Peço desculpa por não trazer a mensagem tão inspiradora em português, mas nunca encontro o assunto sexo na nossa língua. Até parece que os portugueses não gostam... 

 

Fonte da imagem: https://www.facebook.com/bankspank/

 

 

O poder de um sorriso.

16114307_1871546986507410_7083982798908741731_n.jp

 

Mais um domingo que começa com futebol, daqui a nada no jogo do pequeno adolescente cá de casa. Parece-me muito bem.  Adoro! E ele tem jogado que é um espetáculo, a distribuir jogo e a marcar golos. Um verdadeiro patrão, este capitão de equipa! 

 

Continuamos com sorrisos, por aqui, apesar de a hibernação ter sido só de uma noite compriiiiiida. Espero que por aí também sorriam bastante hoje. Bom domingo! 

 

(Fonte da imagem: https://www.facebook.com/sarcasmLOL/)

 

 

É só mais um momento "cifras"...

 

15349736_1846280878948582_5948160279493991435_n.jp

 

Sempre fui assim, forte até ao ponto de surpreender as pessoas por conseguir sorrir ou mesmo gargalhar em momentos de grande angústia e sofrimento. Não sei ser de outra maneira. Não suporto a ideia de que tenham pena de mim e, por isso, tenho tendência para aparentar uma normalidade que às vezes não existe. Curiosamente, acredito que me resguardaria melhor, estaria mais protegida se fosse aparentasse ser menos forte, mas não consigo. E agora também já não haverá grande coisa a fazer quanto a isso... 

 

Os últimos tempos não têm sido fáceis a vários níveis, mas eu não tenho escolhido vir para aqui carpir as minhas mágoas. Há muito de mim que não conto a ninguém, porque entendo que as pessoas não merecem estar a levar a toda a hora com os meus problemas.

 

Hei de dar a volta a isto, sempre com um sorriso. Que os sorrisos de hoje sejam todos sinceros... 

 

PS: Ai de quem me vier consolar! Não era esse o objetivo. Não sei qual era o objetivo. Mandem-me antes à merda pentear macacos, a mim e à minha conversa de hoje que não vai pra lá nem vem pra cá! Acho que vou hibernar até segunda-feira. 

 

(Fonte da imagem: https://www.facebook.com/whatkindoffookery/)

 

 

 

 

Isto é verdade?

Li no FB que o Trump declarou à CNN que “…todo o investimento realizado durante décadas pelos americanos na base aérea e espaço envolvente e o não cumprimento das regras básicas de manutenção da ilha por parte de Portugal dá aos EUA o direito à posse do território por usucapião.”

 

Isto é verdade? Quantos são hoje? Já é carnaval? Dia 1 de abril? 

 

Gente? 

 

E não sendo verdade (o mais certo!), como é possível haver quem se divirta a inventar este tipo de notícias? Acho que ainda é mais lastimável inventarem isto do que o burgesso o dizer, porque dele já começamos a estar habituados a todo o tipo de alarvidades. 

 

 

 

 

Um alerta! (Se é que não vos aconteceu já também!)

Ontem fiz bacalhau à brás para o jantar. Mas como não tinha bacalhau desfiado em casa (que é mais prático), fui comprá-lo no fim do dia de trabalho. 

 

E lá fui eu, com as manias de escolher também pela qualidade e não só pelo preço, vasculhar todos os produtos que havia à venda. Havia um mais barato, de marca branca, mas tinha em letras garrafais na embalagem "PALOCO". Sei que o paloco é um sucedâneo do bacalhau, mas não é bacalhau. O pessoal em casa podia dar pela diferença e era um problema se não gostassem. Eu não sou nada esquisita e de certezinha que me saberia igualmente bem, mas o pai e os filhos já não é tanto assim.

 

16508618_515446588626065_3582525456981700189_n.jpg

 

Por isso, apesar de me dizerem ser excelente a relação qualidade-preço desse tal de paloco, decidi antes comprar bacalhau. Decidi-me por este da imagem acima, que apregoava ser de cura tradicional portuguesa e ainda por cima cá em baixo dizia que não continha fosfatos (que eu imagino que deve ser uma coisa mesmo muito muito má...). E foi assim que eu acreditei que me queriam vender o melhor bacalhau do mercado. 

 

Já em casa, começo a preparar o jantar. Quando "arrebanho" a embalagem do bacalhau para colocar este no tacho, vejo isto:

 

16682003_515446605292730_1630310002468990209_n.jpg

 

Conseguiram ler as letrinhas minúsculas? Perceberam o drama? No canto superior esquerdo, dizem-me que afinal comprei PALOCO!

PALOCO???

Façam-me um favor. Olhem lá outra vez para a parte dianteira da embalagem. Sou eu que sou muito burra ou vocês também pensariam que estavam a comprar bacalhau? Realmente, não está lá escrito BACALHAU, mas também não está PALOCO em letras garrafais como encontrei nas marcas brancas. Se isto não é publicidade enganosa, vou ali e já venho. E atenção que nem quero dizer que a "xico-espertice" (neste caso também se pode chamar de marketing, não é?) seja só desta marca. Calhou ser esta, mas admito que as outras também possam fazer o mesmo. Acham isto admissível? É, né? Está lá escrito atrás que o ingrediente é paloco, portanto é admissível... Só acho que deveriam haver regras mais rígidas nestas coisas, como seja a obrigatoriedade de identificar em letras bem legíveis o produto. 

 

Finalmente entendi na pele o que é comprar "gato por lebre". Ou antes, paloco por bacalhau... Mas digo-vos uma coisa. Cá em casa ninguém deu pela diferença! Essa é que é essa!   (A não ser eu, que sabia da troca...  Prefiro bacalhau.)

 

 

Percebem o que eu queria dizer?

mw-1920 (1).jpg

 

Amal e George Clooney vão ser pais de gémeos

 

É este o título da notícia em vários órgãos de comunicação social. 

 

Deixem-me começar por fazer a pergunta que se impõe, que é retórica porque eu percebi que todos perceberam e não estou à espera de resposta, mas fica bem dizer assim. 

 

Percebem agora o que queria dizer no post sobre a gravidez da Beyoncé e a evidente recorrência de casos de gravidezes de gémeos entre os famosos? Hã? Hã? Quem sabe, quem é?

 

Pois é. Nunca duvidem da pertinência, oportunidade e propriedade das minhas teorias, meus amigos!

 

Mas, para quem achou disparatada a minha teoria (acho que ninguém achou isso, mas por via das dúvidas...), cá está mais um caso "suspeito" de gravidez gemelar! E eu repito e volto a lançar a discussão:

 

Anda tudo quanto nada em dinheiro e vive debaixo de holofotes a fazer fertilização medicamente assistida? É isso?

 

Neste caso em apreço, acredito que sim e talvez até seja mesmo por insucesso nos processos naturais. Convenhamos! A mulher não come! É só pele e osso. Olhem práquilo! Como é que aquele corpo desnutrido conseguiria conceber uma criança naturalmente?

 

Gostava de entender as razões de tantos casos e o alcance desta prática. Hoje até vou mais longe. Será que já há elites que têm acesso a avanços científicos ao nível da manipulação do genoma humano que permitem que mão humana interfira na "criação" do ser humano de acordo com os requisitos e preferências dos pais endinheirados? Esta questão que deixo no ar poderá parecer alucinada à primeira vista, mas já não digo nada... Uma coisa parece-me certa: o número de filhos por gravidez aparentemente já não é arbitrária em alguns meios, meios esses onde me parece que já não é permitido que seja a natureza a decidir.

 

 

Prometido é devido: desfecho do episódio da manhã

Ora, então, como teriam sido as cenas dos capítulos seguintes ao episódio de ontem, contado hoje de manhã? Então, foi assim:

 

No final do jantar, eu a arrumar a cozinha.

M: "Deixa estar isso, que eu faço!"

Eu (a brincar): "Não me digas que era isto que querias dizer quando disseste que se eu me portasse bem, ganharia alguma coisa hoje???"

M (com uma cara muito surpresa, mas parecendo-me estar a reinar comigo): "Sim! Em que é que estavas a pensar?"

 

A conversa ficou por ali. E como acabou a estória? Eu, que ando de uma maneira que parece que fui picada pela mosca do sono, caí na cama assim:

 

(Fonte: http://giphy.com/gifs/sleepy-emWySpOLFLUAM)

 

 

E, com isto, não cheguei a comprovar se ele estava mesmo a brincar comigo ou não.

Queriam relatos de brincadeira, hã? Pois têm aqui o relato da realidade crua e dura de um casal da vida real.

Lamento desapontar-vos. Mas, acreditem, mais desapontados do que eu quando acordei hoje de manhã, não ficaram de certezinha absoluta. 

 

 

Diálogos improváveis numa família decente,... mas não na minha.

No final do dia de trabalho de ontem, os dois na cozinha, enquanto eu adiantava o jantar:

 

Eu: Ainda vamos caminhar hoje?

M: Se calhar é melhor não irmos. Ainda me dói aqui a perna do jogo do outro dia.

Eu: Desculpas! Assim, qualquer dia estamos duas baleias... E depois eu, estando muito gorda, não gosto de mim e como não gosto de mim, tu também não vais gostar de mim, e... 

M: Não acontece nada disso! Não vamos caminhar, mas se te portares bem, pode ser que ainda ganhes alguma coisa logo à noite.  (e dá-me uma palmada-apalpadela no rabo). 

 

Dirty sex talk, my darlings! Dirty sex talk!  (pensei eu, que tenho uma mente suja)

 

Notas:

 

1 - Por "eu portar-me bem" deve entender-se eu não o chatear e/ou ralhar por causa da roupa que eventualmente tenha deixado espalhada pela casa, ou qualquer coisa desse género. O que quer dizer que, nos homens, as vivências do dia, por exemplo, também podem funcionar ou como preliminares ou como inibidores do desejo. Futuramente, tentarei ter isto em conta quando for do meu interesse colocá-lo "in the mood". 

 

2 - Releva desta conversa, a perceção de que a atividade sexual (na expetativa de que fosse isso a que se referia, claro!) pode ser um bom exercício físico, uma boa forma de queimar calorias, em substituição da caminhada. Nos dias de chuva e frio, então, é o substituto ideal.

 

3 - O sentido que fica no ar do "prémio por bom comportamento" ou "prémio de consolação" leva-me a concluir que, por vezes, vale a pena fazer o papel do coitadinho, nem que seja com um discurso baseado em suposições sobre o que aconteceria se... Jogos mentais é comigo!  

 

Talvez mais logo conte as cenas do capítulo que se seguiu... 

 

 

Domingo na bola ("Alservando..." # 2)

No domingo, a seguir ao almoço, decidimos ir ver o jogo do Benfica com o Nacional. Todos os anos vamos ver pelo menos um jogo do glorioso. E aí vai a gente, toda lampeira, quase em cima da hora e sem saber se haveria bilhetes disponíveis nas bilheteiras. Bem, sabíamos que na "candonga", às portas do estádio, costuma haver...

 

16472889_513984802105577_8503387502125127290_n (2)

 

Apanhámos algum trânsito ali ao pé deste grandioso edifício que podem ver na imagem acima. Afinal, a malta não vai a Lisboa só para ver o Benfica, que isso é para os adeptos fanáticos. Com o trânsito no "para arranca" ainda deu tempo para tirar uma fotografia a este outro grande edifício. Não se vê muito bem, porque está um bocado tapado pelo prédio aqui em frente, mas digam lá se o edifício... da NOS não é bonito! 

 

E lá chegámos a tempo ao estádio da luz. Afinal havia bilhetes nas bilheteiras. E conseguimos sair vivos das investidas dos vendedores de autocolantes e cachecóis. Uma senhora espetou-me um autocolante ao peito e pediu-me uma moeda, ao que eu respondi que não lhe tinha pedido autocolante nenhum. Arrancou-me aquilo com uma gáspea que só visto! Fiquei também a saber que a frase "A culpa é do Benfica" já domina os cachecóis à venda a 5€. Ser tricampeão aparentemente já não chega para os cachecóis... 

 

Lá dentro, durante o jogo, nada de novo: um público que vai para ali aliviar a tensão acumulada, com "foda-ses" e "cabrões" e "filhos da puta" e assobios sempre que há alguma decisão do árbitro contra o Benfica. Passei o jogo a levar com os impropérios e o fumo do tabaco de um indivíduo mesmo à minha frente. Ao lado dele, uma senhora também muito fumadora que só sabia dizer numa voz esganiçada muito provavelmente aquilo que ela conhece do futebol, que é que se chuta uma bola. Sempre que um jogador do Benfica tinha a bola, "chuta chuta chuta" e "aiiiii" e "iiihhhh" e "ohhhh", e levantava o braço numa espécie de saudação nazi sempre que em uníssono se ouvia "Benfiiiiica". 

 

Ó ali em baixo um dos cigarros assassinos! A voz assassina da mulher está mesmo ao lado, mas é baixinha, não se vê. A mulher, claro! A voz era outra estória... Ainda hoje ecoa nos meus ouvidos. 

 

16472974_513984825438908_8082938065936264712_n.jpg

 

Isto para dizer que cada vez me convenço mais que a maior parte das pessoas não vai ao futebol pela beleza do desporto em si, mas sim para obter um conforto de ver a sua equipa ganhar. E se não ganhar, pelo menos é uma forma de descarregar o stress. Parece uma batalha campal. Uma arena romana, onde lá em baixo lutavam os gladiadores e o povo assobiava e apontava a mão fechada com o polegar para baixo de vez em quando ao coitado do árbitro, como se fazia quando se desejava a morte do gladiador derrotado, em pleno império romano.

 

Eu aprendi a gostar de futebol vendo os jogos do meu filho ao fim-de-semana, desde os seus seis anos. Aliás, desde pequena convivi com futebol porque o meu pai levava-me à bola ao domingo, de vez em quando. Mas não gosto nada destas coisas que dominam o futebol. Quanto ao Benfica, ganhou por 3-0, como sabemos, e voltou a liderar a tabela. Vamos lá ver se se aguenta lá até ao final do campeonato. Espero que sim. Mas não sonho com isso de noite...

 

 

 

 

Tenho para mim...

... que se continuam a haver tantas manifestações contra o Trump, principalmente nos EUA em que a sociedade está ao rubro, qualquer dia ele vai ter que recorrer daquela velha estratégia política americana, que é engendrar uma guerra com algum país, para unir o povo americano à volta disso. Nada de novo. Uma daquelas que obrigue a enviar soldados americanos para lá para morrerem e serem heróis de guerra. Não há nada que o americano típico aprecie mais do que ter um herói de guerra morto na família, e fazerem-lhe um funeral com a urna envolta na "stars and stripes". 

 

 

Como eu comento as notícias do momento

1486042691233.jpg

(Fonte: http://emais.estadao.com.br/noticias/gente,beyonce-divulga-ensaio-fotografico-gravida,70001650486#galeria-30040)

 

 

Não é defeito! É feitio. Tenho quase sempre um olhar estranho sobre as notícias. Fixo-me em aspetos aos quais ninguém dá importância. 

 

Vejam o caso da gravidez da Beyoncé. É claro que reparei na parolice da sessão fotográfica do anúncio da gravidez, como todos. Mas não me fixei nisso. O que me fez desde logo confusão é o facto de ser mais uma figura pública a anunciar ir ter gémeos. Nunca repararam que há imensas estrelas de cinema e música com gravidezes de gémeos? Pergunto-me se todas farão fertilização medicamente assistida. Sendo a ocorrência de gémeos rara e verificando-se tantos casos nos "socialite", das duas uma: ou andam as figuras públicas a pagar para ter filhos (talvez não apreciem o método convencional ou quem sabe querem mesmo ter gémeos porque é "in" ou para despachar logo dois filhos de uma vez ou para escolherem o sexo dos bebés, será?), ou começo a acreditar em coincidências. 

 

 

 

Só eu é que vou bem!

Vamos cá ver uma coisa! Eu até sei dançar. Não sou nenhum pé de chumbo. Tenho "groove", acho que tenho jeito para interpretar a música e traduzi-la em movimentos. E adoro dançar! Adoro mesmo! Maaas, digamos que gosto de estilo livre. Nada de me quererem guiar os passos, que aí é só calos a levar pisadas. Eu é que sei para onde é que quero ir, se faço assim, se faço assado. Porque, para mim, a dança é uma interpretação pessoal da música e só assim sei usufruir dela. 

 

Além disso, há a razão mais prosaica, que é o facto de eu ter uma péssima orientação e sincronização. Por isso é que não frequento aulas de aeróbica ou zumba, a moda mais recente. Porque seria mais ou menos como aquele soldado na formatura do juramento de bandeira na tropa, cujos pais, a assistir, comentaram: "Mê rico menino. Só ele é que tem o passo acertado. Só ele é que vai bem!". Assim sou eu. Só eu é que vou bem. Os outros vão para a direita, eu vou para a esquerda e quase todos os movimentos eu executo com uns segundos de atraso em relação ao grupo. Sinto como se fosse preciso ser bruxo, adivinhando e antecipando o movimento que se segue, para acertar o passo com o grupo. E como eu de adivinhação não percebo, não vou lá. Além disso, atrapalha-me ainda mais o facto de estarmos virados para um espelho que reflete uma dezena ou duas de pessoas a esbracejar direita esquerda, esquerda direita, braços para ali, braços para acolá...

 

A única vez que frequentei uma atividade de dança guiada foram aulas de aeróbica há muitos anos. Durou um mês. Por um lado, lá está!, porque não acertava os passos ou era um esforço terrível para conseguir acertar e sentia-me mal por isso. Por outro lado, o objetivo era emagrecer e, nesse mês, consegui... adivinhem... engordar, pois claro. Aquilo dava fome, man

 

E porque é que eu me lembrei disto agora? Por causa deste vídeo que encontrei. Se não conseguiram visualizar acima a imagem que tentei descrever, cá está o que é! Ó pra mim ali do lado esquerdo. 

 

 

 

Emojis do sapo brincalhões

 

Conhecem certamente aquela sensação de desalento quando precisamos muito de uma coisa e não conseguimos encontrar. Um dia destes a Marta Elle falava nisso e como eu a compreendo! 

 

Acontece-me isso a toda a hora. E o mais enervante é que às vezes está debaixo do nariz e outras vezes encontro logo logo logo a seguir... a já não precisar. 

 

Podia dar inúmeros exemplos, mas vou dar um que me parece tão estranho, tão estranho, que penso que só acontece comigo. Envolve os emojis do Sapo, aqueles sapinhos verdinhos que servem para, de uma forma mais prática para a comunidade, transmitir emoções nos posts e comentários. Eu uso muito. Acho que dão muito jeito. O problema é que quando abro a janelinha, rara é a vez em que não tenha que passar os olhos pelos bonecos todos mais do que uma vez para encontrar o que pretendo rapidamente. E eles estão todos lá! Mas aquele que eu quero, chapéu! Escafedeu-se! E estão praticamente sempre no mesmo sítio. E eu olho, e olho e volto a olhar. E o que eu quero parece que está a jogar às escondidas comigo. É que é uma coisa mesmo recorrente em mim... 

 

O que é que acham que pode explicar isto, sem ofenderem a minha sanidade mental, faxavor? É que chego a entrar em paranóia e tenho que percorrer um a um, lentamente, todos os bonecos para encontrar aquele que quero. Isto não é normal! Não sei explicar isto, sinceramente. Parece um mecanismo qualquer do cérebro...

 

E hoje é isto, um não-assunto. Desculpem lá qualquer coisinha... Mas que me mói o juízo, mói!

 

 

emojis.jpg

 

Será que coloco demasiado de mim?

 

1916938_363365853834140_3175775800765713547_n.jpg

 

Hoje levanto aqui uma questão que ecoa na minha cabeça enquanto membro desta comunidade. Nas alturas em que penso em algo para abordar aqui no blog, invariavelmente equaciono se devo ou não devo fazê-lo. Tudo é sufragado pela minha consciência. É a velha questão da autocensura...

 

Não é que seja meu apanágio fazer textos de estilo demasiado lamechas emotivo e intimista, salvo raras exceções. No entanto, tudo o que transmito aqui pela escrita, ou mesmo nas entrelinhas (haja quem saiba ler o que não está escrito, e já aconteceu haver) vem do mais profundo do meu ser. Não finjo ser o que não sou. Não passo uma imagem diferente daquilo que sou. Vocês talvez me conheçam melhor do que algumas pessoas (apenas) fisicamente próximas. Só não me conhecem a cara. E isso talvez seja o menos importante, na realidade.

 

Mesmo assim, qual é a quantidade qb de nós próprios que podemos ou devemos imprimir aos nossos escritos para serem lidos por todos quantos tenham interesse neles? Nunca vos aconteceu pensar em algo para relatar mas recuar porque, ponderando bem o assunto, acham que é pessoal demais para partilhar com "desconhecidos"? Não me levem a mal mas, salvo raras exceções, e apesar da simpatia que possamos nutrir uns pelos outros, é o que acabamos por ser quase todos, uns dos outros - meros desconhecidos. Podemo-nos cruzar na rua, podemo-nos sentar ao lado no cinema, podemos até frequentar a mesma cabeleireira e não fazemos a mais pequena ideia da nossa "relação" na blogosfera. O que se chama a isso?

 

Até onde é razoável ir? Nós não somos uma ilha e tudo o que mostramos de nós aqui (e quem diz aqui, diz nas redes sociais em geral) arrasta necessariamente consigo outras pessoas que fazem parte das nossas vidas. Eu pergunto: é a atitude mais acertada colocarmos a nossa vida e a dos nossos nas mãos de quem não conhecemos? Partilhar momentos da vida, sentimentos, estados de alma, tudo o que temos de mais precioso? É que eu tenho uma confissão a fazer: cada vez que dou mais um bocado de mim, sinto algo que só consigo descrever como uma angústia inexplicável, como se perdesse mais uma pequenina parte de mim. Estranho, eu sei... 

 

Gostava, acima de tudo, de perceber se cada um de vocês sente o mesmo, se há algum tipo de empatia com o que estou a partilhar ou se se estão a marimbar para estas questões. Não se inibam de me chamar doida varrida dona de um discurso sem sentido. Ou então sejam brandos comigo. Pensem antes em mim como aquela a quem a mãe faleceu neste dia, há um ano, e logo tudo faz muito mais sentido. 

 

(Foto: própria, recordando a minha mãe)

 

 

Eu também já vi o La La Land (eu de dedo indicador no ar!)

16388087_510113222492735_8313732888085810342_n.jpg

 

Apesar de não ser apreciadora de musicais, no fim-de-semana passado lá fui eu ver o La La Land. Já estava a achar-me uma ave rara. 

 

Não vou fazer uma review à blogger pro nessa matéria, porque não sou cinéfila apesar de gostar de cinema. Só vos digo uma coisa. Já não me lembrava de ver uma sala de cinema tão cheia. Também com o marketing que tem havido à volta deste filme, não seria de estranhar. 

 

O filme? Achei engraçado, mas acho que daqui a uns anos não será recordado como um clássico da sétima arte. Mas vá, gostei especialmente da parte final em que... (não, não vou contar o final da estória, que pode haver por aí alguma ave rara pior que eu que ainda não viu o filme ) ... é feita uma abordagem às escolhas que fazemos nas nossas vidas e à nossa auto-determinação que pode mudar o rumo da nossa história e do nosso destino. Fez-me pensar... 

 

 

Pág. 2/2

Mais sobre mim

foto do autor

DIREITOS DE AUTOR (Decreto-Lei n.º 63/85 com as posteriores alterações)

Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

Calendário

Fevereiro 2017

D S T Q Q S S
1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728

Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mensagens

Em destaque no SAPO Blogs
pub