Diálogos improváveis numa família decente,... mas não na minha.
No final do dia de trabalho de ontem, os dois na cozinha, enquanto eu adiantava o jantar:
Eu: Ainda vamos caminhar hoje?
M: Se calhar é melhor não irmos. Ainda me dói aqui a perna do jogo do outro dia.
Eu: Desculpas! Assim, qualquer dia estamos duas baleias... E depois eu, estando muito gorda, não gosto de mim e como não gosto de mim, tu também não vais gostar de mim, e...
M: Não acontece nada disso! Não vamos caminhar, mas se te portares bem, pode ser que ainda ganhes alguma coisa logo à noite. (e dá-me uma palmada-apalpadela no rabo).
Dirty sex talk, my darlings! Dirty sex talk! (pensei eu, que tenho uma mente suja)
Notas:
1 - Por "eu portar-me bem" deve entender-se eu não o chatear e/ou ralhar por causa da roupa que eventualmente tenha deixado espalhada pela casa, ou qualquer coisa desse género. O que quer dizer que, nos homens, as vivências do dia, por exemplo, também podem funcionar ou como preliminares ou como inibidores do desejo. Futuramente, tentarei ter isto em conta quando for do meu interesse colocá-lo "in the mood".
2 - Releva desta conversa, a perceção de que a atividade sexual (na expetativa de que fosse isso a que se referia, claro!) pode ser um bom exercício físico, uma boa forma de queimar calorias, em substituição da caminhada. Nos dias de chuva e frio, então, é o substituto ideal.
3 - O sentido que fica no ar do "prémio por bom comportamento" ou "prémio de consolação" leva-me a concluir que, por vezes, vale a pena fazer o papel do coitadinho, nem que seja com um discurso baseado em suposições sobre o que aconteceria se... Jogos mentais é comigo!
Talvez mais logo conte as cenas do capítulo que se seguiu...