Sobre o concerto de ontem
(Foto Blitz)
O que dizer? Foi bom. Surpreendentemente bom. Um Robert Smith igual a si mesmo, que não desiludiu. A voz inconfundível e inalterada, parecia ainda a do rapaz de 30 anos nos anos 80 ao som da qual eu tanto dancei nas discotecas da moda na cidade onde estudei. Só a cabeleira desgrenhada já grisalha o afastava do negro integral a que estávamos habituados. Os olhos borrados de preto e os lábios vermelhos esborratados não consegui confirmar, lá do alto do balcão 2.
Um som agradável, como todos os que me remetem para os anos de uma idade em que não pensava muito na vida e limitava-me a viver, porque podia. Uma inconsciente responsável, assim era eu. Tenho saudades dessa "eu".
De volta aos "The Cure": à volta de três horas de concerto, muitas músicas novas (pelo menos eu não conhecia muitas delas) e fizeram não uma, nem duas, mas sim TRÊS encore. Tudo programado, claro, como é da praxe. Até deixaram algumas das mais conhecidas para essa altura do concerto. Mas pronto, denuncia ainda uma certa confiança dos velhinhos na casa dos 50. Já contavam ser chamados ao palco três vezes, quero dizer.
Se por ventura eu tivesse filmado e partilhasse aqui um video de muita má qualidade (ou dois ou três ou...) corria o risco de ir presa? E se fossem só pequenos excertos? Hã??? É melhor jogar pelo seguro, não é? Então, está bem. Partilho uns de dador anónimo, assim que conseguir...
Parece que não consigo. Mas estão no Facebook! É dar lá um saltinho.