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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

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Dos amores dos filhos...

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É a mim que o meu filho recorre quando precisa de um conselho, de uma opinião, ou quando quer confidenciar algum aspeto da sua vida. Mas só ele. A minha filha é muito fechada e dela não consigo extrair nada. Ele, pelo contrário, procura-me para partilhar variadíssimas situações, dúvidas, conquistas. Curiosamente ou não, nunca procura o pai.

 

Ontem, apesar de andarmos amuados nos últimos dias, ao final do dia abordou uma série de assuntos, numa conversa de mais de uma hora, só nós os dois. Fui confrontada com notícias deliciosas e com outras mais preocupantes que deixo para outra altura.

 

Vamos às deliciosas. O mesmo menino de 14 anos que há uns meses quis que eu falasse com ele sobre sexo, deu-me agora a conhecer um bocado da sua vida amorosa. Já tem a sua primeira namorada, uma menina que eu conheço. Fiquei a saber que namoram desde dia 1 de janeiro, e tudo começou na festa de passagem de ano à qual foram em casa de amigos.

 

"Mãe, mas queres saber como começámos a namorar? Eu soube fazer tudo como deve ser. Eu sou um gajo romântico. Não imaginas como foi romântico! Aposto que com o pai não  foi assim. () Foi durante as badaladas da meia noite que eu lhe perguntei se ela queria namorar comigo." 

"E depois, ela disse que sim?"

"Não. Deu-me um beijo. E todos bateram palmas e estão a torcer por nós."

"Realmente foi muito romântico, filho!"

 

Fiquei feliz com este relato. Claro que dei mil e um conselhos, nomeadamente disse-lhe para tratar sempre bem a menina e essas coisas todas. Mas achei tão giro. Será normal eu ficar tão feliz pelo meu filho, apesar de ele ser tão novo? Muitos acharão que é muito cedo para namorar e que eu não devia dar liberdade para isso. Mas não é delicioso que ele tenha abertura para me contar as suas histórias mais importantes e íntimas? E está apaixonado! Que maravilha!

 

Pois é! Neste momento, sou já uma mãe com uma "nora" e um "genro" (a minha filha também já namora há mais de um ano com um rapaz). E nunca pensei que fosse enfrentar isso com tanta naturalidade. Gosto deles! Talvez seja prematuro gostar deles, mas gosto. Percebi que talvez venha a ser uma sogra "fixe". 

 

Pelo menos, foi assim que, num "ai", deitei para trás das costas uma das ralações que me apoquentava, o sentimento de impotência saído dos conflitos de gerações dos últimos tempos. Afinal talvez não seja assim um ser tão desprezível aos olhos dos meus filhos adolescentes...

 

 

7 comentários

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    Maria Mocha 06.01.2017

    Não sei se é verdade ou não em todas as situações, mas de facto o meu filho tem mais à vontade para me confidenciar aspetos da sua vida do que a minha filha. Mas também a minha filha é mais fechada por natureza. Talvez não tenha a ver com o sexo deles...
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    Narciso Santos 06.01.2017

    Os meus filhos só querem a mãe. Mas ainda são pequenos. Quando forem maiores quererão o Pai, nem que seja para lhe pedir dinheiro.
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    Maria Mocha 06.01.2017

    keep on dreaming!...
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    Narciso Santos 06.01.2017

    Se forem como o teu até aos 14 anos, estou safo.
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    Maria Mocha 06.01.2017

    Se forem como o meu, é certo! Confidências é só comigo!
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    Narciso Santos 06.01.2017

    Que os meus sejam como o teu.
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