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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

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Notas mentais sobre abstinência sexual nos reality shows e na vida

 

Não sigo reality shows. E não é porque ache que lá se retrata a decadência humana e a ignorância da geração dos gadgets e do vocabulário reduzido a meia dúzia de vocábulos, quase todos mono ou dissilábicos. Por acaso acho mesmo, mas não é por isso, até porque já segui este formato no início, por curiosidade e interesse em "alservar" (lembram-se que eu gosto de "alservar" o comportamento e a natureza humanos!?). É que estes programas permitem uma boa análise psicológica e sociológica do ser humano e da sociedade em que vivemos, pelo menos de uma grande franja dessa sociedade. Mas, quando nos é dado a ver ano após ano mais do mesmo, a malta cansa de tantos "tipo" "manos", saltos de 20 cm, "six packs", silicone e cenas dessas. É plástico demais. É culto da aparência a mais. É cérebro a menos. 

 

Tudo isto para dizer o quê, Maria? Avança! Estás esquecida de que dia é hoje, mulher? 

 

Bem, não sigo o formato, mas dei de caras com um vídeo nas redes sociais que não resisti a ver. Porquê? Porque nele, os intervenientes (dois homens e uma mulher de seus nomes Carlos Sousa, Gonçalo Quinaz e Eliane) falam sobre sexo e sobre a forma como se desenvencilham durante aqueles meses em que estão enclausurados, 24 sobre 24 horas com câmaras apontadas e as imagens a transmitir nas casas dos portugueses. É algo que sempre me fez alguma confusão, sinceramente, e a propósito desse vídeo, quero partilhar aqui convosco algumas notas mentais e conclusões que formulei:

 

Em primeiro lugar quero registar a forma aberta e relativamente despudorada (sem sombra de conotação negativa, atenção!) com que falam sobre masturbação e um dos homens assume tê-la praticado lá em frente às câmaras de forma reiterada porque já estava quase a trepar pelas paredes. Os homens falam! Sim, porque a mulher, pelo menos naquele trecho do vídeo, nem ai nem ui! Limita-se a ouvir e até a achar graça, mas não abre a boca para falar de si e da sua experiência. Está certo. Está a cumprir o seu papel de género, o esperado, na perfeição. Curiosamente, também os homens nunca pronunciam a palavra "masturbação", pelo menos que eu me tenha apercebido. Este assunto ainda tem que ser abordado em código, com meias palavras, mesmo pelos homens. 

 

Em segundo lugar, a descrição do estado da pessoa (no caso, o homem) em abstinência sexual. É anti-natura, de facto. O sexo com orgasmo é uma necessidade fisiológica do ser humano e dos bichos em geral. A diferença entre homens e mulheres é que os homens justificam-na fisiologicamente com a necessidade de esvaziar o armazenamento de espermatozóides. Nas mulheres, libertam-se sobretudo as tensões acumuladas, e já não é pouco. Se libertam! O orgasmo é o melhor instrumento para aliviar o stress feminino, devido à libertação de endorfinas, que agem como um calmante natural. É que, e desculpem as meninas, mas tenho que dizer: a mulher é, por natureza, emocionalmente instável. Difere do homem mais ou menos de acordo com o que é retratado na imagem abaixo. Também não é fácil ser mulher, convenhamos, com todas as atribuições que a mulher normalmente tem e ainda as questões hormonais. Mas nem tudo está perdido, existe uma terapeutica que resulta muito bem. Para obter uma maior constância, nada melhor do que um orgasmo. Acresce que o companheiro participar nas tarefas domésticas é um excelente preliminar. Simples. 

 

Mais haveria para retirar do vídeo, como os sonhos eróticos que também são abordados na conversa por exemplo, mas fica para outra oportunidade, que este post já vai longo.

 

Uma boa semana, para todos e todas. Uma semana que propicie a constância emocional desejada e necessária. 

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10 comentários

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    Maria Mocha 30.01.2017

    A sério? Ai os fingidos! E dizia ele que nunca tinha conseguido aliviar-se sozinho. Parecia querer dizer-se envergonhado de o fazer. Agora acompanhado já consegue...
    Tenho um colega que é assim muito pudico. Até faz impressão, nos tempos que correm.
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    Sara 30.01.2017

    deve ser da idade, deve ter ficado mais tímido!
    é que nós até lhe estávamos a querer ensinar como conquistar uma mulher, que o jeito dele para tal era nulo, mas o rapaz ficava muito incomodado! para ele só se pode fazer amor, nada mais, cruzes credo.
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    Maria Mocha 30.01.2017

    Olha, o colega de que eu falei é casado, mas até temos medo de falar qualquer coisa fora do risco ao pé dele. Leva sempre tudo para a malícia. Acha que não se deve sequer brincar com o assunto, porque as pessoas podem falar... Só de ser visto sozinho ao pé de uma de nós, já fica todo incomodado. É mesmo retrógrada. Imagino que a mulher dele deve ter muita pouca sorte na intimidade, coitada...
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    Sara 30.01.2017

    deve ter pouca sorte mesmo! a senhora deve ter de esperar que o marido tome a iniciativa, só deve conhecer uma ou duas posições... não tenho paciência para nenhum deste tipo de personalidades! xD
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    Maria Mocha 30.01.2017

    Ui! Nem quero pensar no tipo de relação que têm. Deve ser tudo pecado. Para ele não deve ser problema, que se amanha bem na mesma. Agora para ela, com um homem assim...
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    Sara 30.01.2017

    bem... se ela não estiver satisfeita e não tiver uma mentalidade assim tão retrógrada, também arranja solução, tal como ele. certamente irá experimentar sensações que ele nunca lhe deu a conhecer!
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    Maria Mocha 30.01.2017

    Oxalá, coitada. Quando a vejo, e conhecendo o marido, não consigo deixar de imaginar-lhe uma existência muito nhec.
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    Sara 30.01.2017

    acredito... não a conhecendo, mas espero que seja capaz de se autossatisfazer! ninguém merece uma vida assim.
    no extremo oposto, temos a minha colega que queria que a acompanhasse para comprar lingerie comestível ou outra colega que, ao saber que sou lésbica, queria saber tudo o que já tinha feito... isto no primeiro contacto que tivemos! não foram experiências agradáveis...
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    Maria Mocha 30.01.2017

    Também tens a tua coleçãozita de insólitos!
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