Sobre mim: a malcriadona!
Se há coisa que detesto é que me apareçam a bater à porta desconhecidos para me impingir alguma coisa. Seja um vendedor para propor uma transação comercial, sejam os jeovás para me apresentarem o paraíso, seja quem for. Até mesmo conhecidos, às vezes não me cai bem que apareçam sem avisar para alterar a minha rotina e invadir a minha privacidade. Gosto de visitas, sim, mas planeadas e combinadas. Fora isso, gosto de usufruir do sossego da minha casa, lá está!, em sossego.
Um dia destes calhou aparecer um indivíduo da eletricidade, que eu nem sequer cheguei a ver, por sinal. Está a pessoa no seu lar, em t-shirt e cuecas a pavonear orgulhosamente a sua celulite, no curto tempo ao fim do dia em que consegue usufruir da sua casa, e aparece-lhe alguém a atrapalhar, o que é que a pessoa faz? Esta pessoa pergunta quem é sem abrir a porta, ouve a resposta, pede imensa desculpa e diz que respeita muito o trabalho do indivíduo mas naquele momento não pode abrir sequer a porta e atender porque está em trajes menores. Tudo verdade! E do outro lado? Uma reação de desconcerto e um pequeno esgar de riso quase inaudível. Foi evidente que nunca lhe tinham apresentado o argumento da (semi)nudez... Mas, sem mais insistência, lá se foi.
Por isso, já sabem. Se não quiserem ser incomodados(as), não cheguem sequer a abrir a porta e digam que estão nus, para não dar hipótese de começarem a desenrolar-vos o fio de uma conversa que depois é mais difícil interromper. Esse é o segredo. Malcriada? Bicho do mato? Não quero saber! Hoje em dia já só abro a porta se, e quando, eu quero e a quem eu quero. Seja a porta de casa, seja a do coração. Literal e metaforicamente, portanto! Malcriadoooona!!!
(Imagem: http://www.cacodarosa.com/admin/fotos_noticias/15_01_2015_jgmiokek.jpg)