Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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Domingo foi dia de concerto. Ariana Grande já retomou a digressão, após os acontecimentos de Manchester, e lá fez o seu concerto prometido para Lisboa desde que falhou o Rock in Rio do ano passado.
Levámos os nossos filhos e os respetivos namorados. E lá foram eles, todos contentes e felizes. Quanto a nós os dois, os cotas, ficámos um bocado à fresca a observar as medidas de segurança. Não me pareceu haver grande reforço de segurança, a não ser ausência de circulação automóvel e alguns (poucos) agentes a pé e de mota.
Aproveitámos o restante tempo de espera para um jantarinho a dois, na esplanada do Vasco da Gama, eu sempre com o olho no espaço circundante ao Meo Arena e o ouvido nos sons do concerto que se conseguiam ouvir. Confesso que demorei a conseguir desligar-me da consciência de que os miúdos estavam lá dentro num contexto tão conotado com o atentado do concerto de Manchester. Irracional, eu sei! Afinal, normalmente esses atentados acontecem onde e quando menos se espera. Mas o que é que hei de fazer? Mães...
Ah! Os miúdos adoraram o concerto. E eu fiquei feliz que se tenham divertido.
Sei que as nossas preocupações mundanas são muito pequeninas perto das mortes que novamente ocorreram por culpa de um alegado fanático que se resolveu fazer explodir em nome de um deus ou de um profeta ou o raio que o parta. Nem há nada que eu diga que descreva o terror que me suscitam situações como a que se passou no Arena de Manchester, Reino Unido, no final do concerto da Ariana Grande, na última segunda-feira.
Mas há um aspeto que quero partilhar convosco e que nos leva para o título deste post.
A minha filha é fã incondicional desta cantora. Delira com as canções dela, vá-se lá saber porquê! Por esse motivo, um concerto da Ariana Grande seria a melhor prenda que lhe poderíamos dar.
Ela merecia, por isso demos! Comprámos bilhete para o Rock in Rio no ano passado, mas a cantora falhou a presença, alegando motivos de doença. Apesar de podermos reaver os bilhetes, acabámos por ir na mesma ver Charlie Puth, Avicii e Ivete Sangalo (esta última acabou por atuar duas vezes no Rock in Rio 2016).
"Não faz mal, filha. Ela prometeu vir cá no próximo ano e compramos-te o bilhete nessa altura". E comprámos! 11 de junho será (ou seria?) a data do concerto inserido na Dangerous Woman Tour, no Meo Arena. Mas agora tenho a impressão que ainda não é desta, uma vez que alegadamente a cantora suspendeu a digressão europeia. Nada que eu não adivinhasse logo que vi a notícia do atentado em Manchester.
Eu confesso que sinto medo, cada vez que me encontro em locais apinhados de gente. Ocorre-me sempre a possibilidade de que algo como o que se passou no Reino Unido, e em tantos outros locais anteriormente, aconteça. E o facto de ter ali os bilhetes guardados para os meus filhos irem assistir a um concerto da mesma cantora, em cujo último concerto aconteceu aquilo que aconteceu, aterroriza-me. Que agonia tão grande imaginar que poderia ser com os meus...
Repito: a eventualidade de não se realizar novamente o concerto não tem importância nenhuma ao pé do sofrimento dos familiares e das vítimas atingidas por mais este ato suicida. Mas que está engalinhado ou enguiçado, lá isso está!
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