Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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O Sapo pede, a malta obedece! Apesar de talvez já vir tarde, também quero aqui usar a tag Benfica, apesar de o tema futebol e Benfica não cumprir a agenda da segunda-feira...
Pensando bem...
Posso sempre brincar com as palavras e, fazendo uma ligação forçada improvável, com uma dose de brejeirice, recorrer a uma expressão popular dizendo por exemplo que o Benfica jogou em casa no fim-de-semana (get it?) e nem por isso deixou de marcar marcou 5 golos. Daqui se conclui que afinal jogar em casa é o contexto ideal para levar a cabo uma goleada.
Desta é que não estavam à espera!
Cof cof cof...
Pois... Não... Também nunca achei graça nenhuma à expressão. O que a pessoa faz para cumprir calendário! Desculpem lá! É que eu é mais casamentos e batizados... Mas pronto, sempre ofereci uma espécie de humor "nonsense". Mal conseguido, mas não deixa de o ser...
Por esta altura já há por aí quem considere aconselhar-me tratamento especializado... num sanatório... com internamento... e camisa de força!
Temos, no dia de hoje, uma espécie de nova versão dos "três F", os três pilares da ditadura de Salazar para a pacificação e alienação da população: "Futebol, Fado e Fátima".
Não mentir nem receber nenhuma mentira. Acho pouco civilizada essa coisa de inventar cenas e espetar petas às pessoas, algumas de muito mau gosto, por sinal... Nunca achei piada à tradição deste dia (cuja origem desconheço, confesso) e não vai ser agora que vou achar, lamento. Ainda ontem, ainda não era 1 de abril (obviamente, se era ontem... daaaa) e já circulava por aí que o Ruy de Carvalho tinha morrido, por exemplo. Não sei se estará relacionado com o dia das mentiras, mas não consigo ver nenhuma piada em levantarem-se boatos destes, sinceramente.
E, no final, que a verdade contada no dia 2 de abril seja a da vitória do Benfica!
No domingo, a seguir ao almoço, decidimos ir ver o jogo do Benfica com o Nacional. Todos os anos vamos ver pelo menos um jogo do glorioso. E aí vai a gente, toda lampeira, quase em cima da hora e sem saber se haveria bilhetes disponíveis nas bilheteiras. Bem, sabíamos que na "candonga", às portas do estádio, costuma haver...
Apanhámos algum trânsito ali ao pé deste grandioso edifício que podem ver na imagem acima. Afinal, a malta não vai a Lisboa só para ver o Benfica, que isso é para os adeptos fanáticos. Com o trânsito no "para arranca" ainda deu tempo para tirar uma fotografia a este outro grande edifício. Não se vê muito bem, porque está um bocado tapado pelo prédio aqui em frente, mas digam lá se o edifício... da NOS não é bonito!
E lá chegámos a tempo ao estádio da luz. Afinal havia bilhetes nas bilheteiras. E conseguimos sair vivos das investidas dos vendedores de autocolantes e cachecóis. Uma senhora espetou-me um autocolante ao peito e pediu-me uma moeda, ao que eu respondi que não lhe tinha pedido autocolante nenhum. Arrancou-me aquilo com uma gáspea que só visto! Fiquei também a saber que a frase "A culpa é do Benfica" já domina os cachecóis à venda a 5€. Ser tricampeão aparentemente já não chega para os cachecóis...
Lá dentro, durante o jogo, nada de novo: um público que vai para ali aliviar a tensão acumulada, com "foda-ses" e "cabrões" e "filhos da puta" e assobios sempre que há alguma decisão do árbitro contra o Benfica. Passei o jogo a levar com os impropérios e o fumo do tabaco de um indivíduo mesmo à minha frente. Ao lado dele, uma senhora também muito fumadora que só sabia dizer numa voz esganiçada muito provavelmente aquilo que ela conhece do futebol, que é que se chuta uma bola. Sempre que um jogador do Benfica tinha a bola, "chuta chuta chuta" e "aiiiii" e "iiihhhh" e "ohhhh", e levantava o braço numa espécie de saudação nazi sempre que em uníssono se ouvia "Benfiiiiica".
Ó ali em baixo um dos cigarros assassinos! A voz assassina da mulher está mesmo ao lado, mas é baixinha, não se vê. A mulher, claro! A voz era outra estória... Ainda hoje ecoa nos meus ouvidos.
Isto para dizer que cada vez me convenço mais que a maior parte das pessoas não vai ao futebol pela beleza do desporto em si, mas sim para obter um conforto de ver a sua equipa ganhar. E se não ganhar, pelo menos é uma forma de descarregar o stress. Parece uma batalha campal. Uma arena romana, onde lá em baixo lutavam os gladiadores e o povo assobiava e apontava a mão fechada com o polegar para baixo de vez em quando ao coitado do árbitro, como se fazia quando se desejava a morte do gladiador derrotado, em pleno império romano.
Eu aprendi a gostar de futebol vendo os jogos do meu filho ao fim-de-semana, desde os seus seis anos. Aliás, desde pequena convivi com futebol porque o meu pai levava-me à bola ao domingo, de vez em quando. Mas não gosto nada destas coisas que dominam o futebol. Quanto ao Benfica, ganhou por 3-0, como sabemos, e voltou a liderar a tabela. Vamos lá ver se se aguenta lá até ao final do campeonato. Espero que sim. Mas não sonho com isso de noite...
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