Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
Eu e o M estamos de regresso às caminhadas ao fim do dia de que falava no outro dia. Há meses que não fazíamos e estas duas semanas de janeiro conseguimos fazer 2 caminhadas de cerca de 40 minutos. Nada mau para começar.
E olhem só um dos modelitos que usei. Comprei este ano porque achei graça. "I'm not a blogger", diz. E eu sinto-o. Continuo a não achar que seja uma blogger, apesar de cá andar há quase um ano (embora mais assídua nos últimos meses). Continuo a sentir-me aquela naba que sentia no início. Acho que não nasci para isto. Mas vou ficando, enquanto não aparecer por aí ninguém a mandar-me embora. Eheheh!!!
Tenho uma mente acelerada demais. Viajo de um pensamento para outro rapidamente, tenho um cérebro errático, o que em várias ocasiões me dificulta usufruir da vida ao máximo. A qualquer momento o meu pensamento divaga para assuntos mundanos como: tarefas domésticas a fazer, planos para agendar, problemas no trabalho, episódios que se passaram e que me marcaram (acontece muito devido à tendência que tenho para “empreender” sobre as situações vivenciadas), um sem-número de preocupações que me impedem muitas vezes de gozar o momento que estou a viver, o aqui e agora.
Há um conceito agora muito na moda - “mindfulness”, que aponta para essa capacidade de viver o presente, de controlar o pensamento e focar a mente para usufruir de cada momento vivido, sem outras interferências nefastas.
Bem, esta introdução foi só para partilhar que fui recentemente convidada a participar numa sessão de “mindfulness”. Será ao ar livre, num parque, no final deste mês. Não faço ideia do que seja, mas pondero ir. Acho que eu sou mesmo o tipo de pessoa a quem dava jeito dominar a técnica, para meu bem e dos que me rodeiam. Tenho noção de que muitas vezes não gozo a vida ao máximo e prejudico gravemente a de quem convive comigo. Do estilo de umas meias no chão provocarem um acesso de nervos e estragarem um serão, assim de repente. Desse género! Tenho que me controlar, realmente.
Um dia, uma colega disse-me que era como eu mas que acabou por desistir de ter tudo certinho como gostava na vida, nomeadamente de ter os filhos perfeitos, e a partir daí a sua convivência com a família – no caso, marido e filhos – melhorou significativamente. Se não os podes vencer, junta-te a eles, certo? Gostava de atingir esse patamar de autodomínio. Mas receio não conseguir alcançar esse tal ponto de concentração. Sou mais do estilo “mind full” do que “mindful”…
Voltando à tal sessão: e se depois eu “chumbo” nos exercícios? Eu não sei lidar bem com o insucesso! Bem, posso sempre fingir que estou “concentradíssima, sócio”. Afinal, não são raras as vezes em que deixo de ouvir algumas pessoas que são tagarelas, maçadoras, “chatas como a potassa” e ninguém nota nada. Sou perita nisso. Talvez vá, afinal…
(A foto dos amores-perfeitos foi tirada numa caminhada com o M. Só para dizer que retomamos as nossas caminhadas! Yay! Fizemos duas esta semana. Devagarinho, isto vai! )
Gostava de ter a força de vontade de algumas pessoas, para conseguir seguir um esquema de alimentação e exercício físico que me mantivesse sempre na linha. Mas não consigo ser disciplinada neste campo. O que é que eu hei de fazer?! É que eu tenho dois entraves fortes que me impedem: adoro comer e detesto fazer exercício. E como já passei por situações difíceis na vida, como foi o caso do cancro de mama com tudo o que isso significa na vida de alguém, custa-me abdicar do que gosto e sacrificar-me a fazer o que não gosto. Sei lá quanto tempo ainda andarei por cá! Vou viver infeliz?
O pior é que também me sinto infeliz sempre que penso que já não sou elegante como fui e me sinto mais desleixada. É difícil... Estou a chegar àquele ponto em que sinto que preciso fazer algum exercício físico, e fechar a boca, sob pena de a roupa deixar de me servir e me sentir cada vez pior com a minha imagem. Ainda por cima caminhamos para o verão a passos largos...
No sábado passado consegui fazer uma caminhada com o M. Fazemos as caminhadas sempre juntos e há fases em que somos bastante assíduos, mas já há bastante tempo que não tínhamos tempo e força de vontade para as fazer. Sábado lá fomos e fez-me bem, apesar de ter feito uma distensão na virilha e de ainda hoje me doerem as articulações. É só ferrugem...
Agora temos é que continuar! Vamos lá ver se conseguimos. É só sofrer!
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