Doce ou travessura?
Com todo o respeito, Sr. Padre Fontes lá de Montalegre, tenho que assumir que não acho graça nenhuma a estas tradições anglo-saxónicas laicas importadas. Acho uma autêntica heresia.
E não são só as bruxas celebradas hoje! Tal como estas foram importadas, também:
o Pai Natal foi uma importação que veio substituir o menino Jesus e, ainda por cima, existe em chocolate, o que é uma grande vantagem blasfémia,
e a árvore de Natal enfeitada (que eu, herege, também carrego com bonecos de chocolate!) já domina sobre as figuras de barro do presépio,
e o calendário do advento (com chocolates escondidinhos a dar aquele toque de surpresa, invenção dos céus do demo!) já começa a ter lugar cativo no mês de dezembro em muitas casas,
e o coelho da Páscoa e os ovos (de chocolate, pois claro!) já têm espaço mais preponderante do que o tradicional português folar da Páscoa e até do que a celebração da ressurreição de Jesus, Deus os perdoe,
e o S. Valentim a acenar com caixas de bombons de chocolate em forma de coração já é mais casamenteiro do que o Santo António,
e...
.....
Espera lá! Elemento comum: CHOCOLATE?!
Vendo bem, eu adoro tradições importadas! E desta também haveria de gostar, se andasse de porta em porta "à mama" de chocolates e outros doces, como os meus filhos farão mais logo pela calada da noite, em bando, vestidos de preto e maquilhados ou mascarados de bruxas e monstros, com uma carrada de amigos, a sondar os vizinhos com "Doce ou travessura?".
Por isso, Maria, deixa-te de merdas críticas! Este post acaba aqui!
PS:
Texto escrito propositadamente com um toque de nonsense e com alguma ironia mordaz. Uma espécie de "travessura doce"...
Espero não ferir suscetibilidades. Se ferir, tá-se bem na mesma, que as alegadas bruxas já não são queimadas na fogueira, em nome de Deus, desde que findou a Idade das Trevas.
Feliz Halloween!!!