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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

Um azar nunca vem só...

Tudo nesta vida é relativo. As questões que para nós são de importância vital alteram-se e as prioridades invertem-se num abrir e fechar de olhos. As circunstâncias da vida a isso obrigam.

 

E eu sou lembrada desse facto demasiadas vezes, mais vezes do que gostaria. Desde os 39 anos que vou acumulando problemas de saúde, desde o mais grave de todos a outros mais pequenos, mas que parece que vêm ter comigo para me lembrar a todo o momento da vulnerabilidade da existência humana, da minha existência.

 

Cá continuo cheia de dores e a coxear com a maldita lombociatalgia. Coxear é um eufemismo. Pareço uma boneca (des)articulada agarrada às paredes e aos móveis. No outro dia, já lavada em lágrimas com as dores , dizia a uma amiga que sinto que estou sempre a ser posta à prova. Amiga que é, ela respondeu-me que isso acontecia porque eu sou lutadora e aguento tudo. Ou seja, segundo ela os problemas graves de saúde aparecem a quem tem estofo para suportar. Será? Nesse caso, triste destino o das pessoas fortes! Preferia ser uma flor de estufa.

 

Desculpem o tom choroso deste texto. Estou mesmo aflita com as dores que não vejo jeito de irem embora. É hoje de todo impossível conferir algum humor a isto...

 

E, para além das dores, como um azar nunca vem só, tenho uma questão que me está a preocupar. Como é que vou dar a volta a esta ciática para conseguir ir ver "The Cure" no Meo Arena na próxima terça-feira? Começo a ficar convencida que não vou... Porque é que eu nunca pago a quantia extra do seguro para o caso de um infortúnio como este? Bem, é melhor não pensar nisso, que o mais certo seria a ciática não estar coberta para devolução do preço dos bilhetes. Com seguros não é de fiar. 

 

Meus ricos bilhetes! Meu rico dinheirinho! Minha rica saúde! 

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Tou... de molho!

Quando eu ontem dizia que a sexta-feira era o meu dia preferido, não queria propriamente referir-me a isto:

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Mas foi exatamente isso que eu recebi de presente, que é para aprender que a felicidade e o bem-estar não têm que depender do dia da semana. E ainda vos poupo obviamente à documentação fotográfica do momento da injeção no rabo, esse sim o ponto alto deste meu dia que auspiciava tantas coisas boas. Realmente, há ironias do destino que parecem obra do tinhoso... o cosmos a conspirar contra nós...

 

Não poderia ter tido uma pior sexta-feira do que a que tive ontem. Depois de uma noite de quinta para sexta já mal dormida com dores na perna, iniciei o dia de sexta a coxear e a sentir que era cada vez mais difícil pousar o pé no chão. Basicamente fui-me sentindo cada vez mais incapacitada, deixando de poder usar a perna para andar. Mesmo assim, fui trabalhar, já que posso passar o tempo sentada em frente à secretária. Aguentei-me até às 16:30h, altura em que já me arrastei (literalmente!) até ao carro para ir para casa. Conduzi com dificuldade, mas lá cheguei. De casa, o M levou-me para as urgências do hospital. Eram já dores atrozes, um sofrimento indescritível. Tive que entrar em cadeira de rodas, já não conseguia evitar as lágrimas. Pulseira amarela. Apesar da greve da função pública (o que à partida significaria a transformação de um dia mau no hospital, num dia ainda pior), fui atendida rapidamente e deram-me também rapidamente o tratamento para o diagnóstico de lombociatalgia, vulgo dor ciática. Uma estreia para mim! 

 

Agora o que me espera? Repouso, medicamentos para as dores, emplastros e compressas quentes húmidas. Sou sempre uma doente muito mal comportada, mas desta vez vou tentar cumprir tudo escrupulosamente. Só espero que seja o suficiente para ficar boa depressa. 

 

Moral da história: Qual sexta qual quê!? Eu quero é muitas segundas-feiras com saúde!

 

 

 

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DIREITOS DE AUTOR (Decreto-Lei n.º 63/85 com as posteriores alterações)

Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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