Sporting, Bruno de Carvalho e a sétima arte.
Nero a tocar lira enquanto Roma arde. Um papel brilhantemente desempenhado por Peter Ustinov em "Quo Vadis".
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Nero a tocar lira enquanto Roma arde. Um papel brilhantemente desempenhado por Peter Ustinov em "Quo Vadis".
Foi mais ou menos isto:
Por falar nisso, tenho que ver o "Moonlight". Será que ainda está nas salas de cinema? Ou noutro local qualquer, se é que me entendem... É que se calhar é desta que me vou estrear a ver um filme na internet, uma coisa que nunca fiz. Por um lado porque me parece desvirtuar de alguma maneira qualquer filme feito para cinema. Por outro lado porque sempre achei que era ilegal e, como tal, poderia incorrer num crime punido por lei. Tenho medo de ir presa, gente! Mas agora vejo que muita malta vê filmes dessa forma. Aparentemente o crime é só de quem cria e gere esses sites/programas específicos piratas. Ou não? Qual é que aconselhariam? Podemos falar disto abertamente?
É assim que começa "Silence", como que a intimar a plateia a preparar-se e concentrar-se para os minutos seguintes de um filme com alguma densidade. (É verdade. Fiz batota e tirei esta fotografia no cinema. Só esta. Não digam a ninguém. )
É um filme de 2016, de Martin Scorsese com Andrew Garfield, Adam Driver, Liam Neeson, Tadanobu Asano, Issei Ogata, Shinya Tsukamoto, Yoshi Oida, Yosuke Kubozuka, Ryo Kase e Nana Komatsu, entre outros.
Fomos ver este filme há dois fins-de-semana e digo-vos que valeu muito a pena. Gosto de filmes históricos. Trata-se de um filme que aborda o cristianismo e a evangelização levada a cabo pelos jesuítas (neste caso, portugueses), onde também há espaço para o questionamento da legitimidade da imposição do cristianismo aos outros povos (no filme, ao povo japonês, no século XVII).
"Silêncio" baseia-se no best-seller homónimo de 1966, escrito pelo japonês Shusaku Endo, tendo-lhe valido o prestigiado Prémio Tanizaki. Aborda um pouco da História do nosso país. É mais uma oportunidade para dar a conhecer aos povos mais tacanhos e obtusos (como os americanos) que Portugal não é a mesma coisa que Espanha. Só lamento não ter sido mais explorada a língua portuguesa. Já se sabe que, comercialmente, não é uma língua suficientemente vendável. Ainda se fosse espanhol, os gringos talvez apreciassem mais e a produção era tudo logo à doida. Mas assim, ficamo-nos por alguns apelidos portugueses e pouco mais.
Comecei por dizer no título que este post não era um "review". Não é mesmo, que eu não sei fazer nada disso. Deixo, por isso, o trailer. (Como é que se chamava aquele cinéfilo, personagem do Herman, que dizia "Let's look at a trailer"?)
Apesar de não ser apreciadora de musicais, no fim-de-semana passado lá fui eu ver o La La Land. Já estava a achar-me uma ave rara.
Não vou fazer uma review à blogger pro nessa matéria, porque não sou cinéfila apesar de gostar de cinema. Só vos digo uma coisa. Já não me lembrava de ver uma sala de cinema tão cheia. Também com o marketing que tem havido à volta deste filme, não seria de estranhar.
O filme? Achei engraçado, mas acho que daqui a uns anos não será recordado como um clássico da sétima arte. Mas vá, gostei especialmente da parte final em que... (não, não vou contar o final da estória, que pode haver por aí alguma ave rara pior que eu que ainda não viu o filme ) ... é feita uma abordagem às escolhas que fazemos nas nossas vidas e à nossa auto-determinação que pode mudar o rumo da nossa história e do nosso destino. Fez-me pensar...
Vi este filme ontem à noite, no Canal Hollywood. Um filme de 2011 do realizador Roman Polanski, com Kate Winslet, Jodie Foster, John C. Reilly, Christoph Waltz, que eu nunca tinha visto.
Foi, por isso, uma estreia para mim e uma agradável surpresa. Um espetáculo! A revelação da natureza humana ao mais alto nível. Logo, de escavacar a rir! Um "must watch"! Recomendo vivamente.
Aquela perspetiva de uma curta viagem até à praia de que falei, com estada de uma noite e tudo, não se concretizou. E assim, cá estou eu dentro de portas, com um dia primaveril tão lindo lá fora. A dita foi inviabilizada por um teste de Matemática que necessita de preparação e estudo. Ser pai/mãe/educador também é isto. Fazemos planos para uma escapadinha num fim-de-semana em que finalmente o craque não tem jogo e ficamos a saber quase na véspera que a princesa tem um compromisso inadiável com números e contas. Enfim… uma boa nota a Matemática, a concretizar-se, compensará a desilusão.
Depressa me adaptei a esta nova realidade de um domingo de clausura. Substituí o alardear por aí do meu novo look, por uma limpeza e arrumação dos armários da cozinha. Que tal? E não é que estou nas minhas sete quintas?! Também eles, os armários, ganharam um novo look!
Foi a compra, no sábado, de uns pratos rasos e de sobremesa novos que eu já andava a ambicionar há um tempo (para combinar com os de sopa que comprei nos saldos deste outono-inverno, que serviu de pretexto para a limpeza e arrumação que fiz hoje. Estou satisfeitíssima com o resultado. Aproveitei para redistribuir e reposicionar as loiças, deitar fora coisas velhas que já não me fazem falta nenhuma e desta forma rentabilizar os espaços. Tenho um gosto quase obsessivo-compulsivo por ter tudo imaculadamente alinhado e organizado. Só não chega a ser doentio porque no dia-a-dia raramente consigo ter tudo nos sítios como gosto e conseguir viver com isso dá-me a garantia de que não chego ao ponto de ter que ser vista por um psicólogo.
Foi também no sábado que fomos ver, os quatro (como eu gosto), o filme português do momento: “O amor é lindo… porque sim!”. Até gostei e ri-me um bom bocado, principalmente com a personagem da Maria Rueff. Apesar de achar a prestação de alguns atores e a estória (o guião) frágeis em alguns momentos, gostei do tipo de humor caricatural de alguma sociedade portuguesa, também com algum “nonsense” à mistura. A meu ver, os cenários foram também bem escolhidos, tanto as cenas de exteriores passadas nas ruas de Lisboa, como os interiores da Casa dos Patudos, em Alpiarça (a casa-museu residência de José Relvas que eu já visitei e recomendo vivamente) e o Museu da colecção Berardo (que tenho planos de visitar em breve).
Valeu a pena. O que é português é bom!
E assim se passou a correr mais um fim-de-semana, com saúde, em família, com novidades na minha cozinha. Apesar do trabalho que tive, de estar cheia de dores nas costas e de sentir que o fim-de-semana devia começar agora, que mais posso querer?
O meu “namorado” de há 25 anos, mais uma vez, não me deu flores. Ele não é dessas coisas! Nunca foi um homem romântico, nem é dado a manifestações públicas de carinho. Antigamente eu ressentia-me com isso e fazia questão de que esse ressentimento fosse bem notado. Como nunca fui uma pessoa amorfa, fazia birras, beicinho, “pés-de-vento”, ao ponto de ele se sentir na obrigação de aceder ao meu desejo adolescente de ter uma atenção especial no dia 14 de fevereiro. Ou seja, quando o fez – quando registou de alguma forma este dia, admito que foi mesmo por obrigação. Hoje, genuinamente, já não ligo a esta data. Mas tenho que reconhecer que ele não é, neste aspeto, realmente, o namorado perfeito…
E, no entanto, ele é o melhor namorado, marido, pai dos meus filhos, companheiro, amigo, amante, que eu poderia ter tido.
Porque sei que me continua a amar com todos os meus defeitos, assim como eu o amo a ele;
Porque eu não sou fácil e ele atura as minhas neuras e mudanças de humor, sem vacilar;
Porque me é e sempre foi fiel (uma mulher sabe!);
Porque ainda me faz sentir desejada e sexy, tantos anos e alguns quilos e rugas depois;
Porque não é nada egoísta no que diz respeito à nossa vida sexual e porque me ensinou a adorar ser mulher e a viver a minha sexualidade de forma plena;
Porque gosta da vida familiar, é caseiro e não troca um fim de tarde ou serão em família por uma ida ao café para beber cervejas e contar piadas de gajas (só vai ver a bola, mas é cada vez mais raro fazê-lo e quando vai, leva o filho ou vamos mesmo todos, já que todos gostamos de futebol);
Porque foi ele que, encenando uma aparente normalidade no ato, me cortou o cabelo quando este começou a cair com os efeitos da quimioterapia, enquanto eu chorava e ele (acredito que a chorar por dentro) tentava desvalorizar esse momento tão duro para mim, como certamente o é para qualquer mulher;
Porque me ajudou (por acaso, foi ele e os meus filhos!) a escolher a peruca que usei durante mais de 6 meses durante os tratamentos, e cuja visão e cheiro ainda hoje não suporto, mas que tenho cuidadosamente guardada, escondida no fundo do armário, para qualquer eventualidade;
Porque nunca deixou de me desejar, nunca permitiu que eu me sentisse feia, mesmo careca, inchada e com todas as outras marcas dos tratamentos;
Porque me acompanhou a todos os médicos e consultas e permaneceu junto de mim durante os dias infindáveis de tratamentos na dura batalha contra o cancro; ainda hoje me continua a acompanhar a todos as deslocações que se relacionem com o meu estado de saúde;
Porque há 5 anos, na perspectiva de poder ter que vir a fazer uma mastectomia (o que não veio a acontecer), me disse que isso não era importante para ele, que essa eventualidade não mudaria nada no que ele sentia por mim e que o importante era que eu ficasse curada, mesmo que o caminho fosse esse (não me esqueço de relatos e das leituras que fiz de testemunhos de tantas mulheres abandonadas por bestas nesta fase tão difícil, quando elas mais precisam de apoio e de se sentir amadas!);
Etc, etc, etc...
Pois é, o meu namorado não é perfeito! Não me dá flores no Dia dos Namorados!... Mas é o melhor namorado do mundo nos restantes dias do ano, desde há 25 anos, e eu não podia ter um namorado melhor! Bem, e sem qualquer humildade digo: acho que também faço por merecê-lo.
Nota final: A foto é ilustrativa do nosso Dia dos Namorados de hoje: em família, os quatro, em pijama, embrulhados em mantas, a ver um filme sobre a 2ª Guerra Mundial, “Jacob, o mentiroso”, com o Robin Williams (é habitual fazermos sessões cinéfilas educativas para os filhos). Não há flores que paguem isto!
Afinal ontem foi dia de passear no shopping.
Qual é a mulher que não gosta de passar um dia a ver lojas de vez em quando?! Acabei por encontrar umas belas pechinchas! Nesta fase dos saldos em que está quase tudo escolhido e já encontramos peças com 50% e até 70% de desconto, é ótimo para fazer alguns achados interessantes. Lá comprei umas coisitas… Aliás, grande parte das minhas compras são feitas em época de saldos ou, fora da época de saldos, em outlets. Os tempos não estão para esbanjamentos e chego até a achar imoral gastar carradas de dinheiro, quando sabemos que dali a uns meses podemos pagar metade pelo mesmo artigo. Desta forma até acabo por apostar na qualidade dos artigos. Prefiro comprar menos peças, mas de qualidade, do que ter o armário cheio de peças sem qualidade. Também já há bastantes peças da nova colecção, coisas bem giras. Adorei aquela mala, da “Massimo Dutti”. Tenho um fraco por malas…e botas…e sandálias…e lenços… e…
Acabámos também por ir ao cinema em família. Depois de alguns desentendimentos porque cada um queria ver um filme diferente, lá conseguimos chegar a acordo. Às vezes vamos ver um filme e os miúdos vão ver outro, mas de vez em quando queremos ir ao cinema todos juntos e ontem foi assim. A minha filha entrou para a sala com uma tremenda birra (sim, já é adolescente e ainda faz birras!), mas saiu mais bem disposta. Gostou, portanto!
Acabou por ser um dia de compras, cinema, comida de plástico, regresso a casa já bastante tarde. Foi um dia bem passado em família. Venham muitos assim!
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