Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
Ao fim da tarde de um dia da semana passada (talvez sexta-feira), em casa, deitados na cama a descansar do dia de trabalho extenuante, como gostam de fazer antes de retomar as rotinas familiares de final de dia:
Mulher: "Estou cansada. Não me apetece fazer jantar. Podíamos ir jantar fora hoje..."
Marido: "Não me apetece sair. Eu faço o jantar."
Mulher: "Fazes? O quê? Tu não sabes cozinhar!"
Marido: "Tu dizes-me como fazer..."
Mulher: "Deixa estar... O que é que EU faço para jantar, então? Queres Bacalhau à Brás?"
Marido, agradavelmente surpreendido, arregala o olho e passa a mão insinuante no corpo semi-nu dela (estavam trinta e tal graus!), numa promessa de diversão na horizontal, a muito curto prazo: "Eh pá! Se fizeres Bacalhau à Brás, logo à noite até "ganhas qualquer coisa"..." Conversas de casais...
Et voilà! Cá está ele:
Moral da estória: os negócios são para ser cumpridos e há que honrar os compromissos. Nunca perdi a esperança... até hoje...
Hoje em dia há tutoriais de tudo e mais um par de botas por esta internet fora. Com este ainda estou de boca aberta, ó!!!
E pensei:
Para que raio é que se tem que saber desossar um frango??? O que é que se faz de especial com um frango invertebrado?
E não é que faz?!
Fui fazer uma pesquisa e vi uma imensidão de receitas de frango desossado recheado. Afinal pode valer a pena todo aquele trabalho. Ainda tenho muito a aprender na arte da culinária. Qual master chef qual quê (ao qual me associa o meu filho quando elogia os cozinhados da mãe)?! Menos! Muito menos!
Rendi-me ao outono. Verdade! Qualquer dia ainda me vêem a fumar...
Apesar de continuar um sol radioso, já comecei a interiorizar esta estação. Demora um bocadito a aceitar que o verão se foi, mas chego lá. Nada a fazer...
Por esta altura costumo fazer umas broas muito saborosas e que começam a apetecer quando o tempo esfria. Chamam-se "Broas dos Santos". Ainda é cedo, eu sei. Mas partilho já a receita, para o caso de alguém por aí querer experimentar antes da data.
Então, cá vai! É muito simples. Espero que gostem.
Colocam-se ao lume, até levantar fervura, os seguintes ingredientes:
0,5 l de azeite
0,5 l de água
500 g de açúcar
50 g de canela
50 g de erva doce
1,5 chávenas de mel
Frutos secos a gosto: pinhões, pedaços de nozes e de amêndoas
Quando levanta fervura, acrescenta-se 1kg de farinha sem fermento e uma mão cheia de farinha de milho. Mexe-se até formar uma massa uniforme e moldável.
Moldam-se pequenas bolas (pouco maiores que uma noz) e colocam-se num tabuleiro forrado com papel vegetal anti-aderente. Coloca-se uma amêndoa ou meia noz por cima e pincela-se com gema de ovo. Vai ao forno até dourar. É preciso ter cuidado para não cozer demasiado. Têm tendência para ficar duras e queimadas por baixo, se passarem do ponto.
Retiram-se do forno e, depois de esfriarem um pouco, envolvem-se numa mistura de açúcar e canela.
Com as quantidades indicadas, fiz quatro tabuleiros. Temos bolinhos para um bom tempo cá em casa, e ainda para dar à sogra. São ótimos com chá.
Pergunta que se impõe: Assim, como é que uma pessoa pode ser magra?
Pois é! Vou fazer uma afirmação batida, mas tenho que o dizer: a minha vida dava mesmo um filme! Digo mais: às vezes a minha vida tem cenas que parecem retiradas de um filme italiano. LOL
Hoje foi um dia daqueles, cheio de cenas de cinema! No trabalho, mil e uma situações para resolver, algumas urgentíssimas e quase todas elas originadas por conflitos entre pessoas ou por comportamentos de pessoas. A sério: há dias em que me apetece desistir deste papel de gerir e liderar gente. Numa organização o mais complicado de gerir é mesmo as pessoas, cada uma com a sua razão (e só essa é que está certa!), cada uma com os seus problemas e situações para resolver que rapidamente gosta de transferir para mim, numa ânsia de rapidamente se desresponsabilizar. Sim, porque cada um acha que já tem muito trabalho, que faz mais que o outro e que é melhor que o outro e que não tem responsabilidade sobre nada. As lideranças intermédias gostam muito de se “baldar” às suas responsabilidades.
Bem, as cenas de hoje incluíram, entre outras:
A mediação de uma situação de conflito em que ambas as partes têm culpa no cartório e nenhuma quer ceder… situação que se vem arrastando e que não vejo jeitos de ter um desfecho feliz;
A tomada de decisão sobre um procedimento disciplinar e preenchimento de toda a papelada envolvida (notificações, etc);
O conhecimento de um comportamento muito errado do ponto de vista ético e moral (abstenho-me de aprofundar, porque foi mesmo muito mau!), para além de perigoso, sobre o qual fui também chamada a interceder, mas que vem de quem não tem o discernimento todo e portanto, é provável que se repita (mais uma mulher que não se consegue salvar ao destino que lhe está traçado!);
A admoestação de outra pessoa, um “habitué”, que agiu erradamente junto de colegas e superiores;
Chega? Naaaa!!!
Para terminar este dia em beleza, aconteceu algo que só vem comprovar a tendência cinéfila desta minha família.
Ao fim da tarde, há bocado, fui chamada de urgência a casa porque a minha filha de quase 15 anos, que até já tem um namoradinho há quase um ano e tudo, trouxe duas amigas para casa e, estando as três a BRINCAR (ainda brincam!), ela fechou-as na sala à chave e nunca mais foi capaz de abrir a porta! Lá venho eu prego a fundo. Sim, porque liguei ao M. e ele, para não variar, tinha assuntos mais urgentes para resolver do que eu!... E o mais certo é que talvez tivesse. O trabalho dele ainda lhe consome mais energia e tempo do que o meu, isso é verdade. Ainda nem chegou a casa.
Enfim, lá vim eu. Chegada a casa, lá estavam as duas reclusas do outro lado da porta envidraçada, bem-dispostas, confiantes numa resolução da minha parte para o problema e a minha filha entre o risonho e o nervoso, expectante, não fosse eu dar um sermão à frente das amigas. Ela tem muito aquele medo adolescente de que eu a envergonhe em frente aos amigos. Coitada, tinha experimentado todas as chaves que tinha encontrado, de todas as portas da casa, e nada! Tentei também eu várias vezes e quando já estava a ponderar chamar os bombeiros, lembrei-me de umas chaves que eu tinha colocado num local à espera de um dia procurar pela casa a fechadura de cada uma delas (não sabia a que porta pertenciam porque noutra altura também os meus filhos baralharam as chaves todas, por acaso!). Lá consegui abrir a porta com uma dessas chaves, sem esforço. Vá lá não ter partido a fechadura ou as chaves da força que tinha feito antes. Ainda me dói a mão.
Final feliz!
E no fim disto tudo, retirei uma aprendizagem de algo que desconhecia e retirei também uma lição, que deixo para reflexão:
“É preciso ter atenção porque a chave que fecha uma porta pode não conseguir abrir a mesma porta, se não for a chave certa para essa fechadura”. Essa é que é essa!
E é desta forma filosófica, com um ensinamento, que às vezes termina um dia cheio de episódios corriqueiros. Imaginem se eu tivesse outras vivências para contar, férias em lugares paradisíacos, dias imaculados e plenos de descontracção e glamour de quem não faz mais nada que não seja alimentar um blog, e cenas assim… O que eu não faria… Era um fartote!
Mas, infeliz ou felizmente, eu tenho que trabalhar. Este é só o meu refúgio. E acreditem, depois de um dia como o de hoje, foi o facto de ter despejado aqui as minhas “mágoas” que me fez ficar bem disposta agora, no anoitecer de mais um dia. Agora vou continuar com mais uma tarefa: fazer o jantar! Hoje o prato principal é borrego guisado bem temperadinho que eu já coloquei em vinha-de-alhos ontem!
Quase todos os fins de semana faço um bolo, normalmente um bolo seco para poder ser apreciado ao pequeno-almoço, principalmente pelo guloso mais velho cá do sítio, o meu Homem (como diria uma amiga minha, que não usa o termo “marido” – e convenhamos, Homem tem outro peso!).
Desta vez apeteceu-me experimentar uma tarte de fruta que vi na revista de culinária “Cozinha Prática de Sucesso”. Não fiz exactamente igual. Adaptei e ficou óptima. Eu estava com receio porque nunca tive muito jeito para engrossar natas em chantilly. Mas correu bem e os miúdos já provaram ao lanche e adoraram.
E como as coisas boas têm que ser partilhadas, cá vai:
Estende-se a massa quebrada redonda (já se compra feita) numa tarteira de fundo amovível e pica-se o fundo.
Para o recheio, põe-se ao lume 1,25 dl de água com 250g de açúcar e deixa-se ferver 2 minutos.
À parte mistura-se 1 colher de sopa de farinha com 7 gemas e umas gotas de aroma de baunilha ou baunilha em pó.
Verte-se a mistura em fio na calda e leva-se novamente a lume brando, mexendo sempre, até espessar.
Verte-se de seguida o creme na tarteira.
Vai ao forno, a 200ºC, por cerca de 20 minutos.
Depois de cozida, retira-se e deixa-se arrefecer.
Faz-se o chantilly. Usei um pacote de natas arrefecido no frigorífico, que bati bem com 50g de açúcar em pó.
Por fim, é só decorar. Eu nem sequer usei o saco pasteleiro. Limitei-me a colocar o chantilly por cima do creme de ovos e espalhei as frutas cortadas aos pedaços. Na receita original usava-se manga, framboesas e amoras. Como não tinha, substituí por morangos e usei também pêssego em calda, quivi e ananás natural. Assim fui mais de encontro ao gosto cá de casa.
Coloca-se no frigorífico e cá está! Uma forma diferente de comer fruta. Muito boa, fresca e nada enjoativa! A repetir!
Hoje, para o almoço, estou a preparar um belo de um Cozido à Portuguesa com enchidos e tudo o mais que é suposto (de vez em quando não há de fazer mal!), acompanhado com um suminho natural de laranjas biológicas apanhadas directamente da laranjeira. Para sobremesa uma vitamínica salada de frutas. Bem bom! A dieta mediterrânica no seu melhor, hoje aqui em casa.
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