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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

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Da mente e dos sonhos...

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 (Dispensa apresentações, mas vá: "O Grito", de Munch. Sempre oportuno quando se fala de gente doida. No caso, eu!)

 

Hoje tenho vontade de contar algo sobre mim. Preparados para uma descoberta chocante? Para começar a semana em grande? Sim? 

 

Não, não vou chocar. Sou uma pessoa comum. A minha cabeça é que é um bocado complicada. Povoam-na demónios, monstros, fantasmas, medos, e sonhos. "Tenho em mim todos os sonhos do mundo", tal como o heterónimo de um dos meus poetas de eleição, também ele dono de uma mente extremamente complexa.

 

Alto lá! Que heresia esta comparação! Afinal, estamos a falar de alguém que deixou uma obra brilhante, enquanto os bichos que me povoam a mim só servem mesmo para atrapalhar a minha vida. Desculpem lá o abuso. Não se volta a repetir!

 

Então voltemos a mim, o eu de certa forma caricatural e exagerado. (Não entendam sempre de forma literal aquilo que eu "digo". Gosto de exagerar quando falo de mim. Possivelmente, nem estarei a falar de mim, mas da raça humana em geral, da sua condição mental fragilizada, doente, fruto dos tempos em que vivemos...)

 

Sempre tive fases na vida, sempre alternei períodos de energia e felicidade exacerbadas com tempos felizmente mais curtos de uma melancolia e apatia desoladoras. Como toda a gente, se calhar. Mas tenho a impressão de que comigo estes extremos são mais vincados. Muitas vezes penso para comigo que  devo ter uma condição mental única e que poderia bem ser um case study para garantir a uma qualquer tese de um estudante de psiquiatria uma nota exemplar.

 

Cá vai, sem mais porquês!

 

Reúno em mim, embora ténues, tonalidades de quase todos os transtornos mentais mais comuns e afins. Sim, leram bem! Fases há em que vou alternando, com o estado dominante de lucidez e sanidade mental, um bocadinho de tudo isto:

 

Doença bipolar,

Transtorno obsessivo-compulsivo,

Transtorno de personalidade borderline,

Transtornos fóbicos,

Depressão, 

Perturbação de ansiedade,

Stress,

Síndrome de burnout laboral.   

 

Sorte minha ser num grau que não chega à linha do que define uma condição psiquiátrica clínica... Ou azar meu, que nunca me permito extravasar. Extravasar, por vezes, é bom. Alivia... 

 

Ah, é verdade! Também já sofri de anorexia na adolescência, numa época em que ainda não se lhe dava esse nome. Excluo da lista, para já, alzheimer e demência, psicopatia e sociopatia, e ainda esquizofrenia. O que, se pensarmos bem, poderá ser uma desvantagem para quem se arroga de querer escrever qualquer coisa, ainda que na desportiva. Eu explico! Provavelmente é por não ter vestígios daquele último transtorno, que nunca serei um génio da escrita, nem lá perto. Se calhar é por isso que não consigo reproduzir pensamentos como estes e outros, com frases (só aparentemente) simples:  

 

"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada.

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo".

 

Mas confesso que gostaria de ter conseguido... Quem me dera conseguir... 

 

 

Blogger sazonal

Tenho me vindo a aperceber que, servindo-me este espaço acima de tudo para "desopilar", inevitavelmente serei sempre mais assídua no inverno. É nessa altura que sou assolada por estados de alma que me suscitam a partilha de pensamentos, reflexões e vivências. Assim, dei por mim a pensar que o argumento da falta de tempo dos últimos meses é verdadeiro mas insuficiente para explicar a minha ausência por estas bandas. Confesso! Se me sentisse motivada e inspirada, encontraria tempo para manter este espaço ativo, não é? Encontramos sempre tempo para fazer aquilo que queremos mesmo fazer.

 

 tinha falado desta minha condição de ser influenciada pelas horas do dia, pelos dias da semana, pelos meses do ano, pelas estações do ano. Sou sazonal em tudo, pelos vistos. Até para alavancar alguma escrita, dependo dos estados de alma que, por sua vez, são influenciados pela época que estou a viver. 

 

Isto tudo para dizer que, à medida que se foi aproximando o tempo quente,  o verão do meu contentamento, foi desaparecendo em mim o ímpeto para desbobinar aqui as minhas ralações. Parece que é mesmo certo que a escrita e a inspiração para a escrita fluem melhor com estados de alma mais depressivos, como só o frio e os dias escuros de inverno sabem operar em mim. Já alguém falou nisto, eu não me lembro quem. Acho que foi mesmo algum escritor. Tenho que procurar.

 

Bem, moral da história: estaria bem servida se fizesse da escrita o meu modo de vida... 

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DIREITOS DE AUTOR (Decreto-Lei n.º 63/85 com as posteriores alterações)

Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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