Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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Sei que esta circula por aí há séculos, mas continua a ser o que melhor descreve esta minha relação recente com a falta de força de vontade para fazer efetivamente algo que me derreta os quilos desnecessários. Hoje, por isso e para variar, não vos trago nada de novo. É mais do mesmo: um sentimento de desilusão comigo mesma. Desde o início do ano, nestes 15 dias, só consegui fazer 3 caminhadas de 30/45 minutos e, quanto a dietas, não consegui fechar a boca a basicamente... nada.
Não é que eu esteja assim gooooorda, mas (principalmente) as mulheres vão entender... Não me sinto bem com a minha imagem com estes quilos a mais, mesmo não sendo tantos assim. E o pior é que tenho um homem que nunca me diz que estou a ficar gordinha. Aparentemente estou sempre bem, para ele. Até me dá raiva. Precisava de um choque para me dar motivação. Parece estranho dizer isto, não é?
Pronto, é isto. Uma mão cheia de nada, hoje. Deixo aqui pelo menos um apelo. A quem, mesmo assim, abriu o post, preciso da vossa ajuda. Terapia de choque. Chamem-me nomes feios. Todos os que se lembrarem. Gorda falhada! Monte de banhas! Balofa! Baleia! Baleia, de todos, é o que tem um peso mais forte e sentimental em mim. Chegaram a chamar-me isso com frequência quando andava na primária e era anafadinha. Crianças cruéis! Mas lá está! Resultou. Nunca mais fui gorda ao longo da vida.
(Sim, esta foto dos meus pés já foi aqui utilizada. É que não é fácil apanhá-los (aos pés, entenda-se) nestes preparos...
Mas ninguém diria, já que as sapatilhas estão um bocadito para o sujo... A sério que já as lavei depois desta foto. )
Eu e o M, ciclicamente, fazemos caminhadas ao ar livre ao final do dia, resistindo ao impulso de ocupar as raras horas de ócio que temos no conforto do lar, a horizontalizar. Normalmente, isso acontece pela primavera e outono, quando o tempo está mais ameno, que é o mesmo que dizer, suportável e mais convidativo para dois "couch potatoes" como nós. Não bastasse não sermos grandes adeptos de exercício físico, ainda termos que enfrentar as adversidades atmosféricas? Caminhar à chuva, com um frio de rachar ou com um calor abrasador é para masoquistas! E nós, quanto a "defeitos", só somos um bocadinho para o gordito, masoquistas não.
Nunca gostei de fazer desporto. Quanto ao M, o único que o atrai é o futebol. Ele costuma dizer que correr, só com uma bola nos pés. Eu, nem nos pés nem nas mãos. Lembro-me que, na minha juventude, uma professora de Educação Física, insistiu comigo até à exaustão para eu entrar na equipa de basquetebol da escola (ou seria voleibol?) e eu resisti sempre. Ou seja, pelos vistos eu até tinha alguma habilidade para o desporto, mas comigo a preguiça sempre falou mais alto.
Para terem uma ideia da minha/nossa relação com o exercício físico, rotativamente, tem que ser um de nós a motivar o outro para iniciar a época das caminhadas. Quando digo motivar, entenda-se literalmente ARRASTAR! À vez, ora eu ora ele, arrastamos o outro para suar um bocadinho (Não se percam! Continuo a falar de caminhadas, atenção! Connosco, não são todas as atividades a dois e propiciadoras de uma boa suadela, que provocam esta resistência. Ok? ).
Ora, há uns meses (no início do outono) o M, quando passávamos de carro na zona onde habitualmente fazemos as nossas caminhadas, antes de jantar, tentou então retomar o cumprimento das suas funções em regime de rotatividade, lembrando da necessidade de voltarmos à rotina das caminhadas. Mas o meu ouvido seletivo, aliado fiel do meu cérebro matreiro, ouviu de acordo com aquilo que queria ouvir. À frase:
"Quando é que começamos a caminhar?"
Respondi:
"Podemos ir ao restaurante X!"
Ou seja, ouvi:
"Onde é que vamos jantar?"
Perfeitamente explicado! Tem tudo a ver! Ao nível da fonética, então, as duas frases são praticamente a mesma coisa. Daí a confusão... Quanto a caminhadas, só respondi à pergunta que o M me fez, esta semana. Qualquer dia falo disso.
E, pronto, este pequeno diálogo de surdos dá mais ou menos uma ideia de qual é a minha relação com o exercício físico. Como facilmente se depreende deste episódio, e pelo que já me conhecem, a minha relação com a comida é uma outra história, bem diferente desta...
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