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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

A matar saudades...

Parece-me que é tempo de vir aqui dizer que ainda estou viva, para o caso de alguém se questionar sobre isso... Para o caso de alguém ainda se lembrar de uma desnaturada que desaparece durante meses sem dar cavaco a ninguém e sem cumprir desafios até ao fim. 

Cá estou eu, há mais de uma hora a fazer um périplo pelas publicações mais recentes da comunidade. Fico feliz de ver atividade em muitos dos blogs que eu aprecio. Já não vinha cá há meses e pensei que poderia estar tudo diferente, mas afinal nem por isso. Fico feliz por todos!

A razão disto: tempo. Inicio hoje uma semana de férias. Ufa! Finalmente!

Pode ser que volte cá por estes dias. Foi um ano cheio de altos e baixos, muitas emoções, lutas sem fim, vitórias e derrotas, avanços e recuos. Tanto para contar... 

 

 

O Zé

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Há pessoas que têm o poder de iluminar o nosso dia, de nos transmitir um sentimento de bem-estar como se nos injetassem doses generosas daquela hormona da felicidade (endorfina?). Assim foi o Zé em relação a mim no dia do regresso das férias. 

 

"Olá! Eu sou o Zé. Como se chama?" Na verdade, não sei qual foi o tratamento que usou, mas sinto como até tendo sido por "tu". Sei que foi uma abordagem tão casual e calorosa, que também acabei por me apresentar por um diminutivo normalmente reservado à família e amigos. 

 

O Zé é uma daquelas pessoas sociáveis da qual dizemos que têm uma "ganda" lábia. Aquela pessoa que topamos que está a cumprir um papel, mas perdoamos qualquer eventual fingimento pelo brio que notamos impor ao desempenho da sua tarefa e pelo investimento em estabelecer uma relação de proximidade, ainda que fugaz, com o cliente. Com ele, escolhemos esquecer que o seu objetivo final é vender.

 

Na viagem de regresso das férias, parámos num centro comercial em Coimbra para jantar (será o Coimbra Forum?). É claro que, tratando-se do ÚLTIMO dia de férias, do dia do regresso do paraíso, a disposição não era naturalmente a melhor. Foi aí que entrou o apelo do consumo. É difícil ir a um centro comercial só para jantar, sem ter vontade de dar umas voltas às lojas de eleição, não é? Umas comprinhas podem animar quem vê as férias a esgotarem-se, principalmente se for época de saldos. 

 

Bem, resumindo. Foi naquela loja com nome de erva aromática. O Zé, com a sua simpatia e disponibilidade, conquistou-me e conseguiu até que eu comprasse peças da nova coleção. Esperto!

 

Convém dizer que eu, como cliente, não costumo dar confiança aos lojistas. Aliás, detesto que se intrometam demasiado nas minhas escolhas e que imponham demasiado a sua presença, que invistam para mim a esfregar as mãos e a oferecer ajuda. Gosto de espaço. Detesto provar roupa e receber a opinião de estranhos que, ainda por cima, estão ali com o objetivo de vender, logo, cuja opinião não se pode considerar a mais fidedigna. "Estou só a ver", digo invariavelmente.

 

Mas o Zé, com o seu jeitinho, lá conseguiu transformar-me no tipo de cliente crédula. Até falámos de como ficava a minha barriguinha naquele macacão preto lindo (Tamanho S, insistiu o Zé! Que me ficava muito bem, assegurou o Zé! E eu acreditei.), da dieta adiada, de vida saudável, da sua situação profissional, terminando, na despedida, com um "gostei muito de te conhecer". Foi recíproco, Zé!

 

 

Das verdades em momentos de raiva

(Só pensamentos avulsos em noite de insónia, porque só tinha o teclado do tlm com quem falar. Não valem o tempo de ninguém, a não ser dos meus mais próximos. Mas a esses não deveria ser necessário dizer nada disto, não é?)

 

Devemos escutar as pessoas quando estão com raiva porque é nessa altura que a verdade sai.

 

A verdade... Não quero essa verdade dita num momento de raiva! Essa verdade pode atingir-nos como um raio. Essa verdade pode matar-nos. Mata-nos, sim. E eu não queria ouvir verdade nenhuma. Estou de férias. Preciso de férias. Mereço férias. E não merecia dessas verdades ditas num momento de raiva. Era só isto que eu queria: alguns dias de paz interior. Será que, em nome dessa ansiada paz, posso acreditar que, afinal, também se dizem mentiras em momentos de raiva? 

 

Como dizer isto de forma suave? Mais uma vez se provou que não sou valorizada por quem mais tem obrigação de me valorizar e razões para isso. Pelo contrário, isolam-me, diminuem-me psicologicamente. E, no entanto (sei que tenho defeitos e estou longe de fazer tudo certo), tenho a certeza absoluta de que sou muito mais e melhor do que aquilo que me reconhecem.

 

Enfim... sinto que nasci para sofrer. Há sempre alguma coisa a ensombrar a minha existência. Porém, ninguém o dirá... Dispendo demasiado esforço a disfarçar o que sinto. Nunca sucumbo ao sofrimento e isso também me vai destruindo por dentro.  Um farrapo. Os outros vêem uma fortaleza, eu sinto-me um barco à deriva, sem terra à vista nem nada nem ninguém a  quem recorrer. Sozinha... 

 

Pois é... Tenho tudo para ter uma vida perfeita. Mas "não há vidas perfeitas", digo sempre quando tenho conhecimento do sofrimento  de  alguém. Secretamente, enquanto digo isso, é sempre na minha vida que estou a pensar. 

 

Lamentavelmente, o sofrimento não  me é  uma boa musa inspiradora. Tivesse eu um bocadinho de Florbela Espanca para pôr em versos esta tristeza que sinto, esta sensação de não pertencer a lado nenhum. 

 

 

DESAFIO: Verão Perfeito

 

Fui desafiada pela querida autora do blog umacartaforadobaralho para responder a algumas perguntinhas sobre o meu verão perfeito. Pois bem, sou pessoa que não é muito exigente no que diz respeito ao verão. Para mim, o facto de ser verão e eu ter uns dias de férias é o bastante para eu andar feliz e contente. "Eu gosto é do verão", mesmo!!! E naquelas 3 semanas em que fujo à rotina, ando descontraída e sem grandes acessórios, como vão perceber a seguir. Uma das coisas boas do verão é não ser necessário o "dress code" que tenho que respeitar o resto do ano. 

 

1. Qual é a tua peça de roupa favorita para usares num dia super quente de Verão?

 

Se estiver em casa, gosto mesmo é de andar com uma T-shirt e em cuecas. Verdade!  Se tiver que conviver com pessoas que não a minha família nuclear, opto por vestidos leves ou saídas de praia, peças às quais eu não resisto. Já comprei dois vestidos fresquinhos e mimosinhos nestes saldos.  

 

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2. Se pudesses escolher APENAS um batom para usares todo o Verão, qual seria?

 

Se eu no dia-a-dia não uso baton, muito menos no verão. 

 


3. Qual o verniz que mais usas no Verão?

 

Só uso verniz nas unhas dos pés. Vermelho é a minha preferência.

 

 

4. Escolhe e mostra o teu Acessório favorito para o Verão!

 

Óculos de sol, sem dúvida! De verão e de inverno! Tenho muita sensibilidade à luz. 

 

 


5. Qual a bebida que mais gostas de beber no Verão?

 

No geral, bebo água. Mas se tiver assim um jantarinho caprichado, gosto de uma bela sangria de espumante com frutos vermelhos (a que a minha irmã faz é ótima) ou um vinho verde branco, bem fresquinho. Também me sabe muito bem limonada, no verão. 

 

 

6. Onde costumas passar a maior parte das tuas férias de Verão?

 

Já passámos a fase do Algarve, por culpa daquela ideia de que se as férias não fossem passadas no Algarve não tinham verdadeiro sabor a férias. Agora já não fazemos questão. Nos últimos anos, rendemo-nos à costa alentejana. Sentimos cada vez mais a necessidade de fugir à confusão e o ambiente e a praia nessa zona são muito mais calmos. O resto do tempo de férias é passado, impreterivelmente, no nosso cantinho no Minho. Também fazemos praia no norte. E o cheiro intenso das praias do norte não se encontra cá em baixo, garanto-vos. 

 

7. Quais são os teus sapatos favoritos para usares no Verão?

 

No seguimento do que já revelei sobre a necessidade de leveza (no vestuário e na alma!), sinto-me bem é com havaianas. Às vezes, até à noite uso havaianas. Não sou mesmo nada fashion blogger... 

 

 

8. És do tipo de pessoa que gosta de "torrar" ao sol com óleos de corpo ou usas sempre protector 50+ e pões-te à sombra nas horas de maior calor?

 

Sou do tipo de pessoa que tem medo dos danos do sol na pele, mas ao mesmo tempo impaciente demais para usar protetor e deixar passar as férias sem nunca conseguir um bronzeado minimamente apresentável. Ou seja: uso protetor comedidamente ou não uso e procuro as sombras quando o sol está a pique... Aliás! Há teorias que afirmam que usar protetor é pior para a saúde do que receber o sol diretamente. 

 

9. Faz uma breve descrição das melhores férias de Verão que já tiveste.

 

As melhores férias de verão são sempre as que estão para vir. A expectativa das férias supera as próprias férias. É só comigo que isto acontece? Estou a sensivelmente um mês de ter as minhas merecidas férias e já estou nesse estado agradável de antecipação das ditas cujas. Faço muitos planos, idealizo os meus dias passados a preguiçar ou a jardinar ou a ler ou simplesmente a contemplar. E depois, às vezes, acontece não ser nada como eu idealizei. 

 

10. Nomeia 5 pessoas para responder a esta TAG.

 

Ora, deixa cá ver... Não sei quem já participou, mas cá vai uma seleção aleatória de gente boa! 

Giló

Marta Elle

Ana

Heterodoméstico

Sandra

 

 

Se já participaram, relevem a minha distração. Se não quiserem participar, sintam-se à vontade. Só nomeio para não ser desmancha-prazeres, porque a bem dizer não me sinto nada confortável neste papel de vos vincular a um desafio que podem não querer cumprir.

 

(As fotos são minhas)

 

 

 

Segurem-me!... Ou será... ajudem-me?!...

 

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Segurem-me, que eu ando com uma vontade incontrolável de dizer umas verdades, colocar tudo em pratos limpos, pôr uns pontos nos "is", até armar um barraco ou rodar a baiana, se for preciso.

 

Mais um dia pela frente para lidar com uma "paz podre" que está instalada lá no estaminé. "Tens que ser forte! Não te deixes ir abaixo". Pois... Sou forte há demasiado tempo. E por isso é que ninguém à minha volta me vê como eu sou, com todas as minhas fragilidades, para lá da capa de força que ostento. Às vezes sinto que não tenho verdadeiros amigos. As pessoas apenas têm interesses, querem aquilo que eu lhes posso dar. E a algumas dou muito! Até lugares ao sol, vejam lá! Mas pelo menos respeitassem-me por isso e fossem leais. Acho que não seria pedir muito...

 

Definitivamente, vou ter que esclarecer alguns pontos, limar algumas arestas, mexer com a ordem instalada. Vou ter que reunir as pessoas, ser frontal e definir regras e procedimentos, mantendo a calma e a cabeça fria para fazer tudo de forma civilizada, com o mínimo de prejuízo para a paz social. Depois de uma discussão que aconteceu ontem (a pessoa ficou totalmente alterada só porque eu, que sou quem dirige o estaminé - vejam bem a audácia e desfaçatez da minha pessoa!, pedi educadamente - juro que foi educadamente - que não voltasse a decidir sobre assuntos importantes com outra pessoa como se eu não estivesse lá, quando eu estou lá), não há mesmo forma de dar a volta sem uma "dispensa" na minha equipa. Ou ela ou eu. Aliás, a pessoa se tivesse vergonha, depois do que me disse a mim que a escolhi para minha colaboradora, pediria para sair das funções que está a desempenhar. Pelo que afirmou, penso que não está satisfeita. E se não está bem, só tem que mudar-se. É claro que a pessoa acha que tem toda a razão do mundo e que não me deve um agradecimento sequer. São assim as pessoas... É assim a vida... 

 

Tenho que acabar com algumas rotinas instaladas e alguns vícios. Tenho que registar tudo o que pretendo mudar, que a minha cabeça já teve dias melhores. Tenho que começar a tirar notas do que me vou lembrando. Este fim-de-semana tem que servir para pôr a cabeça em ordem no que diz respeito a estas questões. É vital definir a linha de atuação daqui para a frente, até por uma questão da minha saúde mental. Já vi que ali não há amizades. Trabalho é trabalho e até sou eu que tenho a faca e o queijo na mão, por isso... temos pena! 

 

Não sei se já perceberam, mas vocês, seguidores, são muitas vezes os meus confidentes mais próximos. Fez-me bem, este desabafo. Obrigada a quem ler e conseguir sentir alguma empatia comigo neste assunto. Contei ao M e ele apoia-me, mas também anda assoberbado demais, tal como eu ou pior. Mal temos tempo para trocar meia dúzia de palavras. Podem crer que é mesmo assim cá em casa. Há fases em que o trabalho rouba demasiado espaço à vida familiar. Os nossos filhos, agora de férias escolares, andam mais ou menos em auto-gestão. Ao "deus-dará", basicamente. Felizmente acho que posso confiar neles. Acho... 

 

E é isto... Ando a fixar-me demasiado no EU, EU, EU!... Isto ainda descamba numa depressão, se é que não caminha já para lá... Ou talvez sejam carências... Ou é o facto de eu ser muito observadora e aperceber-me de todas as facadinhas que me vão dando. Gostava de ser mais "panhonha". Mas não sou e agora enchi! Preciso de férias... Mas ainda falta tanto... 

 

 

Já rumámos a sul

Ontem à noite regressámos a casa, depois de uma semaninha no Minho, que voou. Foram dias muito agradáveis e que me renovaram as energias para iniciar o ano da melhor maneira. Foram dias em que desliguei mesmo do trabalho e das inerentes ralações. 

 

Costumamos passar tanto o Natal como o reveillon em família, lá em cima. E eu adoro que assim seja. Este ano, no entanto, vamos passá-lo entre amigos. Decidimos que seria assim, embora com alguma relutância. Bem, a bem dizer, cedemos às pressões do nosso miúdo que, vejam bem, tem uma festa organizada na casa de amigos hoje à noite. E também porque poderá ser o seu primeiro momento romântico (estará lá a sua "namoradinha") e temos que facilitar o amor, não é?

 

E assim, pela primeira vez, não passarei o ano com as duas crias ao pé de mim. Não darei os primeiros beijos de 2017 aos meus três amores em primeiríssimo lugar e à restante família. É a vida a tomar o seu rumo...

 

E é isto! Deixo-vos com duas imagens da minha semana no norte: um primeiro plano da minha prenda de Natal e um pormenor do meu cantinho rodeado por vegetação, com o diospireiro do qual retirámos os primeiros frutos. Também viémos carregados de nozes e clementinas. Terra abençoada, a minha! 

 

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Renovo os votos de um excelente 2017 a todos! 

 

 

Férias 2016: sudoeste alentejano e costa vicentina

Parece-me que é altura de trazer as m(ã)emórias das férias na praia, agora que pelos vistos se avizinha uma semana com chuva com fartura, a anunciar o outono. Tenho um sentido de timing extraordinário, realmente! 

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Francamente, tenho vindo a adiar escrever sobre as minhas/nossas férias. O verão é definitivamente a MINHA estação do ano. É no verão que eu sou mais feliz. Por isso, sou daquelas pessoas (não seremos todos?) que têm uma certa dificuldade em enfrentar o regresso à dura realidade de um novo ano de rotina, de trabalho, após as férias de verão. Recordar as férias deixa-me com uma neura que "faxavor"! Causa-me angústia lembrar os bons momentos passados nas férias, sabendo que vai demorar mais um ano até poder gozar o "dolce fare niente" novamente. Caso para dizer hoje: quem me dera voltar para a ilha! Para uma ilha, literalmente, ou pelo menos avistar uma ao longe, como aconteceu na curta semana que passámos na costa alentejana. A ilha que vislumbrávamos quase todos os dias era esta, aquela cujos versos da conhecida canção do Carlos Tê, cantada pelo Rui Veloso, diziam  ter outrora um pessegueiro plantado por um vizir de Odemira. 

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As férias não se resumiram à semana passada na praia, mas isso fica para outra altura. Dizia eu então que foi por aqui que fizémos praia este ano, por um feliz acaso. Apesar de todos os anos fazermos intenção de planificar as férias mais cedo, todos os anos, sem exceção, a vida profissional e outras "diversões" acabam por empurrar essa tarefa para a véspera. Por isso mesmo, normalmente já só conseguimos alojamento no Algarve, onde há, como sabemos, muita mais oferta. Mas este ano, quase na véspera, devido a um cancelamento, lá conseguimos fazer praia na costa alentejana. 

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Se já tínhamos um carinho especial pelo sudoeste alentejano, confirmámos agora a nossa preferência. Foi este ano que eu própria fiquei, definitiva e irremediavelmente apaixonada por esta costa, pelo pôr do sol inigualável, pelas praias lindíssimas que conservam alguns traços naturais livres de mácula introduzida pela mão humana, onde conseguimos encontrar areais tranquilos e espaços com um raio razoável de metros de área só nossa de modo a não interferir negativamente com a minha fruição das férias (porque excesso de gente à minha volta na praia interfere mesmo!), pela paz e quietude, pelas rochas que os miúdos ainda gostam de explorar (um dos poucos resquícios da infância que ainda conservam!), pela gastronomia que tanto aprecio: as migas alentejanas, a feijoada de búzios, os chocos fritos, são para mim autênticas iguarias! 

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É claro que tudo isto significou quilos extra! Enfim, já é habitual e, sim, tenho que tratar disso... Adiante!

 

Foram umas férias modestas e mais económicas do que é habitual mas, apesar disso, umas ótimas férias, ao meu jeito. Daquelas mesmo para descansar, sem stress, sem trânsito, filas, amontoados de gente, demoras, esperas. Como eu gosto.  Até os dias inteiros passados na praia, como o M. gosta, me souberam bem, a mim a quem a praia em demasia costuma cansar. Levantávamo-nos ao sabor do nosso relógio biológico, tomávamos o pequeno-almoço e lá íamos nós, à bela tradição tuga, com o farnel do almoço e o resto da parafernália (só faltava mesmo o garrafão de vinho! 😂), à descoberta de mais uma praia lindíssima, como só a costa portuguesa tem. Para quê procurar paraísos de férias noutros países e hemisférios, se nós temos por cá esta riqueza? Para mim, as melhores praias do mundo são mesmo as nossas.  E à noite, sobretudo sossego, que eu não morro de amores pela "night", a não ser jantar fora e um "passeio dos tristes" de vez em quando. 

 

Mas como tudo que é bom acaba depressa, ficam as memórias. Resta esperar pelas férias do próximo ano e ir tentando encontrar outros motivos para ser feliz diariamente, que não passem por estar numa toalha deitada de papo para o ar, debaixo de um sol radioso a processar vitamina D, ao som das ondas do mar. Aiii, que já tenho tantas saudades do som do mar! E dos sentidos mais despertos, e dos finais de dia, dos jantares numa esplanada com vista para o mar! Deste pôr do sol... 

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Muitas mais sensações haveria para contar, mas fico-me por aqui. Já sinto o peso de uma semana cheia de ralações que tenho pela frente. Ainda por cima com chuva! Que chatice! 

 

Para o ano há mais, espero eu...  

 

 

 

 

Era para falar sobre as férias...

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Hoje dediquei o dia à "Sra. Inércia". São poucas as vezes em que eu e ela convivemos e já era altura de a receber cá em casa (apesar de não me faltar o que fazer, nomeadamente lavar o frigorífico que ficou por lavar aquando das limpezas grandes de há algumas semanas! Também não será hoje. Que se lixe!). Adiante... Estou então aqui por casa a organizar pastas com fotos das férias e ocorreu-me que talvez pudesse publicar aqui qualquer coisita sobre as nossas férias, já que devo ser a "blogger" menos assídua e dedicada cá do sítio. Fá-lo-ei certamente, mas não é agora. Ups! Lá estou eu! Este post seria exatamente sobre as férias, mas tenho uma mente errática, uma cabeça com esta mania de encadear pensamentos uns nos outros e, quando me apercebo, já estou noutra dimensão qualquer. Agora divagou para a própria tarefa que me propunha fazer, o ato de escrever o tal post. Enfim, não é fácil ser eu!... 

 

Hoje então, duas notas sobre esta "arte" de blogar (é assim que se diz?). Pode ser que haja por aí alguma alma com insónias logo à noite, que passe por aqui e tenha o problema resolvido. Estamos cá para ajudar!  Se não for a transmitir pensamentos e reflexões motivadores e inspiracionais, pelo menos que consiga inspirar o sono de alguém.  É este, então, o meu contributo de hoje. 

 

Qual é o meu lugar na blogosfera? Como é que eu blogo? Assumidamente, sou verde e amadoríssima nisto dos blogs. E muito honestamente, não pretendo mudar. Possivelmente nem conseguiria, a não ser que largasse o meu emprego e me dedicasse a 100% à arte. Sim, porque é uma arte e eu, manifestamente, não a domino! E também não tenho pretensões, lá está! Como preciso de acabar de criar dois filhos, está obviamente fora de questão iludir-me com este mundo. Além disso, considero que quando se fica obcecado em ser popular neste espaço virtual e fazer disto negócio, salta à vista (pelo menos às mais perspicazes como a minha, modéstia à parte) que os autores sentem a necessidade de fabricar conteúdo e eu não consigo deixar de sentir artificialidade nessas publicações. Torna-se tão evidente para mim que as vidas dessas pessoas soam a falso, a guião de um qualquer filme de qualidade duvidosa. Não há nada mais bonito do que a autenticidade... nos blogs e na vida, diz esta vossa amiga. 

 

Enfim, já percebi que "blogger" que se preze tem que relatar as suas férias em destinos paradisíacos e/ou destinos só acessíveis a bolsos mais recheados, mas que normalmente até terão sido oferecidos por uma qualquer marca, em troca de publicidade. OK! Depois é documentá-las (as férias) com umas fotos irreprensíveis, imaculadas e apelativas. Em alguns casos, tal é a qualidade das fotos e da produção (chega a parecer tratar-se de uma produção fotográfica de moda!) que até me dá a impressão que essas famílias prescindem dos momentos a ser vividos exclusivamente em família e levam atrelados para as suas férias um fotógrafo profissional para captar imagens e momentos. Pretendem ser captações de momentos de espontaneidade na fruição do tempo de descanso em família, mas que a mim, lamento, soam-me a cenas montadas e artificiais, a obrigações, a cumprimento de horários seja para captar aquela luminosidade certa ou para conseguir fotografar sem uma imensidão de gente à volta na praia.  E eu gosto tanto de férias sem horários e obrigações!...

 

Chega por hoje. Quanto às minhas/nossas férias? Euzinha, senhora do meu amadorismo, brevemente publicarei qualquer coisa neste cantinho. Um dia destes, sem pressas... Férias normais, de uma família portuguesa típica como tantas outras, que carrega cadeiras, toalhas, guarda-sóis e farnel para a praia. Basicamente, só faltará o garrafão de vinho! 

 

Beijos,

Maria M.

Jardinagem e igualgade de género.

A nossa casa cá no norte situa-se na aldeia (Como eu gosto! Como nós gostamos!), mas a uns escassos cerca de 4 ou 5km do centro da sede de concelho, com boas vias de acesso, servida por autoestrada, e perto da povoação mas longe o suficiente dela para descansar e fazer "férias verdes". 

 

Temos alguns vizinhos simpáticos e solícitos. Ora nos oferecem produtos da horta, ora nos dão mudas de flores e árvores para o nosso jardim/quintal, ora me ajudam elas próprias (as mulheres, claro!) a cortar a relva, ora puxam conversa quando eu ando nas minhas jardinagens (o que me força a abrandar o ritmo dos trabalhos e nem sempre é bem vindo! 😂 ), ora competem para ver qual deles o mais amigável, qual ganharia o prémio de melhor vizinho. É engraçado: estes meus vizinhos mais próximos, dois casais (um pela nossa idade e outro um pouco mais velho) são ótimos para nós, muito cordiais e respeitadores para connosco, mas não se falam entre si (Questões de bens e heranças, o que haveria de ser?). Já pensei que talvez seja por estarem zangados que compitam pela nossa amizade... Cada um tem que causar melhor impressão que o outro aos novos e intermitentes vizinhos! Sorte a nossa! 😂 

 

Bem, hoje o vizinho mais velho trouxe-me um malmequer num vaso para eu colocar no jardim. Às vezes "impõe-me" espécies que eu dispensaria, mas este não era o caso.

 

Tenho andado a jardinar, claro. Cada vez que cá vimos, as ervas daninhas teimam em dominar o espaço em que decidi colocar relva. Parece que nunca mais consigo ver um tapete uniforme de relva como imaginei... Mas não desisto e ainda vou vencer esta luta contra as ervas! 

 

Só eu cá em casa é que aprecio os benefícios que a jardinagem provoca no estado de espírito. Faz milagres! Além disso, mesmo em férias não me vejo todo o dia sem fazer nada. Tenho que ter objetivos. Como dizia alguém: "gosto de olhar para trás e ver trabalho feito". A jardinagem dá-me isso. Hoje em dia, apesar das malditas e persistentes ervas que teimam em despontar e desenvolver-se mais rapidamente do que aquilo que eu gostava que crescesse, já posso olhar para o jardim e ver que fui eu que o concebi e que está ali trabalho meu. É um jardim/quintal simples, rústico como eu gosto, despretensioso, rural, com flores da minha infância - os malmequeres, as hortênsias, os agapantos, as sardinheiras. Nada de exótico, tudo típico. Acho que o meu amadorismo em arquitetura paisagística tem sido compensado pelo amor e dedicação que aplico no trabalho que desenvolvo. E acho que até não está nada mal. Quem o viu em quem o vê! Deixo aqui um apontamento. 

 

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Como já disse, o jardim/quintal é um exclusivo meu. Cá em casa, ninguém para além de mim gosta da jardinagem (pensando bem, nem de cozinhar, nem de limpar o pó, nem de nenhuma outra tarefa doméstica! 😕 Enfim...). Eu gosto e isso para mim é o bastante! Não me faz confusão que não valorizem e não participem desse  trabalho. No entanto, hoje a minha filha disse-me algo que me deixou a pensar. Ela é muito feminista e reivindicativa da igualdade de género,  já tinha falado nisso aqui. "Não tens vergonha de estar aqui a trabalhar e o pai estar lá dentro deitado a ouvir música?" Fala o roto ao nu! 😛 Haaa??? Acho que não! Eu gosto disto, ele não! Deveria ter vergonha?

 

A verdade é que não adiantaria nada tentar contrariar este cenário, o meu cenário. A minha filha ainda é muito nova e pensa que pode mudar as pessoas e o mundo. Quanto a mim, já consegui mudar algumas coisas. Em relação a outras, desisti. Esta é uma delas. É que há aspetos em nós que também ninguém consegue mudar... Às vezes é preciso aceitar. 

 

 

 

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DIREITOS DE AUTOR (Decreto-Lei n.º 63/85 com as posteriores alterações)

Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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