Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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Este ano não comprei uma única prenda de Natal! Nem uma!
Este ano não enfrentei, nem pretendo enfrentar, as multidões de gente nos centros comerciais e afins. Resisto estoicamente ao apelo desenfreado ao consumo.
Este ano vou comprar só as prendas que são mesmo necessárias, obrigatórias. E será só nos saldos, no início de janeiro. E sinto-me tãããoooo bem com isso!
Este ano informei as pessoas próximas que também eu não quero prendas. Longe vai o tempo em que ansiava por prendas. Chama-se a isto envelhecer ficar mais sábio e valorizar o que realmente importa.
Este ano não quero este Natal que temos hoje. Queria antes o Natal da família. Mais do sentimento e menos da posse e ostentação. Mais da consideração e alegria de comungar da companhia uns dos outros e menos da inveja e do descaso.
A minha casa está uma desorganização que só visto. Em muitos sentidos. E quem diz a minha casa, diz a minha cabeça, a minha vida. Ninguém imagina os demónios que cada mente alberga, as feridas que cada corpo carrega. Mas para fora uma existência feliz, uma vida por muitos desejada. Uma ilusão... Não sabem nada. Todos carregamos a nossa cruz e cada um é que sabe o peso da cruz que lhe verga as costas. E a minha não tem sido leve...
Cá me vou aguentando, uns dias melhor, outros dias pior. Hoje manifestamente mal! É a vida e temos que a viver conforme se nos apresenta. E só temos uma...
Eu sei que tenho andado um bocado desaparecida. Para além do post diário a que me obrigo, não me põem a vista em cima. Tenho tido a vida a mil, acreditem. O meu trabalho é mesmo assim. Há alturas em que não consigo mesmo conciliar. À noite, que é quando habitualmente escrevo qualquer baboseira com a qual vos presenteio no dia seguinte (grande amiga esta!) , tenho tido só tempo disso (para que não se esqueçam de mim) e de deitar para dormir. Estou estafada! E, convenhamos, o calor que se tem feito sentir também me tem deixado um bocado prostrada. No domingo ainda tive um tempito livre mas, com as notícias do incêndio de Pedrógão Grande, não consegui escrever nada de jeito e fiquei sem vontade de interagir com quem quer que fosse. Fiquei triste, deprimida e passei o dia com a lágrima fácil.
Do trabalho e das ralações que tenho tido não vou falar. Mas enfim, pelo menos hoje dou-vos conta de algumas conquistas dos últimos dias. Anotem aí!
Em termos profissionais, estou de parabéns, depois de um processo trabalhoso. Foi renovada a confiança no meu trabalho, apesar de algumas jogadas sujas que pretenderam me prejudicar mas sairam furadas. Moral da estória: não é muito fácil fazer-me mal. Sou valiosa demais para que essas pessoas consigam fazer o seu caminho. Bem, e quer isso dizer que me vou manter na liderança da gestão do estaminé nos próximos anos. Espero é ter saúde e energia para cumprir com brio as minhas funções.
Em termos familiares, apesar de ter sido um ano difícil como mãe (não tive a disponibilidade desejável para acompanhar os meus filhos no estudo e a resistência em estudar, principalmente dele, foi uma constante), os meus rebentos terminaram com bastante sucesso o ano letivo. Bem, ela é novamente Quadro de Excelência no 10º ano e ele ainda vai fazer os exames de 9º ano, mas penso que não haverá surpresas. Ah, e foi deputado nacional em representação do distrito no Parlamento dos Jovens e, pára tudo!, foi eleito Mister no Baile de Finalistas. É liiiiiiiiindo, o meu rapaz!
E pronto, hoje é este o post possível. Sobre os aspetos tristes da minha existência não escrevo hoje. Outro dia. Hoje não.
... e também para cometer alguns excessos à mesa. Mas caramba! Festa é festa! Na mesa da Páscoa não podiam faltar as amêndoas de chocolate, os ovos de chocolate para os miúdos comerem no fim de uma divertida caça ao tesouro engendrada pela minha filha (eu fazia-lhes isso em pequenos, pistas com enigmas e mensagens codificadas e ela apanhou-lhe o jeito), bolo com ninho de fios de ovos, e outras iguarias como uma torta de bacalhau e camarão deliciosa cuja receita experimentei pela primeira vez. Apesar de tudo, felizmente, pouco comi de todas estas delícias, já que o dia de Páscoa não foi passado na minha casa e os restos ficaram para lá, longe das minhas vistas. Melhor assim.
... e também para pacificar um pouco a "adolescentite aguda" cá de casa e dar tréguas ao natural conflito de gerações que tem estado ao rubro de há uns meses anos a esta parte. Nunca mais acaba isto???
... e também para poder mais uma vez constatar uma máxima que considero das mais acertadas no que diz respeito à natureza humana: as pessoas não vêem a realidade como ela é, mas sim como elas (pessoas) são. Essa é que é essa! Felizmente atingi uma determinada etapa na vida e um patamar de maturidade que me permite dizer que me estou positivamente cagando para isso.
De resto, foram uns curtos dias em paz e sossego. Que passaram a correr. Que não chegaram para usufruir em pleno da quietude do lugar que me viu nascer.
Deixo-vos com um apontamento desta árvore do meu quintal, em flôr, como convém na Primavera. Alguém por aí tem conhecimentos de ruralidade, ou é tudo gente mais citadina? Que árvore é esta, hã?
PS: Percebem agora porque é que desapareci daqui uns dias? Estive tão bucólica como o meu paraíso na terra. Estava capaz de ganhar raízes... Presumo que esteja perdoada...
Querem conhecer estratagemas de filhos adolescentes? Querem ir-se preparando, se for caso disso? Então apertem os cintos, que hoje vão conhecer o estratagema do século. Já a seguir, aqui neste post.
Não é que o meu filho engendrou um esquema todo rebuscado para não estudar, um dia destes?! Tinha assuntos urgentes a tratar no telemóvel, o pobre coitado, e os estudos não o deixam viver e tem uma vida triste e não pode fazer nada do que gosta e os amigos estão sempre no computador a jogar e com os telemóveis até às tantas da noite e ele não pode (palavras dele). Um infeliz...
Ia ter teste de História. Carradas de matéria para estudar e ele teima em não sair do nível 4. O gajo tem o problema de achar sempre que já sabe tudo e depois não é bem assim. É calaceiro até à última casa.
Depois de dado o contexto, a sequência de acontecimentos foi a seguinte:
O pai entra no quarto do filho, diz-lhe para estudar e retira-lhe o telemóvel, colocando-o no móvel do hall de entrada, onde eles habitualmente ficam de noite. É fácil perceber porquê. O telemóvel exerce uma atração terrível e não se coaduna com momentos concentrados de estudo. O pai faz, portanto, o seu papel e fica descansado.
Dali a uns minutos, a mãe, melhor investigadora do que um agente do FBI, vai ao quarto do filho para ver se estava tudo a correr bem com o estudo. Aparentemente, estava tudo controlado, e até se delicia a ouvir "quero mesmo estudar aqui concentrado", até que...
... ouve-se um barulho quase inaudível, como um vrum vrum abafado, semelhante ao sinal de mensagem dos telemóveis.
"Que barulho foi este? Tu tens aqui o telemóvel? O pai não to tirou?"
Filho atrapalhado. "Hummmm..."
A mãe procura debaixo da roupa da cama, de onde vem o som. Lá está um telemóvel, o telemóvel do filho, sem a capa. "Mas ainda agora o vi no hall de entrada!", pensa para consigo. Dirije-se ao hall e lá está um telemóvel em tudo igual, com a respetiva capa. O estratagema que ele montou e pôs em prática foi: depois de o pai lhe tirar o telemóvel, colocou a capa do telemóvel num velho igual que ele teve mas já não funciona, colocou-o no lugar do verdadeiro e ficou com este último escondido no quarto ao pé dele. Assim, todos passaríamos pelo telemóvel no hall e acharíamos que ele estava (concentradíssimo, sócio) a estudar como se não houvesse amanhã, sem distrações de qualquer tipo.
Grande estudo para História que iria acontecer ali, sempre a cair mensagens, como verifiquei depois, com o telemóvel confiscado ao pé de mim...
Resta-me saber quantas vezes é que ele já nos enganou desta forma. Ele diz que foi a primeira, mas tenho as minhas sérias dúvidas.
De falta de criatividade, malandrice e engenho é que ele não pode ser acusado... Lembro-me de o meu maior estratagema ser ler às escondidas da minha mãe, pela noite dentro, com uma luz muito fraquinha, para não levantar suspeitas. Se calhar sou míope por causa disso... Que totó que eu era, perto do meu filho.
Acho que ainda me vou rir disto, mas por enquanto não! Não, mesmo!
Moral da história: Podes enganar um homem/pai, mas enganar uma mulher/mãe já são outros quinhentos.
É a mim que o meu filho recorre quando precisa de um conselho, de uma opinião, ou quando quer confidenciar algum aspeto da sua vida. Mas só ele. A minha filha é muito fechada e dela não consigo extrair nada. Ele, pelo contrário, procura-me para partilhar variadíssimas situações, dúvidas, conquistas. Curiosamente ou não, nunca procura o pai.
Ontem, apesar de andarmos amuados nos últimos dias, ao final do dia abordou uma série de assuntos, numa conversa de mais de uma hora, só nós os dois. Fui confrontada com notícias deliciosas e com outras mais preocupantes que deixo para outra altura.
Vamos às deliciosas. O mesmo menino de 14 anos que há uns meses quis que eu falasse com ele sobre sexo, deu-me agora a conhecer um bocado da sua vida amorosa. Já tem a sua primeira namorada, uma menina que eu conheço. Fiquei a saber que namoram desde dia 1 de janeiro, e tudo começou na festa de passagem de ano à qual foram em casa de amigos.
"Mãe, mas queres saber como começámos a namorar? Eu soube fazer tudo como deve ser. Eu sou um gajo romântico. Não imaginas como foi romântico! Aposto que com o pai não foi assim. () Foi durante as badaladas da meia noite que eu lhe perguntei se ela queria namorar comigo."
"E depois, ela disse que sim?"
"Não. Deu-me um beijo. E todos bateram palmas e estão a torcer por nós."
"Realmente foi muito romântico, filho!"
Fiquei feliz com este relato. Claro que dei mil e um conselhos, nomeadamente disse-lhe para tratar sempre bem a menina e essas coisas todas. Mas achei tão giro. Será normal eu ficar tão feliz pelo meu filho, apesar de ele ser tão novo? Muitos acharão que é muito cedo para namorar e que eu não devia dar liberdade para isso. Mas não é delicioso que ele tenha abertura para me contar as suas histórias mais importantes e íntimas? E está apaixonado! Que maravilha!
Pois é! Neste momento, sou já uma mãe com uma "nora" e um "genro" (a minha filha também já namora há mais de um ano com um rapaz). E nunca pensei que fosse enfrentar isso com tanta naturalidade. Gosto deles! Talvez seja prematuro gostar deles, mas gosto. Percebi que talvez venha a ser uma sogra "fixe".
Pelo menos, foi assim que, num "ai", deitei para trás das costas uma das ralações que me apoquentava, o sentimento de impotência saído dos conflitos de gerações dos últimos tempos. Afinal talvez não seja assim um ser tão desprezível aos olhos dos meus filhos adolescentes...
Hoje estou com a neura. Sinto-me tão diminuída! Literalmente!
Acabei de constatar que já nem de saltos altos atinjo a altura do meu rapagão de 14 anos. Como é possível um crescimento tão acelerado? É de um dia para o outro... Impressionante!
E o gajo, apercebendo-se do meu estado de negação, ainda me puxou para posar com ele em frente a um espelho, lado a lado e, ostentando o seu orgulho desmedido em centímetros e a estes diretamente proporcional, obrigou-me a aceitar esta triste evidência. Sacana d'um raio que está a crescer tão depressa!
Cria uma mãe um filho para isto! Qualquer dia está a apresentar-me a uma nora, o traidor, o ingrato! Tchhhh!
(É evidente que estou a brincar. Está tão lindo o meu filho! E a minha filha também!)
Desde que tenho dois filhos adolescentes vaidosos em casa, um dos maiores exercícios físicos que fazemos é a corrida à casa de banho. Temos duas, o que em princípio seria mais que suficiente para uma família de quatro. Mas há momentos em que não é bem assim... Em hora de ponta, formam-se filas para apanhar a vez, qual área circundante de Centro de saúde em madrugada de dia de semana para conseguir consulta.
Ela é quem mais monopoliza o espaço. De manhã, para sair de casa é sempre uma luta suja para conseguir tirá-la de frente do espelho. É o cabelo que precisa de ser esticado (sqn, que ela tem o cabelo liso e sedoso como uma japonesa); são os exfoliantes e os cremes (começa cedo a preocupar-se com a hidratação da pele, o que até não é mau); são as lentes de contacto, porque se recusa a ir para a escola de óculos (o que eu acho uma estupidez, já que fica giríssima com óculos); é o tempo em demasia a escovar os dentes com a ilusão de que fiquem de um branco mais imaculado do que o branco das camisolas dos anúncios a detergente da roupa; agora até quer vestir-se na casa de banho (não sei se é por causa da luminosidade ou porque o espelho do quarto não lhe permite a perspetiva de imagem desejada) e veste peça e muda peça e volta a mudar. Grrrrr!!!
E por tudo isto, agora sou eu que saio de casa quase sem me olhar ao espelho. Qualquer dia chego ao emprego e tenho a surpresa de alguém me chamar a atenção para uma peça de roupa do avesso ou por ter remelas nos olhos.
Por isso, eu alinharia num movimento com a palavra de ordem: "Abaixo os espelhos da casa de banho!" A sã convivência cá em casa estaria muito facilitada se os espelhos não fizessem parte dos essenciais das casas de banho. Uma coisa do género da imagem, seria o ideal. Ainda por cima esta solução alimentaria o ego e a autoestima para aqueles dias em que acordamos com um mau cabelo. Que tal?
O remédio é brincar com isto, que alivia a expetativa de mais uma semana pela frente em que terei que lidar com o stress das manhãs antes de sair de casa e levar os miúdos à escola e eu própria seguir para o trabalho. Por incrível que pareça, este é um dos momentos mais críticos da minha rotina nos dias de semana.
Mais uma vez cheguei a casa e mais uma vez a filha no computador a ver uma série qualquer. "Pretty little liars", acho eu. Alguém conhece? Ganhou uma obsessão com esta série que é uma coisa por demais e que lhe rouba tempo infindável de estudo.
Ela está no 10º ano e já não é brincadeira. Se quiser lutar por uma média confortável para entrar no curso que preferir, tem que começar já a trabalhar para isso. Todos sabemos isso, certo? E tudo isto eu lhe repito vezes sem conta, como é óbvio. Sem sucesso, aparentemente. Diz-me que não me preocupe, que vai ter 20's e tudo! Sabemos que não é assim tão fácil, mas vá-se lá conseguir convencê-la disso, com aquele apelo constante da tal série na qual está viciada?!
Hoje decidi então pôr um ponto final. Ora bem, ela vê a tal série porque instalou um programa chamado "Popcorn Time" ou qualquer coisa assim, através do qual tem acesso aos episódios que quiser. Sim, porque parece que a série ainda não passou na televisão portuguesa. Vai daí, eu, toda esperta, aproveitei agora ao fim da tarde que ela foi para a explicação de Matemática e toca de ir tentar desinstalar o tal programa. Tentar eu tentei, mas era o desinstalavas! O tal Popcorn é tão bom ou tão mau, que não permite remover do pc / desinstalar. Nunca me aconteceu tal coisa! Porque será?
Como não desisto à primeira, e enquanto não percebo a razão de não conseguir remover o bicho, só me restou definir uma palavra-passe para se entrar no computador! Resolvido! Pronto, agora só lá entra quando eu quiser!
Sim, eu sei! É verdade! O ideal seria ela e ele cumprirem os ensinamentos da mãe, obedecerem cegamente aos meus conselhos, blá blá blá. Mas a verdade é que não tenho filhos perfeitos. Haverá filhos perfeitos? E comigo, se não vai a bem, vai a mal! Desistir é que não desisto! Quando voltar a ter confiança nela, devolvo-lhe o controle do uso do computador. Simples!
Isto hoje está mesmo tudo do avesso cá para os meus lados! É que, como se não bastasse isso, na minha labuta de volta do pc, ainda fui obrigada a ver conversas de chat esquecidas abertas do filho com uma menina que me deixou preocupada pelo cariz quase sexual das mesmas. Agora tenho também que ter uma conversinha com ele. Ai que isto de educar adolescentes é tão difícil! SOCORRO!
O amor entre irmãos é das coisas mais lindas! Ato tão bonito este, entre os irmãos triatletas Brownlee!
(Vou tentar lembrar-me desta cena quando os meus filhos se unirem em cumplicidades fraternas nos momentos em que eu estou a cumprir com rigor o meu papel de mãe... )
Parece-me que é altura de trazer as m(ã)emórias das férias na praia, agora que pelos vistos se avizinha uma semana com chuva com fartura, a anunciar o outono. Tenho um sentido de timing extraordinário, realmente!
Francamente, tenho vindo a adiar escrever sobre as minhas/nossas férias. O verão é definitivamente a MINHA estação do ano. É no verão que eu sou mais feliz. Por isso, sou daquelas pessoas (não seremos todos?) que têm uma certa dificuldade em enfrentar o regresso à dura realidade de um novo ano de rotina, de trabalho, após as férias de verão. Recordar as férias deixa-me com uma neura que "faxavor"! Causa-me angústia lembrar os bons momentos passados nas férias, sabendo que vai demorar mais um ano até poder gozar o "dolce fare niente" novamente. Caso para dizer hoje: quem me dera voltar para a ilha! Para uma ilha, literalmente, ou pelo menos avistar uma ao longe, como aconteceu na curta semana que passámos na costa alentejana. A ilha que vislumbrávamos quase todos os dias era esta, aquela cujos versos da conhecida canção do Carlos Tê, cantada pelo Rui Veloso, diziam ter outrora um pessegueiro plantado por um vizir de Odemira.
As férias não se resumiram à semana passada na praia, mas isso fica para outra altura. Dizia eu então que foi por aqui que fizémos praia este ano, por um feliz acaso. Apesar de todos os anos fazermos intenção de planificar as férias mais cedo, todos os anos, sem exceção, a vida profissional e outras "diversões" acabam por empurrar essa tarefa para a véspera. Por isso mesmo, normalmente já só conseguimos alojamento no Algarve, onde há, como sabemos, muita mais oferta. Mas este ano, quase na véspera, devido a um cancelamento, lá conseguimos fazer praia na costa alentejana.
Se já tínhamos um carinho especial pelo sudoeste alentejano, confirmámos agora a nossa preferência. Foi este ano que eu própria fiquei, definitiva e irremediavelmente apaixonada por esta costa, pelo pôr do sol inigualável, pelas praias lindíssimas que conservam alguns traços naturais livres de mácula introduzida pela mão humana, onde conseguimos encontrar areais tranquilos e espaços com um raio razoável de metros de área só nossa de modo a não interferir negativamente com a minha fruição das férias (porque excesso de gente à minha volta na praia interfere mesmo!), pela paz e quietude, pelas rochas que os miúdos ainda gostam de explorar (um dos poucos resquícios da infância que ainda conservam!), pela gastronomia que tanto aprecio: as migas alentejanas, a feijoada de búzios, os chocos fritos, são para mim autênticas iguarias!
É claro que tudo isto significou quilos extra! Enfim, já é habitual e, sim, tenho que tratar disso... Adiante!
Foram umas férias modestas e mais económicas do que é habitual mas, apesar disso, umas ótimas férias, ao meu jeito. Daquelas mesmo para descansar, sem stress, sem trânsito, filas, amontoados de gente, demoras, esperas. Como eu gosto. Até os dias inteiros passados na praia, como o M. gosta, me souberam bem, a mim a quem a praia em demasia costuma cansar. Levantávamo-nos ao sabor do nosso relógio biológico, tomávamos o pequeno-almoço e lá íamos nós, à bela tradição tuga, com o farnel do almoço e o resto da parafernália (só faltava mesmo o garrafão de vinho! 😂), à descoberta de mais uma praia lindíssima, como só a costa portuguesa tem. Para quê procurar paraísos de férias noutros países e hemisférios, se nós temos por cá esta riqueza? Para mim, as melhores praias do mundo são mesmo as nossas. E à noite, sobretudo sossego, que eu não morro de amores pela "night", a não ser jantar fora e um "passeio dos tristes" de vez em quando.
Mas como tudo que é bom acaba depressa, ficam as memórias. Resta esperar pelas férias do próximo ano e ir tentando encontrar outros motivos para ser feliz diariamente, que não passem por estar numa toalha deitada de papo para o ar, debaixo de um sol radioso a processar vitamina D, ao som das ondas do mar. Aiii, que já tenho tantas saudades do som do mar! E dos sentidos mais despertos, e dos finais de dia, dos jantares numa esplanada com vista para o mar! Deste pôr do sol...
Muitas mais sensações haveria para contar, mas fico-me por aqui. Já sinto o peso de uma semana cheia de ralações que tenho pela frente. Ainda por cima com chuva! Que chatice!
As férias escolares dos miúdos estão quase a acabar.Há mais de um mês, queixava-me eu aqui de que os meus filhos não ajudavam nas tarefas domésticas. Nesse dia, pus um ponto final, disse basta, isto tem que acabar, não pode ser assim, blá blá blá. Grande mãe! Grande mulher!
E hoje, já podemos fazer um balanço da resolução daquele dia? Sim! Já podemos! Continuou tudo igual. Foram à volta de três meses sem fazer nada a não ser brincar. Bem, se formos mais precisos, foram respetivamente 14 e 15 anos sem fazer nada!
Isto para chegar onde? Para chegar à conclusão de que realmente a culpa é minha. Eu é que, perante a "resistência" deles em fazer determinadas tarefas, para não me chatear, vou lá e faço. Mas não pode ser assim, eu sei. Tenho mesmo que encontrar uma forma de incentivar os miúdos a colaborarem mais nas tarefas domésticas. Para o bem deles! Sinto que não estou a criar indivíduos desenrascados, com autonomia e responsabilidade. Só que tenho um problema... É que o pai foi criado um bocadinho assim, um menino da mamã, não faz quase nada em casa e, pior do que isso!, não colabora o suficiente na imposição de rotinas nos nossos filhos para interiorização das mesmas. Nesta casa é tudo a mãe. Principalmente para fazer o papel de bruxa má, é a mãe. Gostava de poder descansar um bocadinho deste papel...
Realmente só quando somos mães é que compreendemos algumas palavras e atitudes das nossas próprias mães. Lembro-me de ouvir a minha mãe, perante o nosso (meu e da minha irmã) chamamento contínuo, dizer "Mãe isto, mãe aquilo! Já sei que sou mãe!" Aquela frase na altura fazia-me alguma confusão, mas hoje compreendo perfeitamente. Parece que há teorias que dizem que nós acabamos por ficar tal e qual as nossas mães. Pois eu já dei por mim a repetir estas palavras: "Mãe, sempre a chamar pela mãe! É tudo a mãe! Chamem o pai de vez em quando!" E um dia, quando a minha filha for mãe, embora ela afirme peremptoriamente que não, há de ser igualzinha à mãe dela.
A nossa casa cá no norte situa-se na aldeia (Como eu gosto! Como nós gostamos!), mas a uns escassos cerca de 4 ou 5km do centro da sede de concelho, com boas vias de acesso, servida por autoestrada, e perto da povoação mas longe o suficiente dela para descansar e fazer "férias verdes".
Temos alguns vizinhos simpáticos e solícitos. Ora nos oferecem produtos da horta, ora nos dão mudas de flores e árvores para o nosso jardim/quintal, ora me ajudam elas próprias (as mulheres, claro!) a cortar a relva, ora puxam conversa quando eu ando nas minhas jardinagens (o que me força a abrandar o ritmo dos trabalhos e nem sempre é bem vindo! 😂 ), ora competem para ver qual deles o mais amigável, qual ganharia o prémio de melhor vizinho. É engraçado: estes meus vizinhos mais próximos, dois casais (um pela nossa idade e outro um pouco mais velho) são ótimos para nós, muito cordiais e respeitadores para connosco, mas não se falam entre si (Questões de bens e heranças, o que haveria de ser?). Já pensei que talvez seja por estarem zangados que compitam pela nossa amizade... Cada um tem que causar melhor impressão que o outro aos novos e intermitentes vizinhos! Sorte a nossa! 😂
Bem, hoje o vizinho mais velho trouxe-me um malmequer num vaso para eu colocar no jardim. Às vezes "impõe-me" espécies que eu dispensaria, mas este não era o caso.
Tenho andado a jardinar, claro. Cada vez que cá vimos, as ervas daninhas teimam em dominar o espaço em que decidi colocar relva. Parece que nunca mais consigo ver um tapete uniforme de relva como imaginei... Mas não desisto e ainda vou vencer esta luta contra as ervas!
Só eu cá em casa é que aprecio os benefícios que a jardinagem provoca no estado de espírito. Faz milagres! Além disso, mesmo em férias não me vejo todo o dia sem fazer nada. Tenho que ter objetivos. Como dizia alguém: "gosto de olhar para trás e ver trabalho feito". A jardinagem dá-me isso. Hoje em dia, apesar das malditas e persistentes ervas que teimam em despontar e desenvolver-se mais rapidamente do que aquilo que eu gostava que crescesse, já posso olhar para o jardim e ver que fui eu que o concebi e que está ali trabalho meu. É um jardim/quintal simples, rústico como eu gosto, despretensioso, rural, com flores da minha infância - os malmequeres, as hortênsias, os agapantos, as sardinheiras. Nada de exótico, tudo típico. Acho que o meu amadorismo em arquitetura paisagística tem sido compensado pelo amor e dedicação que aplico no trabalho que desenvolvo. E acho que até não está nada mal. Quem o viu em quem o vê! Deixo aqui um apontamento.
Como já disse, o jardim/quintal é um exclusivo meu. Cá em casa, ninguém para além de mim gosta da jardinagem (pensando bem, nem de cozinhar, nem de limpar o pó, nem de nenhuma outra tarefa doméstica! 😕 Enfim...). Eu gosto e isso para mim é o bastante! Não me faz confusão que não valorizem e não participem desse trabalho. No entanto, hoje a minha filha disse-me algo que me deixou a pensar. Ela é muito feminista e reivindicativa da igualdade de género, já tinha falado nisso aqui. "Não tens vergonha de estar aqui a trabalhar e o pai estar lá dentro deitado a ouvir música?" Fala o roto ao nu! 😛 Haaa??? Acho que não! Eu gosto disto, ele não! Deveria ter vergonha?
A verdade é que não adiantaria nada tentar contrariar este cenário, o meu cenário. A minha filha ainda é muito nova e pensa que pode mudar as pessoas e o mundo. Quanto a mim, já consegui mudar algumas coisas. Em relação a outras, desisti. Esta é uma delas. É que há aspetos em nós que também ninguém consegue mudar... Às vezes é preciso aceitar.
Só para dizer que, após mais de um mês de ócio dos adolescentes cá de casa, passei-me!
Desde o início das férias escolares, os dias deles têm sido passados entre programas com os amigos, muito telemóvel (redes sociais), tv, jogos de computador, principalmente jogos de computador . Basicamente tem sido isto. Uns vegetais, portanto! Couch potatoes!
Pois hoje, pela enésima vez a chegar a casa depois de um dia de trabalho (um dia de trabalho difícil de julho, porque as merecidas férias tardam em chegar e o stress acumulado já é mais que muito), e encontrar pela enésima vez a casa de pernas para o ar, passei-me!
Grito de socorro: greve às habituais tarefas de mãe e dona de casa de final de dia, não sem antes deixar bem vincado o meu desagrado. Deitei-me a descansar, com a condição de que haveria jantar se todos fossem ajudar a fazê-lo, o M. inclusive.
Resultado: todos ajudaram qualquer coisita e houve jantar. A bem dizer, eu é que fiz quase tudo, mas pelo menos tiveram que estar por ali a olhar para mim! Toma!
Tenho que fazer isto mais vezes. Talvez a culpa seja minha. Como a grande maioria das mães, vou fazendo tudo e acabo por prejudicar o desenvolvimento da responsabilidade, autonomia e iniciativa dos meus filhos. E estou realmente preocupada com isto...
Fim-de-semana de chuva (lá tive que voltar às botas...), mas com gosto a dever cumprido.
Nem sempre consigo ser produtiva ao fim-de-semana. Depois de 5 dias de trabalho e bastante stress, costumo sentir que os 2 do fim-de-semana não me rendem, sinto que não atinjo nem metade das expetativas que crio. Mas neste sábado lá consegui cumprir aquelas tarefas que tenho que fazer normalmente duas vezes por ano: limpeza da despensa e dos armários da roupa dos miúdos, com separação das roupas que já não lhes servem.
Esta última foi feita praticamente por eles. Fiquei tão orgulhosa! A ele custou-lhe um bocadinho inicialmente. A imagem de um autêntico homem desorientado com a roupa toda espalhada à sua volta, no chão do quarto e em cima da cama. "Mãe, tens que me ajudar!" Não ajudei porque só assim é que o estou a ajudar (se é que me faço entender...). Ela até gostou da tarefa. Significa que se pôde ver livre de roupas "velhas" e fazer um choradinho de que não tem nada para vestir. "Mãe, temos que ir ao shopping!" Uma verdadeira mulher já. Faz lista de compras e tudo!
E por acaso acabámos por ir ao shopping também, derreter dinheiro, como diz o M. Ter filhos adolescentes custa os olhos da cara! Quem tem filhos a crescer a uma velocidade estonteante sabe como é. Os meus ainda estão naquela fase em que em cada outono e primavera retiro sacos de roupa para dar porque deixa de lhes servir, principalmente a ele. De repente já é mais alto que eu. Mas é que foi mesmo de repente, de um dia para o outro.
Quanto à despensa, como sempre acontece quando a limpo, fui descobrir lá para trás alimentos fora de prazo e também daqui retirei um saco de desperdício. Penso que acontece a toda a gente, mas tenho que contrariar isto. Talvez fazendo esta limpeza com mais frequência...
Hoje o dia passou a correr: manhã no futebol, almoço na sogra e tarde de filme didático em família como costumamos fazer. Desta vez foi "Selma", sobre Martin Luther King e a luta pelos direitos dos negros nos EUA.
Bem, é hora de dormir, que amanhã é dia de trabalho. Segunda-feira outra vez... Não faz mal! Vai ser uma feliz e produtiva segunda-feira! Mindfulness, certo?
Tenho uma mente acelerada demais. Viajo de um pensamento para outro rapidamente, tenho um cérebro errático, o que em várias ocasiões me dificulta usufruir da vida ao máximo. A qualquer momento o meu pensamento divaga para assuntos mundanos como: tarefas domésticas a fazer, planos para agendar, problemas no trabalho, episódios que se passaram e que me marcaram (acontece muito devido à tendência que tenho para “empreender” sobre as situações vivenciadas), um sem-número de preocupações que me impedem muitas vezes de gozar o momento que estou a viver, o aqui e agora.
Há um conceito agora muito na moda - “mindfulness”, que aponta para essa capacidade de viver o presente, de controlar o pensamento e focar a mente para usufruir de cada momento vivido, sem outras interferências nefastas.
Bem, esta introdução foi só para partilhar que fui recentemente convidada a participar numa sessão de “mindfulness”. Será ao ar livre, num parque, no final deste mês. Não faço ideia do que seja, mas pondero ir. Acho que eu sou mesmo o tipo de pessoa a quem dava jeito dominar a técnica, para meu bem e dos que me rodeiam. Tenho noção de que muitas vezes não gozo a vida ao máximo e prejudico gravemente a de quem convive comigo. Do estilo de umas meias no chão provocarem um acesso de nervos e estragarem um serão, assim de repente. Desse género! Tenho que me controlar, realmente.
Um dia, uma colega disse-me que era como eu mas que acabou por desistir de ter tudo certinho como gostava na vida, nomeadamente de ter os filhos perfeitos, e a partir daí a sua convivência com a família – no caso, marido e filhos – melhorou significativamente. Se não os podes vencer, junta-te a eles, certo? Gostava de atingir esse patamar de autodomínio. Mas receio não conseguir alcançar esse tal ponto de concentração. Sou mais do estilo “mind full” do que “mindful”…
Voltando à tal sessão: e se depois eu “chumbo” nos exercícios? Eu não sei lidar bem com o insucesso! Bem, posso sempre fingir que estou “concentradíssima, sócio”. Afinal, não são raras as vezes em que deixo de ouvir algumas pessoas que são tagarelas, maçadoras, “chatas como a potassa” e ninguém nota nada. Sou perita nisso. Talvez vá, afinal…
(A foto dos amores-perfeitos foi tirada numa caminhada com o M. Só para dizer que retomamos as nossas caminhadas! Yay! Fizemos duas esta semana. Devagarinho, isto vai! )
Não é fácil para mim manter a atividade nesta espécie de blog. Vivo numa azáfama entre a vida profissional e a familiar que me ocupa todo o tempo e energia. Ainda bem! É sinal de que estou viva!Estes últimos dias, por exemplo, têm sido de loucos. Desde horários malucos, "deadlines" no trabalho que tinha para cumprir, formação, reuniões, iniciativas promovidas à noite, eu sei lá!
Em casa, também uma série de acontecimentos, esses mais felizes:
o torneio de futebol do jogador da bola cá de casa,
o aniversário do M. e o meu também (sim, somos os dois do signo touro e às vezes nota-se!),
o concerto "Drones World Tour" dos Muse,
alegria,
papoilas,
finalmente o sol,
sandálias nos pés,
e maio, o meu querido maio.
Já estava com saudades de passar por cá! Mas por hoje fico-me por aqui. Vou tentar fazer uma caminhada hoje. No more excuses!
Ah! Parabéns para mim, que já atingi a marca dos 45, 5 deles depois do cancro!
Estas meninas estiveram todo o fim-de-semana devidamente arrumadas... no meio da sala. Foi lá que a minha filha as deixou antes de sair para o passeio de 3 dias com as amigas e a sua família. Acabei de as ver lá. E como ela está quase a chegar, agora também não as vou arrumar. Desarrumou, arruma!
Reflexão que se impõe :
Passou-se um fim-de-semana, ainda por cima prolongado, e eu nunca vi aquele espetáculo montado na sala? Mas que raio de fins-de-semana são os meus, que nem entro na sala, não me sento no sofá, não usufruo desse espaço, não relaxo um bocadinho? Ah, já sei! Entre atividades desportivas do caçula (futebol), atividades sociais a acompanhar o M. (comemorações do 25 de abril), atividades domésticas (aproveitar para lavar toda a roupa da cama da primogénita, passar a ferro, fazer compras para a semana e preparar o farnel e a mala do caçula que sai daqui a bocado para o passeio dele dos próximos dias), passou-se o fim-de-semana e eu não descansei nada. E amanhã logo cedo no batente...
Que vida tão estúpida a que levamos, sempre a correr! Enfim, haja saúde e amor! Eu também nunca fui muito pessoa de sala. Sou mais de cozinha. Há doidos para tudo...
Tenho tantas dúvidas sobre as minhas competências maternais! A adolescência dos meus filhos põe-me à prova a toda a hora. A qualquer momento, o que parece ser um momento familiar perfeitamente descontraído, descamba numa briga, em tons alterados e acusações mútuas.
Eu sei que faz parte da adolescência contestar tudo o que vem dos pais, dar respostas tortas, contrariar, pôr à prova a autoridade, esconder, mentir. E também sei que a minha tendência para criar imagens de situações ideais e exigir depois a sua concretização, não ajuda nada. Idealizo tudo demais e depois só tenho é deceções atrás de deceções. Assim como não ajuda a minha ansiedade e falta de paciência para lidar com as situações. Não consigo contar até dez! Disparo logo.
Que chatice! Amo tanto os meus filhos e, no entanto, às vezes, numa dessas crises familiares, pareceria a um observador externo que nos odiamos. Nos últimos tempos é raro o dia em que não surge um conflito do nada. Seja uma resposta mal dada, seja uma ordem repetida dez vezes e nunca cumprida, seja um teste para o qual não se quer estudar, qualquer coisa despoleta uma briga. Que raio! Os meus pais nunca tiveram que me lembrar da responsabilidade de estudar!
Enfim, às vezes sinto que os meus filhos me vêem como uma bruxa má. Nada parecido com o que idealizei para a minha experiência da maternidade... Ingénua, apesar de ter noção da grande responsabilidade que é, pensava que educar seria muito mais fácil do que tem na realidade sido, principalmente nestes últimos anos. Mas eu sinto que, mesmo assim, estou no caminho certo e, por muitos atritos que haja, devo insistir sempre no cumprimento de regras, horários, etc. Ser uma boa mãe, às vezes, é também ser uma mãe má. Não será assim?
O certo é que, apesar de tudo, tenho uns bons filhos. Têm os seus feitios difíceis, é verdade! Mas também ninguém sai às pedras da calçada, não é? No fundo, têm uma boa índole, são bons alunos, respeitam os outros e dão-se muito bem um com o outro, o que era algo importante para mim, que cresci com muitas brigas com a minha irmã (que adoro e hoje damo-nos muito bem!) porque os meus pais não souberam perceber e evitar os meus ciúmes excessivos de irmã mais velha.
Voltando aos meus filhos, acho que consegui incutir-lhes valores importantes, daqueles que eu gosto de dizer que são um legado familiar ancestral que tem que continuar a passar de geração em geração. Valores dos meus avós, tios, pais. Honestidade, humildade, verticalidade, correção, inteligência, educação sempre foram valores e qualidades que, na minha família, são uma bandeira. E não é só ter essas qualidades pessoais, é também ter vaidade nelas e acenar essa bandeira aos quatro ventos. E isso para mim chega a ser uma obsessão, admito. A juntar a isto, um bocadinho de esperteza e inteligência emocional para lidar com as situações, assim como perspicácia, também seria bom. Aos meus filhos falta-lhes ainda um bocado disso, para além da responsabilidade. Mas enfim, só têm 13 e 15 anos!
Ainda não mencionei que estou com mais disponibilidade para refletir sobre estas coisas porque este fim-de-semana e a próxima semana, ora um, ora outro, vão viajar. Ela já foi, hoje de manhã bem cedo, com uma família amiga e outras amiguinhas e volta segunda-feira. Ele vai em visita de estudo para Espanha toda a próxima semana. Chega ela, sai ele. Durante 7 dias só terei um filho ao pé de mim de cada vez. Já me está a fazer confusão... Eles dão-me cabo da cabeça, mas não sei viver sem eles. Meus ricos filhos!
Na escola, apesar de nenhum deles gostar de estudar (quem é que gosta?), vai tudo bem. Ainda não sei é se algum conseguirá integrar o Quadro de Excelência e estou cheia de pena que isso não aconteça. Uma mãe fica orgulhosa, desculpem lá! Por falar em escola, o meu mais novo iniciou o ano menos bem a matemática e olhem só a nota que trouxe para casa ontem! Tem vindo sempre a subir! Qual é a mãe que não gosta?
Bem, vou tentar aproveitar estes próximos dias, que se prevêem de início do tempo bom e que antecedem também o Dia da Mãe, para gerir melhor a relação mãe-filho(s) e "usufruir" melhor de cada um deles... sempre com muitas saudades do outro, claro.
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