Amor é sempre Amor!
Ontem a minha filha surpreendeu-me com uma pergunta inesperada. Acho que a pergunta surgiu no seguimento da leitura que ela fez a uma revista sobre adolescência. Revista essa que ela quis comprar por interesse óbvio no tema (tem 16 aninhos, e viu na capa qualquer coisa sobre passar férias com os amigos sem os pais, coisa que ela tem andado a sondar, minha rica e inocente filha! ), mas que acabou por descobrir que era destinada a pais. Trata-se de uma revista sobre adolescência, educativa, mas para pais. Faz sentido. Nós pais é que temos que aprender a lidar com essa fase da vida dos nossos filhos. Eles limitam-se a vivê-la e os conflitos são mais normais do que nós achamos e gostaríamos. Cabe-nos a nós, portanto, aprender a gerir essa fase, mais do que a eles próprios. Tenho que lê-la também, by the way. Literatura sobre adolescência nunca é demais. Já percebi que os desafios são mais que muitos e a cada dia há mais inovação e surpresas.
Bem, mas vamos à pergunta. Ora ela perguntou-me como eu reagiria se ela ou o irmão fossem homossexuais. E eu, está claro, disse que aceitaria, que para mim isso não é um problema, que o Amor é sempre Amor e é belo, independentemente da opção sexual de cada um. E é mesmo isto que eu penso. Mas, curiosamente, chocou-me que os meus filhos, apesar de ficarem agradavelmente surpreendidos, estranhassem que eu pense assim.
As convenções sociais têm muita força e eu apercebi-me de que os meus filhos, apesar de eu notar que não demonstram preconceito, aprenderam com a sociedade (sim, porque definitivamente não foi com os pais!) que a homofobia é algo natural e aceitável. Para eles seria normal que os pais odiassem a ideia de que algum deles fosse homossexual. Triste sociedade esta, em pleno século XXI, que ainda ensina às novas gerações o ódio a alguém só porque ama pessoas do mesmo sexo. Homossexualidade não é doença, homofobia sim!