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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

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"Sextortion"

Como sabemos, a internet pode esconder muitos perigos. As crianças e os jovens são aqui vítimas fáceis, como também sabemos. 

 

Extorção sexual na internet ou mesmo brincadeiras destas de cariz sexual sem envolvimento de dinheiro é um perigo que me preocupa muito. Estou farta de chamar a atenção dos meus filhos para este tipo de situações.

 

 

São necessárias medidas preventivas e acho que este vídeo está muito bem conseguido, na minha opinião. É uma boa ferramenta para tratar este assunto com os nossos filhos. Trata-se de uma campanha da GNR lançada já há uns meses mas que só agora conheci. Muito bom! 


 

O que é que eu faço a esta gente???

Como disse, cá estou eu com os apontamentos deste dia quase exclusivamente dedicado à minha saúde:

 

Nas análises ao sangue, logo de manhã:

 

Analista: "Como está? Está com bom ar, um ar VIVO!"

 

Pois, morta não estou, não. Mas eu percebo o que ele queria dizer. Não é tanto o cancro, mas sim os tratamentos ao cancro: deixam-nos com um aspeto doente, amarelo, mau. Por isso, aceitei como um elogio e fiquei feliz. 

 

Seguiu-se o tempo de espera pela consulta. As análises demoram cerca de duas horas e a doutora ia, justificadamente, atender primeiro os doentes que fariam quimioterapia a seguir. Aproveitei o compasso de espera para ir a outro consultório levantar as análises à urina, aquelas que identificariam a bactéria e me confirmariam se a bicha é sensível ao antibiótico que ainda estou a tomar. Sim, a bicha é sensível. Assunto resolvido! 

 

Antes de voltar ao hospital, tempo para um cafezinho e um bolo carregado de creme como eu gosto, com o M. num café próximo. Tão bom, coisa rara! A única lembrança boa que tenho dos tempos dos tratamentos é a destes momentos a dois que nunca temos no dia-a-dia.

 

Regresso à oncologia. Muita gente, rostos tristes e amarelados, desmoronamento de um familiar num choro já longamente contido, cabeças cobertas por um lenço, boas almas voluntárias a oferecer café e bolinhos aos doentes. Nunca mais voltei à sala de tratamentos, mas espreito sempre para ver se há pessoas da minha idade ou se são menos jovens e, efetivamente, são quase só pessoas mais velhas. Tudo isso outra vez. Consulta já no início da tarde. Novidade ou talvez não: tratamento hormonal por mais 5 anos. Nada que eu não esperasse, mas que me deixou com um gosto agridoce. Conversa sempre interessante com a médica: os filhos, a escola, o estado da educação e da saúde em Portugal. Consulta daqui a um ano, e entretanto, em seis meses, consulta de ginecologia e mamografia. 

 

Almoço tardio com o M. num restaurante habitual. O resto da tarde, enquanto o M. teve uma reunião de trabalho, eu fui às compras. Nunca posso ir em dias de semana e soube-me tão bem! Aproveitei e fui à operadora de telemóveis saber a razão de o dinheiro do telemóvel dos miúdos desaparecer a olhos vistos. Simples: plafond de internet ultrapassado e  dinheiro a ser debitado à fartasana. A menina quase me convenceu a aumentar o plafond porque realmente, como está, ainda gasto mais. Mas quando já ia para fazer isto, caí em mim e percebi que eles tinham que tirar uma aprendizagem disto. Em vez de aumentar o plafond, bloqueámos o limite de maneira a que, quando o atingirem, não tenham mais dados móveis. Talvez no Natal voltemos a negociar de outra maneira. Por agora, tinham que ter um castigo.  

 

Chegamos a casa. Filho no treino e filha a ver televisão.  What else? Descobriu o raio da tal série num canal da televisão. Lembram-se dos impedimentos que definimos cá em casa? Pois! O jogo da playstation preferido desapareceu, o computador tem password e o portátil está escondido. Mas não desistem. São como a mãezinha deles. Para além da tarde de televisão porque coitadinha tinha tido uma manhã de trabalho intenso e sofrimento atroz nas aulas, à nossa espera, no memorando do frigorífico, juntamente com os convites da escola para a cerimónia de entrega dos Quadros de Excelência, tínhamos o seguinte texto. Deliciem-se!  

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O que é que eu faço a esta gente?  

Tiradas familiares #2 (E - Há vírus e vírus...)

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Hoje, na realidade, partilho uma história com várias tiradas. Há tiradas à fartazana, cá em casa! Eu avisei...

 

Contextualização:

 

  • Filho viciado no jogo de computador LOL;
  • Se permitíssemos (o que não fazemos, obviamente!), jogar jogos de computador seria a sua ocupação quase exclusiva tanto em férias como no período das aulas (Mas seria mesmo à doida, uma coisa mesmo desregrada);
  • O seu sonho é ter o quarto todo artilhado com ratos e pc (parece que é a motherboard ou lá o que é) cujo valor ascende respetivamente às dezenas e milhares de euros, com um monitor quase do tamanho da nossa televisão da sala, com um teclado que dá luz, melhor do que o que ele já tem (já tem porque um amigo muito à frente nestas andanças lho deu, na sequência de ter ganho um ainda mais psicadélico), com um móvel adequado a toda esta parafernália "com estante com X prateleiras e mais isto e mais aquilo, que a minha secretária até já está velha e riscada" (para isto até andou a pesquisar, em lojas da especialidade online, o que melhor se adequava à coisa).

 

Fez 14 anos enquanto estávamos em férias, na praia. E logo depois fomos para o norte e, por isso, não comprámos a prenda de anos dele, com a devida explicação de que, se fosse um computador, seria melhor comprá-lo ao pé de casa por causa de manutenção, etc. Claro também deixámos claro que não seria nada daquilo que ele queria. Mas, fosse como fosse, praticamente todos os dias ouvimos queixas.

 

Ele: "Vocês ainda não me deram prenda de anos e eu tive 6 "cincos" e o resto tudo "quatros" e vou para o quadro de excelência! E tenho colegas que tiveram negativas e têm isto e aquilo..." 

 

E eu:"Se calhar foi por terem isso tudo que tiveram más notas!..." 

 

Ontem, telefonema durante a tarde:

 

Ele, aflito: "Mãe, estava a jogar LOL, cliquei num link porque dizia que havia um desconto e apagou tudo. Desinstalou o jogo, eu voltei a instalar, mas agora não consigo entrar no jogo. Escrevi para lá, mas isto aconteceu a um amigo meu e ele ficou pr'aí 3 semanas sem conseguir jogar."

 

E pronto, questão resolvida! Acabou-se!

 

Moral da história: há vírus que contribuem positivamente para a saúde mental das pessoas. Ou seja, há vírus que fazem bem à saúde!   

 

 

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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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