Sobre a moderação de comentários: a sequela
(imagem retirada da net)
No dia 21 de setembro, pedia-vos opiniões sobre o assunto moderação de comentários. Fui-me apercebendo que cada vez mais vizinhos espreitavam pelo óculo mágico da porta de sua casa antes de a abrir aos visitantes e, por isso, questionava-me se essa deveria ser também a minha opção. Como sempre, apareceram vizinhos simpáticos que se apressaram a dar a sua opinião e conselho sobre o assunto. Eu ouvi e (a)guardei, na esperança de um mundo cor-de-rosa e perfeito onde as pessoas se respeitassem e vultos negros e tristes não surgissem à minha porta.
Mas como em tudo, não há melhor maneira para aprender do que com a própria experiência. E assim, passados que são apenas 15 dias daquela (nessa altura) questão meramente filosófica ou académica, cá estou eu com os comentários moderados. É que, pelos vistos, a vida na blogosfera acompanha a vida real. E se na vida real há pessoas más, ressabiadas e loucas, também seria certo e seguro que haveriam de cruzar o meu caminho aqui.
Porquê, não sei. Não entro em conflitos desnecessários e, a meu ver, sou uma boa vizinha, daquelas sempre prontas para uma palavra amiga ou para partilhar coisas boas (tive a sorte de vir parar a uma vizinhança que me forneceu bons exemplos do que é ser um bom vizinho). Dizia que não sei a razão desta hostilidade, mas arrisco adivinhar que seja por infelicidade pessoal e autocomiseração. Acredito que pessoas felizes, resolvidas e de bem consigo próprias não tratam os outros mal de forma inesperada e gratuita. Por isso, a esta avantesma que me bateu à porta para papaguear lixo no meu alpendre, só me resta desejar muita luz e amor. E, sejamos pragmáticos, um bocadito de sexo também. Costuma ajudar... Por vezes, é só mesmo isso que está em falta!