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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

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Uma valente pecadora é o que eu sou!

 

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Desde que fui acusada de blogger com falta de oportunidade (Papagaio, não te safas de eu voltar a isto enquanto não ultrapassar o trauma, mesmo doentinho, que é para aprenderes - mas espero que te sintas melhor!), cresceu em mim esta tendência para me manter informada do que é que se celebra em cada santo dia. Ou seja, o Papagaio é culpado de ter aumentado exponencialmente em mim a minha compulsão obsessiva. 

 

É certo e sabido, por isso, que eu saberei o que se comemora hoje. Pois claro que sei! Ora hoje é o dia da gula. Pelo menos no Brasil, aqui não sei. É, portanto, o meu dia e de muitos de vós, que eu já percebi que há por aqui muito bom garfo.

 

A gula é pecado, como sabeis. E eu sou uma valente pecadora, como também já percebestes. A gula é mais precisamente um dos sete pecados capitais, que são aquelas atitudes humanas contrárias às leis divinas, pecados esses que foram "decretados" pela Igreja Católica, no final do século VI, durante o papado de Gregório Magno, segundo me informei.

 

Apercebi-me que já não me lembrava na íntegra dos sete pecados capitais. Cedo esqueci as aprendizagens da catequese, que eu tenho uma memória muito seletiva. O pior é que tive curiosidade de recordar quais são os restantes e (burra, estúpida, camela, que mais valia estar quieta!) acabei de constatar que eu sou uma valente pecadora em todas as frentes. Senão, vejamos:

 

1. Luxúria: apego e valorização extrema aos prazeres carnais, à sensualidade e sexualidade; desrespeito aos costumes; lascívia.

Bem...  Acho que este é evidente aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e, se dúvidas tivesse, acho que este elenco chegaria para desfazê-las. 

 

2. Gula: comer somente por prazer, em quantidade superior àquela necessária para o corpo humano.

Este é, para mim, outro dos pecados prazeres preferidos. Está patente aqui, aquiaqui e quase em permanência ao longo dos meus dias. Sou um alarve controlado, digamos. É muito difícil eu perder o apetite. Basicamente, sou uma pessoa sempre disposta a comer... e a outros "er" também.

 

3. Avareza: apego ao dinheiro de forma exagerada, desejo de adquirir bens materiais e de acumular riquezas.

Só diz que dinheiro não traz felicidade, quem não sabe o que é ter pouco. Deixemo-nos de hipocrisias: o dinheiro ajuda um bocadinho... 

 

4. Ira: raiva contra alguém, vontade de vingança.

Agora ficava bem dizer que não guardo rancor a ninguém e que  perdoo o mal que me fazem e blá blá blá. Pois..., mas e então aquela puta lambisgóia, badalhoca, fingida, mal amada que me odeia e fala mal de mim nas costas? Estrafegava-a, se pudesse, mas tenho medo de ir parar a uma prisão! 

 

5. Soberba: manifestação de orgulho e arrogância.

Orgulhosa sempre! Arrogante só com gente parva que pensa que é mais esperta que eu.

 

6. Vaidade: preocupação excessiva com o aspecto físico para conquistar a admiração dos outros.

Quanto a isto, cito só uma frase de José Saramago e ficamos conversados: “Corre por aí que sou vaidoso. Mas eu acho que a vaidade é a coisa mais bem distribuída deste mundo. Vaidosos somos todos nós. A questão está em saber se há alguma razão para o ser ou se se é vaidoso sem razão nenhuma.” E eu cá tenho razões para ser vaidosa! 

 

7. Preguiça: negligência ou falta de vontade para o trabalho ou atividades importantes.

E não é pouco! On a daily basis! Este pecado ataca-me com uma força, que só pelo esforço que faço em controlá-lo já mereço a santidade.

 

Posto isto, verifico que se vivêssemos na Idade Média, acho que era queimada na fogueira. Hoje em dia já não tenho que me preocupar com isso, pois só o céu é que me fica vedado, e é depois de morta. Tá-se bem! E, como diz o outro, para aí também não quero ir, que somos todos irmãos.

 

(Fonte da pesquisa dos pecados: http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/sete_pecados_capitais.htm)

 

 

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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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