Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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Já se depararam certamente com artigos como este que veiculam a ideia de que esta é a época em que nos sentimos mais cansados, apresentando-nos as possíveis causas para esse cansaço, alegando ainda que as mesmas podem ser explicadas pela ciência.
A palavra que melhor define este estado é a "astenia": "sensação generalizada de debilidade e de falta de vitalidade, que se sente tanto a nível físico como mental. Impede-nos de realizar certas tarefas que faríamos com a maior das facilidades e pode surgir por diversos motivos."
Isto para dizer o quê?
Não sei se é psicológico, mas o que é certo é que tenho realmente andado com pouca energia, apática. Aliás, cá em casa andamos todos um bocadinho assim. Só puxamos é para a cama. Ainda num dia do fim-de-semana, deitei-me a seguir ao almoço e acabei por dormir a tarde quase toda. Eu que nunca fui de dormir a sesta! Nem pareço eu!...
E eu preciso urgentemente encontrar energia. Tenho projetos em mãos para os próximos tempos aos quais tenho que me dedicar com a força habitual. Tenho mesmo que dar a volta a isto... De acordo com o tal artigo, o pior mês é o de abril. Talvez maio traga a tal energia de que preciso...
Hoje é o Equinócio da Primavera, que ocorre exatamente às 10h29min. Deixo então a minha homenagem à natureza e à estação das flores. Uma flor! A natureza é linda! Bem vinda, Primavera!
Convenhamos... é também a minha forma fálicainsolente simbólica de levantar o dedo médio em riste ao azar que me tem perseguido nos últimos tempos e que espero vá embora com o advento da Primavera. Toma lá Murphy e mais a lei com o teu nome!
Nota: Repararam no trocadilho inteligente do título? Sim? Não? Alguém???
Por estes dias de março soalheiro começo a contar os dias até à Primavera. Chamem-me louca, mas acho que a estação das flores e das andorinhas traz sempre uma promessa de tempos mais felizes. Ou talvez seja só uma questão psicológica...
Já cá estou na minha casinha no norte, para um fim-de-semana que espero ser de descanso e em que consiga desligar do trabalho e das ralações a ele associadas. Já acordei paredes meias com o granito e o meu pessegueiro em flor, a dar as boas-vindas à Primavera. O que eu gosto disto! 💚
Não consigo traduzir em palavras o valor que tem para mim a visão de uma flor singela como esta, que cresce de forma espontânea nos campos e floresce no início da Primavera! Que delícia de contemplação!
Realmente, a beleza está nas coisas simples. Concordam?
Ainda que não exteriorize o suficiente para ser notado, eu sinto dentro de mim que começo lentamente a florescer em março, em sintonia com a própria natureza. A simples e natural mudança do ciclo do inverno para o verão, com a aproximação das estações do ano minhas preferidas que já se adivinham, dando pequenas pistas de que estão finalmente a ganhar terreno ao frio e à chuva, age sobre mim de uma forma tão intensa que se torna difícil de entender e explicar. Não conheço mais ninguém a quem esta simples e milenar transformação cíclica da natureza interfira de forma tão acentuada no ânimo e disposição, como a mim própria.
Já uma vez falei aqui sobre a importância do “tempo” e da gestão do tempo na minha vida, e da fonte de stress que ele muitas vezes é (ou a falta dele...). Esta é mais uma das suas facetas.
Repito: sou bastante coerente no que exteriorizo e muitas vezes sinto em silêncio mas, interiormente, sou muito marcada por ciclos e o meu estado de espírito é manifestamente influenciado pelo ambiente e contexto. Sinto que a partir de março aproximo-me mais de mim mesma, vivo os dias de forma mais intensa, renasço qual fénix (analogia mais que batida, mas enfim…).
Razões? Apenas pequenas grandes coisas que me fazem feliz.
A aproximação do tempo mais quente e soalheiro;
Os dias mais longos que me permitem ver e sentir o sol, que atravessa mais alto o céu, a bater nas janelas da cozinha antes de sair para o trabalho, assim como chegar a casa depois de um dia de trabalho e sentir que ainda há momentos do dia (entenda-se, com luz do sol!) para serem vividos e partilhados em família;
O despontar das primeiras flores nos campos, que me possibilitam usufruir de quadros de tapetes coloridos no caminho para o trabalho todas as manhãs, com destaque para lindos campos, bermas e valados vestidos do vermelho cintilante das papoilas, ainda mais cintilantes do que as da conhecida canção do Glorioso.
As roupas mais leves, os vestidos floridos e alegres a fazer “pendant” com a paisagem. O da foto, da KOOKAÏ, comprei recentemente nos saldos. Foi uma pechincha. Adoro, adoro, adoro!
Estes são só alguns dos cenários que influenciam positivamente os meus dias, a partir de março. Sim, a simples visão de flores ou do sol logo pela manhã ou sair à rua com um vestido primaveril podem alegrar todo o meu dia! Chamem-me louca!
Além disso, como que a adivinhar esta minha predileção, foi em março que despontou há quase 15 anos a primeira das duas flores mais lindas da minha vida, os meus filhos.
Março! Finalmente março! A partir de agora tudo só pode melhorar!
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