Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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No último mês vieram cá ter leitores à procura disto:
puto filma oculto mae mastorbacao - 8
so oral - 2
Não sei o que é mais desagradável nesta estatística que o Sapo me revela:
se o teor do que procuraram (se bem entendo, houve até alguém que queria ver um filme gravado por um filho com imagens de uma mãe a masturbar-se - será isto??? E eu é que sou depravada?!);
se o domínio do português dos(as) depravados(as), que nem é bom nem mau... é uma merda!
Ó Google, obrigadinha pela consideração! Fica sabendo que, a não ser que esteja com princípio de alzheimer, posso quase jurar que nunca abordei o tema masturbação... ainda. Com "u", pá! Quanto ao "oral", admito que gosto (quem não gosta?), mas daí a ser "só oral" vai uma grande diferença. É preciso variar, home d'um raio!
Ó Sapo, obrigadinha pela informação que tanto diz de quem me procura como de mim própria! Sempre me obrigas a repensar a minha participação neste universo dos blogs. Hummmm... Acho que vou largar isto e dedicar-me antes à pesca nas horas vagas. E entretanto vou só ali cortar os pulsos... E foi nesse momento que ela soltou uma grande gargalhada. É exímia a dar gargalhadas, so they say. Inconfundíveis, as dela!
Esta imagem abaixo, ilustrativa deste post, foi censurada no Facebook. Dizem que não respeita as políticas de publicidade do facebook. O inferno será a minha morada eterna. Vou só ali chicotear-me pelo gravíssimo atentado ao pudor que eu cometi...
Americanos puritanos de merda! Criar guerras artificialmente e espetar com mísseis nos países inimigos já não é imoral... Só por causa das coisas, cá vai ela outra vez!
No final de maio, no México, choveu granizo do tamanho de bolas de ténis, como foi captado no vídeo abaixo. Aliás, fenómenos meteorológicos como esse e outros vão acontecendo um pouco por todo o mundo.
Mas a figura patética lá de cima continua a ignorar as mudanças climáticas do planeta, essa falácia, essa invenção da humanidade. Agora há uns dias até anunciou que os EUA vão abandonar o Acordo de Paris.
Mas sabem uma coisa? Acho isso positivo e até encorajador para a causa da defesa da sustentabilidade e sobrevivência do planeta Terra. Senão, vejamos. A sua posição sobre as alterações climáticas trouxe o assunto esquecido novamente para a ribalta, despertando assim consciências. Até empresas americanas líderes nos seus segmentos declararam estar descontentes com a opção do seu presidente e comprometeram-se a seguir o seu próprio caminho, inclusive empresas petrolíferas. E isso parece-me mais positivo do que acordos governamentais que são guardados numa gaveta. Vamos ser otimistas...
(Imagem: https://media.giphy.com; Vídeo: autor identificado)
O P é um rapaz de 16 anos, com alguma irreverência própria da idade mas com bom coração. Só não liga à escola.Nem sequer leva os livros para casa. Ficam no cacifo durante todo o ano. Não vale a pena levá-los. Afinal, não iria estudar mesmo. Corre, por isso, o risco de chumbar, mais uma vez.
Vive com a mãe e uma irmã mais nova, com muitas dificuldades, numa habitação humilde, sem as mínimas condições, com algumas divisões em terra batida. A mãe é uma boa mãe, trabalhadora, e luta diariamente para criar aqueles dois filhos sozinha. Conta também com a ajuda de terceiros.
O P tem o pai preso. Disparou contra um homem na sequência de uma briga. Mas não teve culpa, diz o P. Vão visitá-lo ao fim-de-semana. A mãe, esposa extremosa, leva-lhe sempre dinheiro para os gastos na prisão, apesar das dificuldades em criar os filhos.
O P sabe que precisa ajudar a mãe no orçamento familiar. Trabalha muitos finais de dia, depois da escola. E quase todos os fins-de-semana, na agricultura. Pagam-lhe 5 euros à hora. 30 euros por dia. É uma boa ajuda, diz ele.
O P não estuda. Mas podia estudar, em cima da sua cama, diz ele. Dormir lá é que não pode, desde que o soalho do quarto abateu. Agora tem dormido no chão, no quarto da mãe, ao lado da cama onde ela dorme com a irmã mais pequenina.
O título parece saído de um romance de António Lobo Antunes, passo a arrogância de comparar uma frase minha à escrita desse grande escritor. Digo isto porque aparenta não fazer sentido, mas acabarão por perceber que faz todo o sentido. Senão, leiam o episódio que tenho hoje para vos contar. Acreditem: isto é verídico, aconteceu mesmo!
Ainda estou incrédula com o que vi ontem, ao final do dia, no supermercado. Eu vi, com estes olhos que a terra há de comer, uma mãe e uma filha que devia ter uns 3 anitos. Pareceu-me uma mãe extremosa, à distância em que as observei, estava eu na charcutaria e elas na padaria. A criança agia como qualquer criança, sempre a falar "mãe isto e mãe aquilo" e a esticar os braços em direção à mãe, a exigir atenção, pensei eu. A mãe, sempre com muita paciência, ouvia e respondia como que implorando que a criança tivesse também, ela própria, paciência. Mas a criança não dava descanso.
Até que se calou, em algum instante entre o meu pedido de fiambre e o de queijo ou enquanto eu pedi à menina para verificar a data de validade do queijo fresco. A mãe cedeu e deu-lhe finalmente o que ela queria, pensei. E como é que eu me apercebi do que ela realmente queria, como foi? Apercebi-me porque a mãe caminhava agora na minha direção, a empurrar o carrinho e a criança sentada dentro do dito cujo, a abocanhar o mamilo da mãe, mãe esta que tinha sacado a mama para fora da roupa e caminhava assim com a filha pendurada nela com a maior naturalidade. Conseguem imaginar a cena?
Fiquei chocada, a sério! Eu amamentei os meus filhos, acho a amamentação a coisa mais natural do mundo e não vejo problema nenhum em que as mães o façam em público, de forma recatada, para suprir as necessidades alimentares dos filhos bebés. É humano que isso aconteça. Agora esta mãe levou a discussão para todo um outro nível. Aquilo não se tratava de alimentar um filho! O que aquela mãe fez foi ceder a um capricho de um "bebé" grande mimado que articula perfeitamente o discurso e já tem idade para entender as regras da vida em sociedade e, mais, que já tem idade para comer a sopa ou um naco de pão! E ainda circular em público naqueles preparos, como se fosse a cena mais natural do mundo? Alto lá!
Acredito que a aspirante a vaca no prado percebeu a minha incredulidade e guardou a mama dentro do vestido, sem que eu proferisse qualquer palavra. Certamente percebeu! Sou transparente demais e fiquei literalmente de boca aberta, sobrolho franzido e olhos fulminantes.
Não sei... Às vezes acho que sou uma valente besta insensível que não consegue ter empatia por uma criança de 3 anos (ainda se tivesse 3 anos e meio, podia criticar!...) que quer o conforto da mama da mãe (sim, porque leite não tinha de certeza!), nem com aquela mãe ruminante que faz tudo para que a sua cria se sinta feliz. Sou mesmo uma pessoa e uma mãe má...
Este foi o cenário que encontrei no último fim-de-semana em vérios pontos ao longo de uma estrada nacional. Muitos são os que caminham para Fátima nestes dias. De todo o lado crentes se dirigem à Cova da Iria, o que a mim me causa alguma... "estranheza", incompreensão, como se de um surto coletivo se tratasse, mas também de profunda admiração. Quanto a eu ir a Fátima nestes dias da visita do Papa Francisco? Nem pensar! Muito menos a pé, com todo o respeito pelos crentes.
Muito haveria a dizer sobre Fátima, principalmente sobre a relação entre fé e interesse comercial, mas nestes assuntos acaba-se sempre por ferir suscetibilidades e não vale a pena. Só vos digo uma coisa: ser crente a ponto de caminhar quilómetros pela fé, e até rastejar nos últimos metros do percurso ficando com os joelhos em frangalhos, deve dar um consolo e uma satisfação do caraças!... Em contrapartida, a racionalidade afasta-nos de comportamentos masoquistas, protegendo-nos por essa via a integridade dos pés e dos joelhos (o que não é mau!), mas retira-nos a felicidade que advém da ilusão de acreditar na vida eterna, na salvação e no paraíso. Escapa-se-nos o êxtase da fé.
Sim, vale a pena ser crente. Mesmo com os pés cheios de bolhas, os joelhos a sangrar e a graça pedida nunca recebida, ainda assim é mais feliz quem acredita.
(Só um àparte. Sabiam que já há na net anúncios de negócios de pagadores de promessas profissionais? Ah pois é! Encontrei um que, para além da sua atividade de agente imobiliário, tem o negócio de pagar promessas alheias por €2.500 cada peregrinação e ainda tabelas de preços para rezar o terço, velas e essas coisas. Espiritualidade e rentabilidade, em Fátima, caminham sempre lado a lado. Enfim, é a economia do país a mexer...)
No passado fim-de-semana, o jornal inglês The Sun noticiou que Cristiano Ronaldo alegadamente (acho esta palavra um must!) iria ser pai de gémeos por recurso a uma barriga de aluguer americana, à semelhança do que tinha acontecido com o primeiro filho.
Vá lá! Admitam lá que estavam à espera que eu me chegasse à frente para dizer que é mais uma evidência da minha teoria, que eu abordei aqui e aqui. Agora só falta ser um casalinho para as peças encaixarem todas.
Quanto a ser ou não ser verdade, na realidade não me surpreende nada que seja. Até parece que estou a ver o menino prodígio (eu, por acaso, não o acho tanto assim, mas manifestar isso é politicamente incorreto ou mesmo anti-patriótico, por isso cala-te Maria!), dizia que parece que estou a ver o menino de sua mãe Dolores a pensar assim: "Porra que se todos os ricos e famosos estão a ter filhos gémeos, eu também tenho que ter! Eu posso pagar porque "yo soy rico y en mi cabeza yo soy el mejor". Pega no telefone e "Ó Jorge Mendes, trata lá de me arranjares essa coisa de ter filhos gémeos! Aborreci-me com o Lamborghini..."
Se houver por aí "Ronaldetes", não levem este post demasiado a peito, ok? Além disso, pode ser que seja tudo mentira. Coitado do rapaz que anda sempre nas bocas do mundo sem sequer se pôr a jeito!...
Um dia, já há uns bons anos, um colaborador lá no emprego, grande admirador da forma como eu liderava a organização e geria o estaminé, numa reunião de trabalho teceu-me o que ele considerava ser um grande elogio: comparou-me a uma figura proeminente da vida política portuguesa à época, de quem era grande admirador. Adivinham quem? Esse mesmo: o animal (cada vez menos) feroz do José Sócrates, hoje fera em vias de poder vir a ser enjaulada. Confusões à parte, não sei se deveria ter ficado contente ou triste com o elogio. Mas eu percebi o alcance das suas palavras e, admirem-se, até apreciei a comparação.
Bem, o que é certo é que hoje me sinto cada vez menos feroz. Como ele, por motivos bem diferentes (descansem!), continuo a estrebuchar, a esbracejar para me manter à tona. Mas começa a ser muito difícil. Sinto-me uma presa acossada, rodeada de predadores, numa selva hostil. Dias e mais dias de situações difíceis sucedem-se e elas têm-me sugado todas as energias, implacáveis. Chego impreterivelmente a casa ao fim do dia, dia sim dia sim, com vontade de me deitar no quarto às escuras e desligar do mundo. Mas continuo. Tem que ser. Muitas pessoas dependem de mim. Só mais o jantar e mais um sermão aos miúdos e não me posso esquecer que tenho que lhes retirar o telemóvel e outras distrações porque estão a desperdiçar tempo útil de estudo. Não posso desistir dos meus filhos. Deles, não me demito. E no dia seguinte, levanto-me e enfrento mais um dia com normalidade aparente, repetindo a mim própria que tenho que ser forte. Nunca fui de desistir de nada, não vai ser agora. E vou a caminho do trabalho e penso no que me poderá estar reservado neste dia. Um dia de cada vez. Mas estou esgotada. Queria poder abraçar a minha mãe.
Talvez só me faltem amigos tão fiéis como os do Sócrates, que me oferecessem umas férias num destino paradisíaco por tempo indeterminado. Mas talvez aí resida uma das grandes diferenças entre nós... Não tenho amigos dessa envergadura.
Isto não é uma lamúria. Sou só eu a pensar em voz alta. Na volta, se calhar é só o inverno que já vai demasiado longo...
Só se for este da imagem o "ponto G" de que se fala de há uns anos a esta parte. Exatamente! Hoje venho aqui afirmar que não existe nenhum "ponto G" na anatomia feminina. É uma falácia! O único centro nervoso do prazer feminino é o clítoris. É daí que irradiam todas as ondas orgásticas. Não há cá separação entre orgasmo clitoriano e orgasmo vaginal, como alguns querem fazer crer.
Mas há muitos que nos querem impingir esta ideia! Até um site na net eu encontrei de uma terapeuta sexual que, a troco de dinheirinho (ora bem!), garantia por experiência pessoal estar em condições de ensinar tudo às mulheres incompetentes como eu que ainda não tinham encontrado este ponto-promessa-do-paraíso.
Tenho várias teorias sobre esta "criação" de um ponto alternativo que promete um éden de sensações nunca experienciadas e que pôs meio mundo à procura do pote de ouro no fim do arco-íris. Uma delas é de que esta ideia se disseminou por causa da insatisfação crónica de que padece a Humanidade e consequente necessidade de ter sempre mais. Outra é fazer negócio, como acontece no site que encontrei. Pode também ter sido um homem a inventar esta narrativa do ponto G, para valorizar o coito vaginal e, digamos, assegurar a continuidade da espécie.
Não! Tudo passa cá por fora, meus amigos, cá por fora...
Nota: se isto não é serviço público, vou ali e já venho...
(Fonte da imagem: https://www.facebook.com/CurlyLittleRedhead/)
... que se continuam a haver tantas manifestações contra o Trump, principalmente nos EUA em que a sociedade está ao rubro, qualquer dia ele vai ter que recorrer daquela velha estratégia política americana, que é engendrar uma guerra com algum país, para unir o povo americano à volta disso. Nada de novo. Uma daquelas que obrigue a enviar soldados americanos para lá para morrerem e serem heróis de guerra. Não há nada que o americano típico aprecie mais do que ter um herói de guerra morto na família, e fazerem-lhe um funeral com a urna envolta na "stars and stripes".
Na passada semana, antes da tomada de posse do Trump, o tema nas televisões era o frio. Qualquer dia falo sobre esta tendência que as televisões têm para falar de coisas normais como se fossem furos jornalísticos. Frio no inverno é aquele tema que surpreende qualquer um... Bem... Frio para aqui, frio para acolá, plano de contingência aqui, plano de contingência acolá, até que atingiu o climax com o Presidente da República a visitar os sem-abrigo numa noite fria de inverno. Temos, digamos, um Presidente bastante colaborante com os meios de comunicação social, digamos assim. E logo as hostes rejubilaram nas redes sociais. Aquilo é que foi! Grande homem! Desceu lá do cimo da sua importância para se colocar ao nível dos "ninguéns". Penso que não me afastarei muito da verdade quando digo que deverá estar eminente a criação de um clube de fãs do nosso Presidente, passado que está o primeiro ano da sua eleição.
E eu penso que devo ser uma pessoa muito fria e insensível por não ter ficado enternecida com a atitude do homem. Sei que corro o risco de ser mal interpretada e, com o histerismo coletivo que tenho observado nas redes sociais, corro também o risco de perder todos os meus seguidores de uma empreitada só. Os mesmos que resistiram ontem à conversa do minete, debandam hoje. Querem só ver?! Mas eu arrisco. Prefiro ser controversa e causar impacto, do que ser amorfa como uma mosca morta.
Vou, no entanto, tentar pôr as coisas com algum cuidado, até porque não questiono a faceta humana dele, que eu também aprecio. Admito que o nosso Presidente é simpático, afável e que tem uma personalidade cativante, incomparável por exemplo ao seu antecessor, aquele cubo de gelo ambulante (que eu, por acaso cheguei a cumprimentar, que eu sou muito VIP).
Até admito que a iniciativa de visitar os sem-abrigo tenha partido de um interesse genuíno dele em mostrar solidariedade para com aquelas pessoas. Mas, como explicar isto? Faz-me confusão a tendência incontrolável do senhor para o show-off, para o vedetismo, para atrair os holofotes e o protagonismo sobre si, para continuar a dar fé de tudo e a fazer análise da situação política a todo o momento como se ainda estivesse sentado em frente à Judite de Sousa, sendo assim presença constante nas nossas vidas. Apesar de finalmente termos um Presidente que não é só figura de corpo presente e que até se distancia dos partidos, caramba!, também não é suposto um Presidente da República ter clube de fãs . Ele não deveria ser é uma pop star! Por favor!
E assim, nesta linha de pensamento, enquanto millhões de portugueses se emocionavam com um ilustre poderoso que, de forma a meu ver paternalista, quis confraternizar com os pobres ninguéns, a minha consciência teimava em ver um ilustre poderoso que poderia ter contribuído ao longo da sua vida política para tirar aquelas pessoas da rua. Fê-lo, de alguma forma? Dir-me-ão que ele aproveitou esta ocasião para alertar que “é preciso fazer mais” pelos mais desfavorecidos. É verdade! E que bem prega frei Tomás! Felizmente ele não carrega o ónus dos contributos desastrosos das políticas dos vários governos da sua cor e não só ao longo dos últimos anos...
O que querem? Sou mesmo avessa à caridadezinha com os pobrezinhos. Para mim é um conceito que só legitima e perpetua o fosso entre ricos e pobres. Reflita-se antes em medidas de fundo para atenuar as diferenças. Reforce-se o Estado Social. Ingénua, utópica, certo? Talvez... Eu realmente não percebo nada de política. Eu é mais bolos e batizados...
Não sou rapariga de me deixar ficar! Minhota nascida e criada nunca se deixa ficar! Isso é que era belo! Já explico! Aguardem só um bocadinho. Não posso dizer tudo nas primeiras linhas, senão não abrem o post. Sou pouco esperta, sou! Talvez agora... Acho que já posso... Vá, abram lá esta merda cena!
Bom...
Ontem, a propósito do post Acho que há por aí alguém com muito sentido de humor..., houve um menino de seu nome Papagaio, muito indiscreto por sinal, que teve o desplante de me dizer, assim sem dó nem piedade, que eu, como ele, não tinha sentido de oportunidade e cito "(...) que sentido de oportunidade! Temos futuro nisto, temos!". Reparem no tom irónico-sarcástico com que insinua que eu e ele não temos futuro como bloggers porque falhamos no timing. Que desfaçatez! Nem sabes o que te espera!
Pois agora vais ter a resposta que mereces, sua ave Psittaciforme da família Psittacidae (Fui pesquisar e tudo!). Fica sabendo que o Robinson Kanes classificou o post como, e cito, "best post of the day". Ah pois é! É claro que deve ter sido o primeiro que ele leu, mas como o considero uma pessoa que se mantém fiel às suas convicções, recusar-se-á certamente a virar o bico ao prego e dar o dito pelo não dito.
Mas se isso não te bastar, espera ainda pela demora.
Regista aí que hoje, 19 de janeiro, é o Dia de São Bassiano. Ah pois é! E eu estou aqui, indubitável e incontestavelmente carregadinha de oportunidade, a dizê-lo em primeira mão. E ainda te digo mais: hoje, lá de onde és originário (É provável seres da terra do Zé Carioca, né? Por acaso, adorava ler os livros do Zé Carioca!), é também Dia Nacional do Barbeiro e do Cabeleireiro. Toma lá que já almoçaste!
No mesmo post, a Sónia Pereira deu a sugestão de "criarmos um dia internacional de qualquer coisa, mas alguma coisa verdadeiramente irritante ou parva, só para depois nos rirmos com as reportagens nos telejornais". Aceito o desafio. Sem querer tirar o protagonismo ao coitado do Bassiano que nem sei quem foi, proponho que hoje seja também Dia Internacional do Pêlo Encravado. Que tal? É uma coisa irritante e parva!!! Também podia ser o Dia Internacional do Trump, mas o dia desse parvo irritante é já amanhã e infelizmente vai prolongar-se por uns bons anos...
Pronto! Desafio lançado! Agora a bola está desse lado. Toca a passar palavra, para ver se pega e logo é reportagem no telejornal e a malta ri-se muito para comemorar o dia de ontem... fora de timing... só por acaso...
... ou irónico ou esquizofrénico ou titeriteiro. Uma delas certamente.
Então, dois dias a seguir ao dia mais depressivo do ano, celebramos o riso??? Acabei agora mesmo de descobrir isso e só me ocorre dizer: que volatilidade a do ser humano!
E eu, que na segunda-feira andava nas nuvens, nada deprimida, hoje estou sem vontadinha nenhuma de me rir. Devo ser do contra ou não gosto que decidam por mim quando é que estou feliz e quando estou deprimida!
ti.te.ri.tei.ro, masculino:
manipulador de bonecos, que trabalha com fantoches ou marionetes
(Figurado) aquele que manipula outras pessoas como se fossem fantoches
Vinde e vêde só a coisa maiescaqueirada linda que eu fiz um dia destes, indigna de constar nas páginas do blog mais badalado de blogger que se preze.
É um pássaro?
É um avião?
Não! É uma torta arreganhada!
Porque as tortas (assim como a vida) não são tão perfeitas como muitas vezes nos querem fazer crer. E até nestas coisas mundanas, como seja a cozinha e a gastronomia, é necessário haver quem rompa com os paradigmas da irrepreensibilidade.
Mas, em minha defesa digo que, de sabor, estava impecável!
"Only dead fish go with the flow", disse Andy Hunt. Por isso, para fugir ao mainstream de hoje e dos últimos dias, não vou falar das qualidades e/ou defeitos do falecido. Todos os mortos me merecem respeito, sejam eles quem forem, mas... digamos que já chega, vá.
Ups! Estou também a seguir a corrente, né? OK... Mas em minha defesa digo que trago toda uma diferente abordagem.
Não utilizarei os termos "pai da democracia", porque esses foram vários: desde os que todos conhecemos da televisão e dos livros de História, àqueles homens e mulheres do povo anónimos que sofreram torturas e viveram na clandestinidade no tempo da velha senhora e ainda aos militares do Dia D português (Inventei esta designação agora, acho eu... Fica bem!). Parece-me, portanto, manifestamente injusto centralizar esse capital numa pessoa só, mesmo estando morta, que é quando se fazem tendencialmente todas as vénias e se tecem todos os elogios, à boa maneira portuguesa.
Porque é terreno que não conheço, não falarei também da outra face da mesma moeda que remete para suspeições relacionadas com o melhor amigo das mulheres, na canção da eterna Marilyn ou com aquele material de que são feitos os dentes dos elefantes e que o ex-rei de Espanha também gostava de ir procurar nas suas caçadas em África.
Trago antes um conjunto de questões muuuuiiiiiito pertinentes (se eu não achar, quem achará?) que me lixam a mona, que por si só já não anda grande coisa.
Então, a quem souber!
Questão 1:
Porque é que os três dias de luto nacional só começaram dois dias depois da morte? Só se decreta luto nacional para dias úteis? Eu, que sou uma pessoa pragmática, penso logo com os meus botões: ainda se isso significasse tolerância de ponto ou feriado nacional aqui para o povo que está tão sensibilizado, ferido e agonizante mesmo!, com a morte de um jovem de 92 anos...
Questão 2:
Esta é mais uma curiosidade que tenho. Será que houve quem (não sendo profissional da informação, que esses entendo porque é o seu trabalho) rascunhasse/agendasse por aí posts/artigos na presunção de que o senhor morreria dentro de pouco tempo, ficando depois sinistramente à espera que a sua morte se concretizasse para publicar o escrito? À quantidade de referências que se tem visto por aí repetidas ad nauseam... Creepy...
Questão 3:
Qual é a bruxa/taróloga/cartomante/mãe de santo de serviço na SIC? É que ainda corria o ano de 2016, finais de dezembro, e uma imagem do agora defunto com a legenda 1924-2017 foi vista num noticiário daquele canal (tenho pena de não ter imagem). Quero saber quem é a bruxa para eu própria ir a uma consulta. É que deve ser mesmo boa na arte, a tipa...
E é isto que me apraz dizer. Tudo o resto já foi dito. Mesmo tudo!
Estamos a dois dias do Natal e eu ainda não me referi a esta época, a não ser para dizer que estou com pouco espírito natalício. Faço-o hoje.
E como não consigo dissociar a época do Natal da consciência que tenho de que há quem não tenha condições para passar um Natal (para não dizer uma vida) no calor de um lar confortável e feliz, dedico esta imagem e principalmente a respetiva legenda a todos aqueles que sendo crentes, são também contra (e temem como se de portadores da peste se tratassem) a vinda de refugiados do médio oriente, esses seres detestáveis, sujos e perigosos para a sociedade ocidental.
Amén, irmãos! Jesus, aquele bebé que vocês colocam orgulhosamente num presépio, nas palhinhas, entre uma mãe e um pai de refugiados e que fica ali toda esta época a ostentar a vossa religiosidade e santidade, estaria muito orgulhoso de vocês.
É que é tão comum esta combinação de religiosidade e xenofobia (na mesma pessoa) acontecer! Ainda um dia destes uma pessoa conhecida, evangélica de religião, dissertava num grupo de amigos sobre os perigos que representavam os refugiados para o nosso e outros países europeus. Eu não resisti a comentar só isto: "Dizes-te cristã e esse discurso é muito pouco cristão da tua parte!" A conversa acabou ali. Dizer mais o quê? Cada vez tenho menos respeito por beatas e por pessoas de muita fé em divindades e pouco respeito pelo próximo e, em última instância, pela humanidade. Raramente aplicam essa fé nas situações concretas das suas vidas e raramente usam essa fé para o bem.
Não vou escrever sobre Republicanos e Democratas, que não lhes reconheço assim tantas marcas diferenciadoras. Vou contar-vos é sobre uma teoria que tenho sobre as eleições americanas serem um bom barómetro do lugar das mulheres na escala social, nos EUA e quiçá no mundo. Senão, vejamos:
De acordo com as sondagens, parece que está tudo encaminhado para a eleição da Hillary Clinton. Mesmo assim, dos males, o menor...
Desde que se soube que ela era a candidata do partido democrático que eu sei que tinha boas hipóteses de ganhar. Aliás, acredito nisso desde que o Barack Obama foi eleito pela primeira vez Presidente dos Estados Unidos da América. Desde essa altura que digo ao M: "o próximo Presidente dos EUA será uma mulher!" Conseguem perceber porquê?
Sigam o meu raciocínio, que eu sou uma grande socióloga e analista política.
Todos conhecemos alguma coisa sobre o passado dos EUA e a sua história de racismo, quanto mais não seja por termos visto westerns, os velhinhos filmes de cowboys e índios, ou a série Norte e Sul (isto, quem já por cá andava em 1985), que abordava a Guerra Civil Americana (1861-1865) entre o Norte industrial e o Sul agrícola e escravagista, ou ainda o clássico do cinema E tudo o vento levou, ou até por nos lembrarmos de ver referências àquelas avantesmas do Ku-Klux-Klan vestidas de branco em forma de funil que achavam que eram de uma raça superior e andavam de noite a vandalizar casas e a matar niggers.
Ainda estão aí? Eh, rapaziada paciente!
Ora, se num país com esta história sanguinária de cariz racial, acabou por ser eleito um presidente negro, está ou não aberto o caminho para poder também ser eleita uma mulher? Por isso é que eu digo que a mulher é a última na escala social, atrás dos homens brancos em primeiro lugar e dos homens negros a seguir. Faz sentido ou não? Se num país onde ainda existe tanto racismo e xenofobia (é ouvir os discursos do Trump, muito aplaudidos pelos setores mais conservadores da sociedade americana!) pôde ser eleito um negro (ainda por cima de origem muçulmana), tudo leva a crer que agora os eleitores pensem "let's get crazy, man!" e despachar a mulher também, até porque lhe devem isso (repararam no boné da Hillary no cartoon?). Será uma espécie de prémio de consolação para o "sexo fraco". Das duas uma: ou é isso ou o Trump é mesmo um candidato reles que não é para ser levado a sério e então a Hillary simplesmente "gets lucky" por ter um adversário como ele.
E pronto, com a eleição da mulher fica o assunto resolvido por uns bons anos e ainda se alimenta mais a convicção de que os EUA são a tão citada "land of opportunity" onde até se respeitam as "proud Mary" celebradas na intemporal canção dos Creedence Clearwater Revival.
E assim se vão legitimando, na terra do tio Sam, com Hillary ou com Donald, mais ataques e guerras contra países inimigos da América que, esses sim, pelo menos alguns deles, não respeitam as mulheres... e têm petróleo! (Nota-se muito que não morro de amores pelos americanos?)
As eleições são já amanhã, dia 8. Se eu não acertar na previsão, é bem feita, que prognósticos devem ser feitos só no fim, como dizia o outro! Por isso, se não acertar, fica combinado que me mortificarei com um cilício, autoflagelando-me à chicotada qual membro convicto da Opus Dei, essa digna organização também ela muito respeitadora do género feminino!
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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados.
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