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M(ã)emórias da Maria Mocha

Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.

M(ã)emórias da Maria Mocha

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Relíquias.

Recentemente, em conversa com os nossos filhos, falávamos da evolução ao nível da tecnologia, desde o tempo em que tínhamos a idade deles.

Entre outras coisas, contámos-lhes que só tivémos telemóvel já em adultos. Dissémos-lhes que ainda somos do tempo em que o telemóvel servia basicamente para telefonar. Tive a nítida sensação, pelas expressões que fizeram, que eles sentiram que estavam a falar com dois cotas da idade da pedra. E pensando bem, considerando que os telemóveis da época eram aqueles Nokia, até faz algum sentido. 


Este, se não foi o primeiro que tive, não anda muito longe disso. E o que é certo é que cá está ele, como uma rocha, intacto. Tem alguns riscos, mas vejam lá se o ecrã está estilhaçado como acontece com os atuais. Nada disso!

 

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E agora os meus caros ficaram a questionar-se porque é que eu ainda guardo esta "relíquia", não é? É que eu tenho a minha faceta de sucateira. Tenho dificuldade em livrar-me dos meus pertences, mesmo que já não os use. Os telemóveis velhos estão todos ali guardados numa gaveta, a ocupar espaço. Tenho no roupeiro roupa do século dos Afonsinhos, que já nem me serve, à espera de um milagre. Guardo papéis e documentos que já não me fazem falta nenhuma. Até faturas do gás da empresa anterior. Acho que posso precisar de fazer algum historial. Tontices! Mas sempre me podia dar para coisa pior... 

 

 

 

Não imaginava que o tivesse escrito na testa...

 

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(Imagem retirada daqui)

 

Quando me auto-proclamei de "naba"... não imaginava que o tivesse escrito na testa.  

 

Vamos aos factos:

 

No último sábado, num intervalo da organização da casa para ficar minimamente apresentável e de fazer máquinas de roupas e mais roupas, ainda houve tempo para uma ida ao shopping, à noite, passear um bocadinho, ver as lojas e jantar em família uma daquelas refeições rápidas, ao gosto de cada um. Às vezes, apetece e sabe bem.

 

Como precisava de um gel de banho de uma marca de que gosto muito, fui a essa loja e lá comprei o artigo. Ia com a minha filha. Nesse momento o pai passeava pelas lojas com o filho, eu com a filha. Homens e mulheres juntos às compras, nunca dá muito bom resultado... 

 

A menina da tal loja de uma marca cujo nome eu não digo porque não precisa da minha publicidade grátis , simpática e atenciosa, no final da compra, pergunta-me se conhecia uma app que poderia instalar no telemóvel para ter promoções e vales de descontos da marca. Porque respondi que não, ou da leitura que fez da minha pessoa, tirou imediatamente a seguinte conclusão: 

 

"Talvez seja melhor explicar à sua filha. Como se chama ela?" 

 

Disse-lhe o nome. Neste momento eu, de boca aberta, já só respondia mecanicamente, espantada e divertida com o que se estava a passar.

 

Chamou a minha filha pelo nome e explicou-lhe todos os pormenores do que deveria fazer para ajudar aqui a cota a ter uma bendita app no telemóvel com a qual a cota pouparia dinheiro, como se a cota não estivesse ali.  

 

Deixei que tudo se passasse, incrédula, sem um único comentário queixoso, até porque, sinceramente, a minha vontade era desmanchar-me a rir desalmadamente. No final da explicação, apesar de a mesma não ser dirigida a mim, agradeci a atenção dispensada, que eu sou uma pessoa educada. Senão, vejamos: a menina, apesar de alguma falta de tato, estava a cumprir o seu trabalho e achou que o cumpriria melhor se não fizesse a explicação, aparentemente segundo a apreciação dela, a uma cota naba nas tecnologias... Teve boas intenções e é uma boa profissional, portanto. Respeito isso! 

 

Na realidade, não fiquei nada ofendida. Só achei graça e eu e a minha filha ainda nos rimos mais tarde à conta deste episódio anedótico. Só mesmo a mim, realmente! 

 

PS: Juro que não aparento ser completamente desprovida de um domínio mínimo aceitável da tecnologia. Como é que os meus filhos dizem? - não sou assim tão noob!... E isso também não se vê a olho nu, convenhamos, ou vê? Também garanto que não tenho aspeto de imbecil ou decrépita!  Os 40 são os novos 30 e eu até estou muito bem para os meus 45 anos... Acho eu... 

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Maria Mocha é o pseudónimo de uma mulher que, de vez em quando, gosta de deixar os pensamentos fluir pela escrita, uma escrita despretensiosa, mas plena dos sentimentos e emoções com que enfrenta a vida. Assim, as criações intelectuais da Maria Mocha publicadas (textos, fotos) têm direitos de autor que a mesma quer ver respeitados e protegidos. Eventuais créditos de textos ou fotos de outros autores serão mencionados. Aos leitores da Maria Mocha um apelo: leiam, reflitam sobre o que leram, comentem, mas não utilizem indevidamente conteúdos deste blog sem autorização prévia da autora. Obrigada.

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