Um projeto pessoal...
Ando de olho num lote de terreno aqui perto, num local que me agrada sobremaneira, para, a seu tempo, construir uma vivenda. Já há algum tempo que se discute essa possibilidade cá em casa. O apartamento onde vivemos, um T4, é grande, mas começa a faltar-me espaço, principalmente para arrumações. Não sou muito exigente, mas tenho um sonho. Riam-se, vá! Gostava de vir a ter um quarto com closet, onde tivesse espaço suficiente para ter as minhas tralhas todas arrumadinhas e expostas de maneira organizada. Como nos filmes. Basicamente esta é a minha grande ambição no que diz respeito a uma casa. Esse e ter uma mobília mais moderna e de tons mais claros. A minha é mais para o clássico e já estou cansada dela. Mas este sonho pode esperar. O essencial mesmo seria espaço para arrumação. Não ambiciono nada de piscinas nem novos-riquismos desse tipo. Só uma coisa deste tipo:
(foto daqui)
Agora, com o problema da lombociatalgia, ainda senti mais a dificuldade que será, daqui a uns anos, com as artroses e o reumático, subir para um terceiro andar sem elevador. Não será fácil.
O problema é que o M adora viver neste apartamento, principalmente pela vista que tem. Eu também gosto (quando o comprámos, foi mesmo pela vista e por ser muito espaçoso para apartamento), mas sinto que teremos que ter outra solução para o futuro.
O problema também é o facto de o M ser muito agarrado às coisas e às rotinas. Demonstra grande resistência à mudança. Não é nada de arriscar. Eu também não, mas mesmo assim sou mais aventureira e aberta à mudança. Gosto de abraçar projetos novos. Isso dá-me motivação extra nesta vida monótona e cinzentona. Com ele, qualquer mudança tem que ser suada, tirada a ferros. Eu a insistir e o M a resistir. Sempre foi assim com todos os nossos projetos ou quando eu quis sonhar mais alto. Ele é muito agarrado ao que está seguro, fiel às suas coisas. Mas não me posso queixar. Costumo dizer que esta é também a garantia que tenho de que ele nunca se aventurará em "mijar fora do penico".
Finalmente, o problema maior é que o meu interesse e curiosidade lá me levou a saber informações sobre o lote e fiquei a saber que para um terreno de cerca de 550 m2, o dono pede 50 mil euros. Um bocado carote demais para nós. Um bocado caro, ponto final. Não acham? É impressão minha ou no negócio imobiliário não houve quebras nos preços devido à crise? Parece que continuou sempre tudo caríssimo. E, neste caso, estamos a falar de uma terra de província...
Resta saber se pode haver ainda lugar a negociação ou não. Mas já não tenho grandes expetativas. Será talvez um projeto pessoal novamente adiado...