Blogue pessoal que aborda o universo feminino, maternidade, adolescência, resiliência, luta e superação do cancro, partilha de vivências, vida familiar e profissional... e alguma reflexão com humor à mistura.
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O que dizer? Foi bom. Surpreendentemente bom. Um Robert Smith igual a si mesmo, que não desiludiu. A voz inconfundível e inalterada, parecia ainda a do rapaz de 30 anos nos anos 80 ao som da qual eu tanto dancei nas discotecas da moda na cidade onde estudei. Só a cabeleira desgrenhada já grisalha o afastava do negro integral a que estávamos habituados. Os olhos borrados de preto e os lábios vermelhos esborratados não consegui confirmar, lá do alto do balcão 2.
Um som agradável, como todos os que me remetem para os anos de uma idade em que não pensava muito na vida e limitava-me a viver, porque podia. Uma inconsciente responsável, assim era eu. Tenho saudades dessa "eu".
De volta aos "The Cure": à volta de três horas de concerto, muitas músicas novas (pelo menos eu não conhecia muitas delas) e fizeram não uma, nem duas, mas sim TRÊS encore. Tudo programado, claro, como é da praxe. Até deixaram algumas das mais conhecidas para essa altura do concerto. Mas pronto, denuncia ainda uma certa confiança dos velhinhos na casa dos 50. Já contavam ser chamados ao palco três vezes, quero dizer.
Se por ventura eu tivesse filmado e partilhasse aqui um video de muita má qualidade (ou dois ou três ou...) corria o risco de ir presa? E se fossem só pequenos excertos? Hã??? É melhor jogar pelo seguro, não é? Então, está bem. Partilho uns de dador anónimo, assim que conseguir...
Parece que não consigo. Mas estão no Facebook! É dar lá um saltinho.
Tudo nesta vida é relativo. As questões que para nós são de importância vital alteram-se e as prioridades invertem-se num abrir e fechar de olhos. As circunstâncias da vida a isso obrigam.
E eu sou lembrada desse facto demasiadas vezes, mais vezes do que gostaria. Desde os 39 anos que vou acumulando problemas de saúde, desde o mais grave de todos a outros mais pequenos, mas que parece que vêm ter comigo para me lembrar a todo o momento da vulnerabilidade da existência humana, da minha existência.
Cá continuo cheia de dores e a coxear com a maldita lombociatalgia. Coxear é um eufemismo. Pareço uma boneca (des)articulada agarrada às paredes e aos móveis. No outro dia, já lavada em lágrimas com as dores , dizia a uma amiga que sinto que estou sempre a ser posta à prova. Amiga que é, ela respondeu-me que isso acontecia porque eu sou lutadora e aguento tudo. Ou seja, segundo ela os problemas graves de saúde aparecem a quem tem estofo para suportar. Será? Nesse caso, triste destino o das pessoas fortes! Preferia ser uma flor de estufa.
Desculpem o tom choroso deste texto. Estou mesmo aflita com as dores que não vejo jeito de irem embora. É hoje de todo impossível conferir algum humor a isto...
E, para além das dores, como um azar nunca vem só, tenho uma questão que me está a preocupar. Como é que vou dar a volta a esta ciática para conseguir ir ver "The Cure" no Meo Arena na próxima terça-feira? Começo a ficar convencida que não vou... Porque é que eu nunca pago a quantia extra do seguro para o caso de um infortúnio como este? Bem, é melhor não pensar nisso, que o mais certo seria a ciática não estar coberta para devolução do preço dos bilhetes. Com seguros não é de fiar.
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